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Saúde

Mulheres têm catarata antes dos homens

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Levantamento mostra que o diagnóstico entre 50 e 55 anos é 35% maior entre elas. Entenda.

Os hormônios sexuais femininos estão relacionados a muitas funções no organismo da mulher, inclusive à visão. Pior: Em média, a mulher brasileira entra na menopausa aos 48 anos. A queda na produção dos estrogênios faz com que o diagnóstico da catarata, opacificação do cristalino, ocorra antes entre elas. De acordo com o oftalmologista. Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, recente levantamento realizado nos prontuários de 520 pacientes do hospital, mostra que entre 50 e 55 anos o diagnóstico de catarata é 35% maior entre mulheres por conta da menopausa

Causas e fatores de risco

O oftalmologista afirma que isso acontece porque a porque o epitélio, camada externa do cristalino, tem receptores de estrogênios que inibem o desenvolvimento da catarata. Por isso quando a produção desses hormônios é interrompida pela menopausa, acelera a opacificação do cristalino. No Brasil, comenta, a terapia de reposição hormonal é adotada por uma minoria de mulheres. “Isso acontece por falta de acesso ao acompanhamento médico por grande parte da população, recomendação de especialistas quando a mulher tem predisposição à formação de coágulos ou quando há casos de câncer ginecológico na família.

Queiroz Neto destaca que em toda a população a maior causa da catarata é o envelhecimento. Isso porque, o envelhecimento aumenta a produção de radicais livres e a aglomeração das proteínas do cristalino que impedem a transmissão da luz à retina. Para se ter ideia, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a catarata atinge globalmente 17% dos que têm de 55 a 65 anos, 47% dos que têm 75 anos e 73% das pessoas com mais de 75 anos.

Outras causas da catarata apontadas pelo oftalmologista são: traumas, incluindo lesões no olho, doenças e cirurgias cerebrais, diabetes, alta miopia, ingestão abusiva de sal, disfunções da tireoide, uso contínuo de corticoide para tratar doenças autoimunes e exposição dos olhos ao sol sem lentes com filtro ultravioleta.

Sintomas

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Os sintomas da catarata elencados pelo oftalmologista são: Diminuição da visão de contraste; Dificuldade de adaptação de um ambiente claro para outro escuro; Visão dupla; Redução da visão noturna; Cegueira momentânea ao conduzir um veículo com faróis contra; Troca frequente dos óculos de grau.

Tratamento

Queiroz Neto afirma que a única cura para catarata é a cirurgia. O procedimento é rápido, seguro, não dói e é feito com aplicação de anestesia local. Consiste na substituição do cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular. Por isso, a escolha da lente, esférica ou asférica, tem importância significativa no resultado da cirurgia, um momento único que determina a qualidade de visão para o resto da vida. O oftalmologista explica que a lente esférica oferecida pelo SUS e planos de saúde corrige hipermetropia ou de miopia, mas não elimina as aberrações ópticas que influem na visão noturna e de contraste. Por isso a qualidade de visão é inferior. Já a lente asférica ou premium pode ser monofocal, ou seja, corrigir a miopia ou hipermetropia, tórica que corrige simultaneamente o astigmatismo, multifocal que inclui a correção da presbiopia além dos vícios de refração ou de foco estendido cuja proposta é corrigir a visão de longe e meia distância. “ Todas as lentes premium corrigem também as aberrações visuais”, salienta. Por isso, a qualidade de visão é superior e a dependência dos óculos é menor, esclarece.

Para quem pensa em optar por uma lente barata para depois trocar, o oftalmologista ressalta que o explante é um procedimento de alto risco que pode causar descolamento de retina, infecção e sangramento interno no olho, aumento da pressão intraocular e queda das pálpebras. Por isso não é recomendado.

Prevenção

A catarata é inevitável, mas pode ser adiada. As orientações do oftalmologista são: Manter os níveis de glicemia sob controle através de hemogramas completos periodicamente, alimentação equilibrada e rica em fibras; Quando um dos pais ou ambos têm alta miopia buscar informações para conter a miopia do filho visando reduzir os riscos de descolamento de retina, degeneração miópica e catarata precoce quando chegar à idade adulta: Controlar o consumo de sal, doces e bebidas alcoólicas; Sempre proteger os olhos nas atividades esportivas de impacto; Usar óculos com lentes que filtrem a radiação UV durante a exposição ao sol, finaliza.


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Saúde

Tanorexia: o vício do bronze que transforma a busca pelo “glow perfeito” em risco de câncer de pele

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Um novo estudo genético, publicado na revista Nature, sequenciou os genomas de 28 indivíduos que viveram no sul da África e descobriu que as populações permaneceram isoladas por cerca de 100 mil anos. A análise indica que a composição genética dessas populações ancestrais é drasticamente diferente da observada nos humanos modernos e “fica fora da faixa de variação genética” atual. A descoberta sugere que o isolamento geográfico, possivelmente devido a condições desfavoráveis na região do rio Zambeze, permitiu uma evolução genética única na ponta sul do continente

Com a chegada do verão e a campanha Dezembro Laranja de prevenção ao câncer de pele, cresce no Brasil o fenômeno da tanorexia, um comportamento de obsessão e vício em manter a pele sempre bronzeada, muitas vezes a qualquer custo e com exposição excessiva ao sol.

Distorção de Imagem e Risco de Câncer ⚠️

A dermatologista Denise Ozores explica que a tanorexia é uma distorção da imagem corporal, na qual a pessoa nunca se sente bronzeada o suficiente, chegando a se ver pálida mesmo quando já está com a pele queimada.

  • Comportamento Compulsivo: Pessoas com tanorexia recorrem a horas seguidas de exposição ao sol, bronzeamentos improvisados ou procedimentos clandestinos para tentar corrigir o incômodo de se verem “clara demais”.

  • Pressão Social: A lógica das redes sociais, onde a pele dourada é frequentemente associada a status, saúde e beleza, cria uma pressão para alcançar o “glow perfeito”, levando muitos a ignorar os riscos.

  • Câncer da Vaidade: O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, e sua principal causa é a exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta. A dermatologista alerta que o câncer de pele tem se tornado o “câncer da vaidade”, com pacientes arriscando a saúde para evitar aparecer “brancos” em fotos de fim de ano.

Redefinindo a Beleza no Verão ☀️

Denise Ozores defende a necessidade de ressignificar a ideia de “pele bonita”, promovendo a estética natural e individualizada, onde cada pessoa valoriza sua própria cor e textura.

Para curtir o verão com segurança e preservar a saúde da pele, a especialista recomenda:

  • Uso de protetor solar diário com reaplicação frequente.

  • Busca por sombra e uso de chapéu.

  • Respeito aos horários seguros de exposição solar.

  • Estabelecimento de limites reais na busca pelo bronzeamento.


Com informações: CO – Assessoria (Cacau Oliver)

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Saúde

Latrofobia e Dentofobia: O medo de ir ao médico ou dentista tem explicação científica e pode ser superado

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O medo intenso e irracional de ir ao médico (iatrofobia) ou ao dentista (dentofobia) é um fenômeno comum, enraizado em respostas psicológicas e fisiológicas, e não deve ser encarado como “frescura”. Gatilhos como o medo do desconhecido (más notícias), a síndrome do jaleco branco (elevação da pressão arterial em ambiente clínico) e a antecipação da dor ou invasão ativam o instinto de luta ou fuga. Especialistas recomendam o uso de estratégias comportamentais e mentais para retomar o controle da situação, como o estabelecimento de um “sinal de pare” com o profissional e o uso de técnicas de respiração para acalmar o sistema nervoso.

O medo de frequentar consultórios médicos ou odontológicos é uma ansiedade real e paralisante para muitas pessoas. Quando esse medo se torna excessivo e irracional, ele é classificado como iatrofobia (medo de médicos) ou dentofobia (medo de dentistas), condições que levam muitos pacientes a adiar cuidados essenciais de saúde.


Gatilhos do Medo e Respostas Psicológicas 🧠

A ciência identifica que a ansiedade no ambiente clínico é uma resposta fisiológica e psicológica real, muitas vezes ligada a mecanismos de defesa:

  • Medo de Más Notícias: O receio de descobrir uma doença grave ou de ser julgado pelos hábitos de vida faz com que a pessoa evite a consulta, seguindo a lógica prejudicial de “quem procura, acha”.

  • Síndrome do Jaleco Branco: O ambiente clínico em si eleva o estresse, causando um aumento na pressão arterial que não ocorre em casa, criando um ciclo vicioso de ansiedade antes da consulta.

  • Antecipação da Dor: A simples antecipação de procedimentos invasivos ativa áreas do cérebro ligadas à ameaça, desencadeando o instinto primitivo de luta ou fuga, mesmo para um exame de rotina.

Estratégias para Retomar o Controle ✅

Entender que o medo tem fundamento biológico é o primeiro passo. O segundo é adotar estratégias práticas para tornar a experiência menos traumática:

Estratégia Objetivo
Estabelecer um “Sinal de Pare” Devolver a sensação de controle ao paciente, combinando um gesto para interromper o procedimento a qualquer momento.
Hackear o Sistema Nervoso Utilizar técnicas de respiração (ex: 4-7-8: inspirar em 4s, segurar em 7s, soltar em 8s) para forçar o corpo a sair do estado de alerta.
Evitar Ruminação Antecipada Marcar a consulta para o primeiro horário da manhã, minimizando o tempo de ansiedade e preocupação.
Bloquear Gatilhos Sensoriais Usar fones de ouvido com cancelamento de ruído para abafar sons estressantes (como o motorzinho do dentista).
Jogar Limpo com o Profissional Informar sobre o medo logo no início, garantindo que o médico ou dentista seja mais paciente e explicativo durante o atendimento.

Com informações: Olhar Digital

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Brasil

Ministério da Saúde prioriza acesso a medicamentos de longa duração contra o HIV e pressiona por transferência de tecnologia

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O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou no Dia Mundial de Luta contra a Aids que o acesso a novas tecnologias de prevenção é prioridade, citando a demanda pela incorporação do lenacapavir no SUS. O medicamento, um injetável de longa duração (aplicação a cada seis meses) para PrEP, é decisivo para populações vulneráveis e está pendente de registro sanitário. O Brasil, que registrou queda de 13% nas mortes por aids (abaixo de 10 mil pela primeira vez em três décadas) e cumpriu duas das três metas globais 95-95-95, pressiona a farmacêutica Gilead por transferência de tecnologia devido ao preço “impraticável” do produto

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a prioridade da pasta em garantir o acesso a novas estratégias e tecnologias de prevenção contra o HIV/Aids, em celebração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro). A principal demanda é pela incorporação de medicamentos de longa duração no Sistema Único de Saúde (SUS), como o lenacapavir.

Novo Paradigma na Prevenção: Lenacapavir 💉

O medicamento em foco é o lenacapavir, da farmacêutica Gilead, uma formulação injetável de longa duração para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, que requer aplicação a cada seis meses.

  • Vantagens: O lenacapavir poderá substituir o uso diário de comprimidos da PrEP oral, melhorando a eficácia e a adesão de populações vulneráveis e jovens que têm dificuldade em seguir o regime diário. Estudos clínicos indicaram altíssimos índices de eficiência.

  • Diálogo por Tecnologia: Padilha confirmou que o Ministério está dialogando e quer participar da transferência de tecnologia do produto para o Brasil, pois o preço praticado pela empresa no exterior (mais de US$ 28 mil por pessoa ao ano nos EUA) é considerado “absolutamente impraticável para programas de saúde pública”.

  • Pressão por Genérico: O Brasil ficou de fora de uma versão genérica do medicamento anunciada para 120 países de baixa renda. A Articulação Nacional de Luta contra a Aids reivindicou que, se não houver avanço em acordos de transferência, o governo deve considerar o licenciamento compulsório (quebra de patente).

Avanços na Resposta Brasileira ao HIV 🇧🇷

O Brasil apresentou avanços significativos na política de HIV/Aids, que agora inclui a oferta gratuita de PrEP, PEP (profilaxia pós-exposição) e terapia antirretroviral.

  • Metas Globais: O país cumpriu duas das três metas globais 95-95-95 (95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico; 95% das diagnosticadas estejam em tratamento; e 95% das tratadas alcancem supressão viral).

  • Queda nas Mortes: O boletim epidemiológico mais recente mostrou uma queda de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, caindo para 9,1 mil mortes em 2024. É a primeira vez em três décadas que o número ficou abaixo de 10 mil.

  • Eliminação da Transmissão Vertical: O Ministro anunciou a expectativa de que o Brasil receba, em dezembro, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) pela eliminação da transmissão vertical do HIV (de mãe para bebê) como problema de saúde pública, sendo o maior país do mundo a alcançar esse patamar.


Com informações: Agência Brasil

 

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