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População mundial chegará a 9,9 bilhões em 2054

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Metade do crescimento populacional projetado até 2050 será em países menos desenvolvidos, nações sem litoral e Estados insulares; Assembleia Geral da ONU marcou aniversário de 30 anos da Conferência sobre População e Desenvolvimento destacando aumento da expectativa de vida e redução de mortes maternas

A Assembleia Geral da ONU acolhe nesta segunda-feira a celebração dos 30 anos da histórica Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Cipd, realizada em 1994. De lá para cá, a população mundial cresceu de 5,6 para 8,1 bilhões de pessoas, com projeções indicando um aumento para quase 9,9 bilhões em 2054.

O aniversário ocupa o centro das atenções na 57ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento, que acontece na sede da ONU em Nova Iorque até a sexta-feira.

Progresso desigual

Na conferência de 1994, os líderes mundiais concordaram em tomar medidas para afirmar que a igualdade de gênero, o empoderamento de mulheres e meninas e o acesso universal cuidados de saúde sexual e reprodutiva são direitos humanos e pré-condições para o desenvolvimento sustentável.

Para o presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis, o Programa de Ação da Cipd, “marcou uma nova era de compromisso por parte dos governos e da comunidade global em geral”, incluindo a sociedade civil e os líderes jovens, para integrar as preocupações da população “em todas as esferas da vida socioeconômica e atividade ambiental”.

Ao discursar na sessão celebrativa ele afirmou que “o progresso tem sido desigual, tanto entre como dentro dos países”. Francis lembrou que “crises globais multifacetadas, desde as alterações climáticas aos conflitos, colocaram em risco muitos dos ganhos duramente conquistados” pela conferência de populações.

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Vidas mais longas e saudáveis

Segundo o subsecretário-geral dos Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua, “as pessoas estão vivendo mais e tendo vidas mais saudáveis”. Ele afirmou que “esta história de sucesso é impulsionada por melhorias na nutrição, saneamento e controle de doenças, maior acesso à educação e melhores serviços de saúde, entre outros fatores”.

Junhua comentou que metade do crescimento populacional global projetado entre hoje e 2050 deverá ocorrer em três grupos de países em situações especiais. Os menos desenvolvidos, os em desenvolvimento, mas sem litoral e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento. Segundo o subsecretário-geral, “progresso nestes três grupos de países determinarão cada vez mais se as metas de desenvolvimento global serão alcançadas”.

Direitos das mulheres

A diretora- executiva do Fundo de Populações da ONU, Unfpa, Natalia Kanem, listou alguns avanços importantes nos direitos de mulheres e meninas. Segundo ela, entre 2000 e 2020, a mortalidade materna diminuiu em um terço e “nem um único parlamento ou congresso hoje é exclusivamente masculino”.

Além disso, a líder do Unfpa afirmou que as meninas alcançaram a paridade com os rapazes nas matrículas no ensino primário e já excedem os meninos nas matrículas pós-secundárias.

No entanto, de acordo com ela, a Covid-19, os conflitos e a turbulência econômica causaram atrasos ao mesmo tempo em que desafios emergentes se aproximam. Dentre eles estão a “crise climática, retrocessos alarmantes contra os direitos das mulheres e novas tecnologias”, que precisam ser regulamentadas.

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Expectativa de vida sobe para 73 anos

O relatório apresentado pelo secretário-geral ONU para a 57ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento indica que a expectativa de vida ao nascer registrou melhorias notáveis, aumentando globalmente de 64,5 anos em 1994 para 73,7 anos para ambos os sexos em 2024, impulsionado por reduções nas taxas de mortalidade ao longo das faixas etárias.

As melhorias na sobrevivência, juntamente com a queda da fertilidade, transformaram a idade e a distribuição da população global. O número de crianças menores de cinco anos em todo o mundo permaneceu estável, enquanto o número de pessoas com 65 anos ou mais do que duplicou nos últimos 30 anos e deverá duplicar novamente até 2054.

O relatório aponta também que quase 58% da população mundial residia em áreas urbanas em 2024, contra cerca de 44% em 1994.


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Mundo

Papa Francisco condena ataques de Israel que vão “além da moralidade”

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Chefe da Igreja Católica tem feito apelos pelo fim do conflito

Questionado neste domingo sobre os ataques aéreos israelenses no Líbano que mataram o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, assim como não combatentes, o Papa Francisco criticou os ataques militares que, segundo ele, vão “além da moralidade”.

No voo de volta para Roma da Bélgica, o pontífice disse que os países não podem “exagerar” no uso de suas forças militares.

“Mesmo na guerra, há uma moralidade a salvaguardar”, disse. “A guerra é imoral. Mas as regras da guerra dão a ela alguma moralidade.”

Ao responder perguntas sobre os últimos ataques de Israel durante uma coletiva de imprensa dentro do avião, o papa de 87 anos disse: “A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando há algo desproporcional, você vê uma tendência de dominação que vai além da moralidade.”

Na posição de líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo, Francisco frequentemente faz apelos pelo fim de conflitos violentos, mas normalmente tem cuidado para não parecer que está apontando agressores. Ele tem falado mais abertamente nas últimas semanas sobre as ações militares de Israel em sua guerra de quase um ano contra o Hamas.

Na semana passada, o papa disse que os ataques aéreos israelenses no Líbano eram “inaceitáveis” e pediu à comunidade internacional que fizesse todo o possível para interromper o combate. Em uma coletiva de imprensa em 28 de setembro, ele condenou as mortes de crianças palestinas em ataques israelenses em Gaza.

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Francisco afirmou neste domingo que fala ao telefone com membros de uma paróquia católica em Gaza “todos os dias”. Ele disse que os paroquianos contam sobre as condições no local e “também a crueldade que está acontecendo lá”.

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Fato Novo com informações e imagens: Reuters e Agência Brasil.

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Brasil

Dilma recebe medalha de presidente chinês Xi Jinping

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Medalha da Amizade é maior honraria chinesa

A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu neste domingo (29) a Medalha da Amizade da China, maior honraria concedida pelo governo do país a um estrangeiro, por contribuições à modernização do país asiático, segunda maior economia do planeta, atrás dos Estados Unidos.

Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, com sede em Xangai, desde 2023.

A honraria foi assinada e concedida pelo presidente chinês Xi Jinping, por ocasião do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.

“Eu me sinto muito honrosa e orgulhosa por receber a Medalha da Amizade de um país que tem uma história milenar e que hoje obteve realizações tão importantes”, disse a presidente do NBD, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.


“Dificilmente em algum momento no passado um país conseguiu se transformar em 75 anos na segunda maior economia do mundo, no país que conseguiu elevar o nível educacional do seu povo para competir com os níveis dos países desenvolvidos, (no país) que lidera hoje em ciência e tecnologia e na aplicação de inovações em todos os campos e áreas, especificamente na indústria”, acrescentou a ex-presidente brasileira.


Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial e uma importante origem de investimentos para o Brasil, que, por sua vez, é o maior parceiro comercial do país asiático na América Latina.

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Em agosto, Brasil e China celebraram o 50º aniversário das relações diplomáticas.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Mundo

Governo condena ataques no Líbano e diz para brasileiros deixarem área

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Israel intensificou campanha militar contra Hezbollah na última semana

O governo brasileiro condenou nesta segunda-feira (23) “nos mais fortes termos” os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa. O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixem a área conflagrada. 

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah, mas Israel intensificou sua campanha militar na última semana. Somente hoje, os ataques causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1,6 mil feridos.

Em nota, o Itamaraty lamentou as declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressou “grave preocupação” diante das exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.


“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”.


Assistência

Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute continua prestando assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente.

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“O governo brasileiro acompanha com preocupação e atenção o impacto do conflito para a comunidade”.

Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).


Fato Novo com informações da Agência Reuters e Agência Brasil

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