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Esporte

Olimpíadas de Inverno de 2022 revelam desafios de governança global em tempos de pandemia e tensões internacionais, aponta Bell Ivanesciuc, especialista brasileira

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Entre 4 e 20 de fevereiro de 2022, em plena pandemia e sob um cenário global de tensões políticas e econômicas, a China sediou os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022, reunindo atletas de mais de 90 países. Embora os holofotes estivessem voltados para as competições esportivas, o evento se tornou um dos episódios mais representativos das transformações em curso na ordem internacional.

Para compreender os impactos jurídicos, geopolíticos e ambientais do evento, o Fato Novo ouviu a advogada Bell Ivanesciuc, especialista em Direito Internacional, Governança Sustentável e Regulação Global, que analisou como os Jogos de 2022 foram muito mais do que uma competição,  foram um palco de diplomacia, disputas de narrativa e debates sobre sustentabilidade global.

Um evento esportivo em plena crise global

A realização das Olimpíadas em fevereiro de 2022 ocorreu em um momento particularmente sensível:

(i) o mundo ainda convivia com variantes da COVID-19,
(ii) cadeias de suprimentos estavam instáveis,
(iii) países discutiam protocolos sanitários e fronteiras,
(iv) e tensões internacionais aumentavam, especialmente entre China, Estados Unidos e Europa.

Para Ivanesciuc:

“Os Jogos representaram um teste diplomático para a China e para a comunidade internacional. Em um cenário de pandemia e tensão geopolítica, o evento evidenciou o quanto esportes, direito internacional, saúde pública e governança global estão interligados.”

Diplomacia esportiva e tensões internacionais

Os Jogos de Beijing foram marcados por debates diplomáticos importantes, incluindo:

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(i) discussões sobre direitos humanos,
(ii) ausência de delegações diplomáticas de alguns países (boicotes diplomáticos),
(iii) pressão sobre padrões de transparência sanitária,
(iv) questionamentos sobre governança ambiental e social.

A especialista analisa:

“As Olimpíadas mostraram que eventos esportivos de grande porte se tornaram arenas de debate sobre legitimidade internacional. Decisões de participação diplomática, regras sanitárias e compromissos ambientais passam por um filtro jurídico e geopolítico que vai além do esporte.”

Sustentabilidade: promessa e desafio dos Jogos de 2022

A China prometeu realizar os “Jogos mais sustentáveis da história”, com uso de energia renovável e compensação de carbono. Contudo, houve debates internacionais sobre:

(i) uso de neve artificial em grandes proporções,
(ii) consumo hídrico em áreas secas,
(iii) impactos ambientais de estruturas construídas especificamente para o evento,
(iv) e divergências metodológicas na medição de emissões.

Para Ivanesciuc:

“Os Jogos expuseram um dilema global: como conciliar megaeventos com metas de sustentabilidade? Não basta declarar neutralidade de carbono; é preciso padronizar critérios internacionais, garantir transparência de dados e fortalecer instrumentos jurídicos que validem compromissos ambientais.”

O papel da China e os reflexos no sistema internacional

A realização das Olimpíadas posicionou a China no centro de debates sobre:

(i) soft power,
(ii) diplomacia multilateral,
(iii) padrões de governança ambiental,
(iv) e capacidades de resposta sanitária.

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Segundo a especialista:

“A China usou os Jogos como vitrine internacional, mas também enfrentou escrutínio jurídico e político. Isso reforça que governança global, comércio internacional, proteção ambiental e responsabilidade estatal estão cada vez mais entrelaçados.”

E o que o Brasil aprende com isso?

Ivanesciuc destaca que o Brasil pode extrair lições importantes do evento:

(i) a necessidade de alinhar sustentabilidade a políticas públicas;
(ii) a importância da diplomacia ambiental;
(iii) a relevância de cadeias sustentáveis em grandes eventos;
(iv) e o potencial do país para liderar agendas climáticas globais.

“O Brasil tem vantagens naturais e institucionais, mas precisa investir em credibilidade ambiental e jurídica para se posicionar de forma estratégica na governança global.”

Três pontos-chave revelados pelas Olimpíadas de Beijing 2022

1. Saúde pública como ferramenta de Direito Internacional

Protocolos sanitários rígidos evidenciaram como pandemias impactam mobilidade, diplomacia e cooperação global.

2. Sustentabilidade como critério de legitimidade

Megaeventos agora são julgados por sua pegada ambiental e pela transparência de seus compromissos.

3. Geopolítica presente em todos os fóruns internacionais

Boicotes diplomáticos e disputas narrativas marcaram o evento, confirmando que esporte e política são indissociáveis.


Da Redação

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Esporte

Rivalidade no Clássico: 60% dos homens não namorariam torcedora do time rival, aponta enquete

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Uma pesquisa online realizada pelo Bella da Semana com cerca de 120 participantes revelou que a paixão pelo futebol interfere significativamente nos relacionamentos. 60% dos homens entrevistados afirmaram que não namorariam uma torcedora do time rival, citando a dificuldade de convivência nos dias de clássico. O levantamento também mostrou que quase metade dos participantes tem o humor de fim de semana dependente do resultado do time, reforçando como o envolvimento emocional com o clube se estende para a vida afetiva


A paixão do brasileiro por futebol extrapola os limites do campo e chega até a influenciar os relacionamentos amorosos. Uma enquete realizada pela plataforma Bella da Semana, entre 20 e 27 de outubro, com cerca de 120 participantes, buscou medir a intensidade dessa influência na vida pessoal e no comportamento dos torcedores.

🤯 Futebol e Relacionamentos

Os resultados da pesquisa, divulgados na reta final do Campeonato Brasileiro, mostram que a rivalidade entre torcidas é uma barreira significativa para o amor:

  • 60% dos homens entrevistados afirmaram que não namorariam uma mulher que torce para o time rival, justificando a dificuldade de convivência, especialmente em dias de clássico.
  • 14% admitiram já ter cancelado compromissos importantes por causa de partidas decisivas do seu time.
  • 9% revelaram já ter discutido com parceiras devido a provocações em dias de jogo.
  • Quase metade dos participantes (cerca de 48%) declarou que o humor do fim de semana depende diretamente do resultado do time.

Os números revelam que o envolvimento emocional com o clube é levado para a vida afetiva, onde a rivalidade das arquibancadas acaba se refletindo em outros aspectos do cotidiano do torcedor. O futebol, para muitos, é parte central da identidade pessoal.


Com informações: Bella da Semana / Assessoria de Imprensa Cacau Oliver

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Esporte

Fifa cria “Prêmio da Paz” e especulações sugerem Donald Trump como o primeiro vencedor

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A honraria será entregue em 5 de dezembro, durante o sorteio da Copa do Mundo de 2026, em Washington DC, evento com presença garantida do ex-presidente dos EUA. Rumores são alimentados pelo forte alinhamento entre o presidente da Fifa, Gianni Infantino, e Donald Trump

A Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) anunciou nesta quarta-feira (05/11) a criação do Prêmio da Paz da Fifa, uma honraria destinada a indivíduos que demonstrem “compromisso inabalável e ações especiais” para unir as pessoas em paz.

O presidente da entidade, o italiano Gianni Infantino, informou que a primeira edição do prêmio será entregue em 5 de dezembro, durante o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026.

O evento ocorrerá em Washington DC, e contará com a presença de Donald Trump como representante dos Estados Unidos, um dos países-sede (junto com México e Canadá).

💭 Rumores e Alinhamento com Trump

A coincidência da data e local do evento — e a presença garantida de Trump — levantou especulações, noticiadas por jornais como The New York Times e The Guardian, de que o ex-presidente estadunidense poderia ser o primeiro vencedor do prêmio.

Os rumores são reforçados pelo demonstrado alinhamento entre Infantino e Trump:

  • Encontros: O presidente da Fifa acompanhou Trump em uma cúpula no Egito em 13 de outubro.
  • Nomeação: Dias depois, em 27 de outubro, a Fifa nomeou Ivanka Trump, filha do ex-mandatário, como membro do conselho de um projeto educacional de US$ 100 milhões, parcialmente financiado pela venda de ingressos para a Copa de 2026.
  • Nobel: A especulação também é alimentada pelo fato de Trump ter perdido o Nobel da Paz, entregue em outubro à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.

⚽ Críticas por Israel

Nas redes sociais, o anúncio da criação do Prêmio da Paz intensificou as críticas à Fifa por não ter eliminado Israel de seus torneios como punição pelo conflito na Faixa de Gaza. Os críticos defendem que a entidade aplique a Israel a mesma punição imposta à Rússia, que foi suspensa das competições mundiais desde o início da guerra com a Ucrânia.


Com informações: Opera Mundi / The Guardian

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Esporte

Paraescalada brasileira conquista dois pódios na Copa do Mundo da França com ouro de Marina Dias e bronze de Eduardo Schaus

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O paranaense Eduardo Schaus (classe AU2) garantiu o bronze neste domingo, sua primeira medalha em etapas da Copa do Mundo. No sábado, Marina Dias (RP3) conquistou seu primeiro ouro na temporada, em uma competição que prepara atletas para a estreia paralímpica em Los Angeles 2028


A paraescalada brasileira encerrou sua participação na etapa de Laval, na França, da Copa do Mundo da modalidade com a conquista de duas medalhas.

Neste domingo (26), o paranaense Eduardo Schaus garantiu a medalha de bronze na classe AU2 (atletas amputados ou com função reduzida de membro superior). Na final, Eduardo, que nasceu sem a mão direita e já foi vice-campeão mundial este ano, escalou 40 agarras, ficando atrás do norueguês Isak Ripman e do alemão Kevin Bartke.

No sábado (25), o Brasil já havia celebrado o ouro de Marina Dias na final da classe RP3 (atletas com limitações de alcance, força e potência). Esta foi a primeira medalha de ouro da paulista na Copa do Mundo da temporada, após ter conquistado terceiros lugares em Salt Lake City (EUA) e Innsbruck (Áustria).

Paraescalada nos Jogos Paralímpicos

A paraescalada fará sua estreia como modalidade paralímpica nos Jogos de Los Angeles, em 2028. Nem todas as classes, porém, estarão contempladas. A classe de Eduardo Schaus (AU2) terá disputa em 2028, mas a de Marina Dias (RP3) não foi incluída no anúncio do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) de junho. Ao todo, serão oito categorias, quatro por gênero, reunindo atletas com deficiências visuais e de membros.


Com informações: Agência Brasil

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