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Racismo armado: a execução de Ngange Mbaye

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Era 25 de abril de 2024. “Justiça para Talla Mbaye”, aparecia escrito nas camisetas de um grupo de quase 100 pessoas que caminhava pelas ruas do centro de São Paulo após a morte do senegalês Serigne Mourballa Mbaye (conhecido como Talla), em circunstâncias confusas, durante uma intervenção policial no prédio onde morava, no centro de São Paulo. Quase um ano depois, o pedido de justiça voltou a preencher as ruas da cidade, após a morte do também senegalês Ngange Mbaye, de 34 anos, nas mãos da Polícia Militar (PM), que atirou em seu estômago durante uma operação de combate ao “comércio ilegal” no bairro do Brás, no dia 11 de abril deste ano.

Os casos não são isolados, e suas vítimas são imigrantes negros que sofrem discriminação, racismo e xenofobia diariamente. Eles também são o centro da violência desproporcional por parte de agentes do Estado, que não garantem seus direitos, mas os retiram. O Brasil não acolhe os africanos, é uma farsa”, “Cheguei aqui ouvindo que os africanos construíram este país, mas somos maltratados”, ouvia-se na marcha pelas ruas paulistanas. Poderíamos, então, afirmar que esse racismo por denegação, do qual fala a antropóloga e intelectual Lélia González, e que nega a existência de uma estrutura racista na sociedade, ainda está presente.

Com a morte de Talla no ano passado, um grupo de 66 entidades denunciou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e pediu a adoção de medidas cautelares para a proteção de direitos. De fato, destaca-se que essa população é vítima de uma escalada de violência policial que afeta de forma desproporcional a população negra, pobre, periférica e imigrante.

O Instituto Adus, que promove a integração de pessoas refugiadas no Brasil, assegura que esses casos revelam um cenário alarmante: migrar para este país não garante segurança nem acolhimento digno. Ao contrário, a chegada a este território é apenas o início de uma nova jornada de precariedade e exposição à violência. “Quando o direito ao trabalho, à moradia e à proteção se torna inacessível, a dignidade é colocada em risco junto com ela e a vida”, afirma o organismo.

Em 11 de abril de 2025, a violência se repetiu. Ngange Mbaye saiu para a salat jummah (oração de sexta-feira) na mesquita — oração obrigatória a todos os homens muçulmanos — como fazia todas as sextas-feiras. Após cumprir sua obrigação religiosa, sentou-se para almoçar. Em seguida, uma operação contra o “comércio ilegal” foi deflagrada de forma violenta. Na tentativa de defender a mercadoria de uma vendedora que seria apreendida pela polícia, Ngange foi assassinado com um tiro a queima-roupa.

Como indicou, em um comunicado, a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), as atuações das administrações municipais e estaduais contra os trabalhadores ambulantes são desenvolvidas com a justificativa de ordenar os bairros comerciais da cidade, com a participação de agentes da PM que apreendem mercadorias que violam os direitos de propriedade de grandes corporações sobre determinadas marcas e produtos. Isso é feito, ao mesmo tempo, em detrimento do estabelecimento de políticas públicas estruturadas para os trabalhadores do comércio ambulante.

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Casos similares de racismo como máxima expressão de violência têm sido vividos pelos imigrantes senegaleses nas ruas de Buenos Aires (Argentina), nos bairros de Once e Flores, e em Barcelona (Espanha), onde são conhecidos como “manteros”. Nessas duas cidades, os casos de repressão policial têm sido frequentes, assim como as manifestações com os reclamos de justiça. Nessas cidades, essa migração se dedica à venda ambulante, como uma alternativa de inserção no novo país e, como ocorre também em São Paulo, faz parte de um projeto migratório familiar em que o filho mais velho viaja para apoiar economicamente sua família. Alguns pesquisadores têm chamado essas iniciativas de microempreendimentos independentes.

Era o caso de Ngange Mbaye, que enviava apoio econômico à sua família no Senegal, mas também era o sustento econômico de sua esposa aqui no Brasil, com sete meses de gravidez. No entanto, as medidas de recuperação de espaço público e os discursos da mídia fizeram com que os imaginários em torno desse grupo migratório se movessem entre a xenofobia, a criminalização e a ilegalidade, como indicam investigações em países como a Argentina.

Não por acaso, centenas de manifestantes em São Paulo, que saíram às ruas no dia 12 de abril, um dia após a morte de Ngange, não paravam de afirmar que se sentiam alvo de racismo sistemático. De fato, o ato político que se desenvolvia nas ruas do Brás sofreu uma repressão violenta, com o uso de gás lacrimogêneo.

No último ano, à história de Serigne e de Ngange também se somou à de Bubbacar Dukureh, gambiano morto durante uma operação policial em maio de 2024. A ABA explica que essa é a terceira morte de um imigrante africano em ações da Polícia Militar de São Paulo em menos de um ano, o que indica um uso desproporcional da força direcionada a imigrantes negros. Daí a urgência de garantir os direitos de reparação às famílias das vítimas e à comunidade, além da garantia de não repetição.

A maneira como os meios de comunicação narram as mortes de imigrantes negros revela não apenas omissões, mas cumplicidade. Em muitos casos, o discurso midiático reitera a linguagem oficial da polícia, usando termos como “confronto”, “resistência” ou “ação contra o comércio ilegal”, apagando a violência racial e institucional que define essas mortes.

A mídia, ao naturalizar a ideia de que há “áreas a serem recuperadas” e de combate à “desordem urbana”, contribui para o que Achille Mbembe define como necropolítica: o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer, quem é visível e quem pode ser eliminado sem escândalo. No caso de Ngange Mbaye, os primeiros relatos da imprensa omitiram sua identidade como sujeito – um homem, muçulmano, pai, migrante – e o apresentavam apenas como parte de um problema urbano. Essa desumanização discursiva sustenta políticas de segurança que operam não apenas com base na repressão, mas no silenciamento de determinadas vidas.

As narrativas midiáticas, assim, reforçam um imaginário que torna o corpo negro africano descartável, enquadrando sua presença como ilegal, incômoda ou perigosa. A violência do Estado, nesse contexto, não é um desvio, mas parte de uma racionalidade necropolítica mais ampla que seleciona quais vidas são protegidas e quais podem ser abandonadas à morte.

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A história de Ngange Mbaye, como a de Serigne, Bubbacar e tantos outros, evoca ecos de uma memória de resistência negra que remonta ao século XIX, quando africanos muçulmanos escravizados se levantaram contra a opressão no episódio conhecido como Revolta dos Malês, em 1835, na Bahia. Tal como naquele momento, quando a violência racista do Estado escravocrata foi enfrentada por sujeitos que reivindicavam dignidade, liberdade e o direito de viver sua fé, hoje os imigrantes africanos muçulmanos ainda se deparam com o racismo estrutural que nega suas vidas, sua religiosidade e sua humanidade. A Revolta dos Malês permanece como símbolo de uma luta histórica contra a brutalidade do Estado e a negação de direitos – luta que continua nas ruas de São Paulo, Buenos Aires e Barcelona, onde corpos negros resistem cotidianamente às tentativas de apagamento. Retomar essa memória é um gesto político, uma forma de inscrever as mortes de hoje em uma genealogia de resistência que se recusa a aceitar a violência como destino.

(*) Lina Fernanda Sánchez Alvarado é doutoranda pela Universidade de São Paulo (USP)

(**) Francirosy Campos Barbosa é Antropóloga, Livre Docente e Pesquisadora no Depto Psicologia Social na Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto (FFCLRP).


Opera Mundi

Brasil

Brumadinho: 70% dos domicílios relatam adoecimento físico e mental sete anos após a tragédia

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Estudo da UFMG confirma que a população de Brumadinho ainda sofre impactos estruturais e persistentes do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, com 70% dos domicílios relatando algum tipo de adoecimento e 75% enfrentando problemas na qualidade e fornecimento de água.

Impactos na saúde e insegurança sanitária persistem em Brumadinho

Aproximando-se do marco de sete anos do rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), um novo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado por pesquisadores do Projeto Brumadinho, revela a persistência de impactos socioambientais profundos na vida dos moradores. A tragédia, que resultou na morte de 272 pessoas e em um desastre ambiental sem precedentes, continua a afetar a saúde e o cotidiano da população.

O levantamento indica que 70% dos domicílios no município relataram algum tipo de adoecimento físico ou mental, o que sugere que os problemas de saúde se tornaram estruturais e recorrentes.

Adoecimento e pressão na rede de saúde

Os dados do estudo destacam que sintomas como estresse, insônia, ansiedade, hipertensão e episódios depressivos continuam frequentes entre os moradores. O cenário psicológico é reforçado pelo dado de que 52% dos adultos da cidade passaram por algum tipo de tratamento psicológico ou psiquiátrico desde o desastre.

Nayara Porto, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), manifestou tristeza com os resultados, afirmando que a pesquisa “confirma que a população de Brumadinho continua sofrendo”. A presidente citou relatos de familiares que desenvolveram doenças crônicas como diabetes, lúpus, câncer, dermatites crônicas e problemas cardíacos, além de um visível aumento no uso de ansiolíticos.

Ao mesmo tempo em que a demanda por acompanhamento especializado e o relato de piora de doenças crônicas aumentam, a pesquisa aponta que 76% dos domicílios enfrentam dificuldades para acessar consultas, exames e tratamentos. A rede pública de saúde local está pressionada pelo volume de atendimentos e pelas alterações na mobilidade urbana causadas pelo desastre.

Medo de contaminação e a “lama invisível”

A insegurança sanitária é um dos pilares da persistência do sofrimento na rotina dos moradores. O levantamento revela que 77% das famílias convivem com o medo constante de contaminação dos alimentos.

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Um dos fatores centrais para essa desconfiança é a presença contínua de metais pesados – como manganês, arsênio, chumbo, mercúrio e cádmio – em diferentes matrizes ambientais, conforme aponta o estudo.

A água permanece como o principal vetor de risco e desconfiança:

  • 85% dos domicílios relatam impactos negativos no uso da água para consumo.

  • 75% dos moradores afirmam que o fornecimento e a qualidade da água estão comprometidos.

Josiane Melo, diretora da Avabrum, utilizou o conceito de “lama invisível” para traduzir a desconfiança generalizada sobre o consumo de bens produzidos no território, destacando que “é inadmissível conviver com insegurança hídrica, adoecimento e medo tantos anos depois” do desastre. Ela concluiu que o estudo demonstra que “a vida não voltou ao lugar”.

Perdas econômicas e a necessidade de diversificação

O desastre de 2019 também gerou perdas econômicas expressivas para o município. O professor Ricardo Machado Ruiz, um dos autores do estudo, explicou que a mineração desempenhava um papel central na economia local.

Segundo a análise, no longo prazo, Brumadinho poderia perder entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB) se nenhuma medida de reparação fosse aplicada. Com o acordo firmado em 2021 e a aplicação dos recursos previstos, o prejuízo estimado cai para algo entre R$ 4,2 bilhões e R$ 5,4 bilhões. Contudo, o dano econômico não desaparece, e a região passa a depender da estrutura de reparação.

O professor Ruiz detalhou que a reparação absorveu trabalhadores e ajudou a reduzir os efeitos econômicos imediatos do rompimento. No entanto, o desastre enfraqueceu pequenos negócios e atividades informais, e o futuro da economia local depende da diversificação. “Se nada for feito para substituir aquela atividade mineradora, ainda restará essa perda bilionária dentro do município”, finalizou o pesquisador.


Com informações:  Agência Brasil

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Obras de Henri Matisse são roubadas de Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo

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Oito quadros com colagens do artista moderno Henri Matisse foram roubados da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo, após criminosos renderem seguranças na manhã de domingo (7); a Polícia Militar realiza buscas e a principal linha de investigação é que o crime tenha sido encomendado.


Roubo atinge acervo da maior biblioteca de São Paulo

A Biblioteca Municipal Mário de Andrade, a maior da capital paulista e a segunda maior do país, foi alvo de um roubo de obras de arte na manhã deste domingo (7). O crime ocorreu no Centro de São Paulo, quando dois criminosos armados renderam os seguranças da instituição para subtrair os itens em exposição.

Os assaltantes fugiram após a ação, tomando a direção da estação Anhangabaú do Metrô. A Polícia Militar (PM) foi acionada e intensificou o patrulhamento na região, mas, até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Obras de Henri Matisse são levadas de mostra comemorativa

O roubo resultou na subtração de oito quadros que continham colagens do artista moderno francês Henri Matisse (1869-1954). As obras faziam parte de uma mostra comemorativa do centenário da Biblioteca Mário de Andrade, que completou 100 anos em fevereiro. A exposição estava montada no primeiro andar da instituição.

O valor das obras de arte roubadas foi classificado como “incalculável” por sua importância histórica e artística, considerando o renome internacional de Matisse. Até o momento da publicação, a prefeitura de São Paulo não havia se manifestado oficialmente sobre o ocorrido.

Investigação aponta para crime encomendado

A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para a possibilidade de que o roubo tenha sido encomendado. Este tipo de crime sugere que os ladrões agiram sob orientação específica para subtrair as obras de arte, possivelmente atendendo a um colecionador ou grupo específico do mercado ilícito de arte.

Este não é o primeiro incidente de roubo registrado na história da Biblioteca Mário de Andrade:

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  • Em 2006, a instituição sofreu o roubo de doze gravuras do século XIX.

  • As gravuras só foram recuperadas em 2024 por meio de uma operação da Polícia Federal, ressaltando o longo e complexo processo de recuperação de obras de arte roubadas.

A repetição de roubos de itens de alto valor histórico e cultural em importantes instituições brasileiras levanta o debate sobre a segurança e a proteção dos acervos públicos. As autoridades seguem em busca dos criminosos e das obras de Matisse.


Com informações: Revista Fórum

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Rejeição a Bolsonaro chega a 50% e impacta transferência de votos da direita, aponta Datafolha

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Rejeição a candidatos apoiados por Jair Bolsonaro atinge 50% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa Datafolha, indicando queda na capacidade de transferência de votos e desafiando a direita na escolha de um nome competitivo para as eleições de 2026.


Metade dos eleitores rejeita apoio de Bolsonaro, mostra pesquisa

Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada neste sábado (6), aponta para um significativo desafio eleitoral para o campo político da direita, ao registrar que metade dos brasileiros (50%) declara que não votaria em nenhum candidato que fosse indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O levantamento, que buscou medir a capacidade de transferência de votos do ex-presidente – atualmente inelegível e preso por decisão do Supremo Tribunal Federal –, indicou uma queda na sua influência direta sobre o eleitorado. Os dados mostram que apenas 26% dos entrevistados afirmam que votariam com certeza em um nome apoiado por ele, enquanto 21% disseram que talvez o fizessem. Outros 3% não souberam responder.

O índice de 50% de rejeição a qualquer nome apadrinhado pelo ex-presidente representa um obstáculo central para a estratégia da direita nas próximas eleições, exigindo que o grupo político busque um nome capaz de mobilizar sua base sem carregar o peso da alta rejeição.

Preferencia interna e os desafios de competitividade

A pesquisa também avaliou a preferência interna do campo da direita para a disputa presidencial de 2026, destacando que nenhum dos nomes cotados consegue, individualmente, romper a barreira imposta pela rejeição de metade do eleitorado a qualquer indicação de Bolsonaro.

Entre os possíveis candidatos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro lidera a preferência interna com 22%, seguida de perto pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 20%. Em seguida, aparecem o governador do Paraná, Ratinho Jr., com 12%, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, com 9%.

O senador Flávio Bolsonaro, recém-lançado pelo pai como pré-candidato, registrou a menor preferência entre os citados: apenas 8% dos entrevistados acreditam que ele deveria ser o escolhido para representar o grupo.

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Em uma declaração pública no domingo (7), o senador Flávio Bolsonaro expressou confiança na união da direita para 2026. Ele também indicou que a consolidação da vitória começaria por São Paulo, projetando uma diferença de votos superior à registrada em 2022. Em um movimento que pode indicar articulações políticas, o senador mencionou a possibilidade de desistir da presidência em troca da aprovação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, medida que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Confronto direto com Lula e as taxas de rejeição pessoal

O cenário eleitoral se mostra ainda mais desafiador para os nomes da direita quando confrontados diretamente com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que mantém a dianteira em todos os cenários testados pela pesquisa:

Confronto Direto (Simulados) Lula Candidato de Direita Vantagem
vs. Flávio Bolsonaro 51% 36% 15 pontos
vs. Eduardo Bolsonaro 52% 35% 17 pontos
vs. Michelle Bolsonaro 47% 39% 8 pontos
vs. Tarcísio de Freitas 47% 42% 5 pontos

Essa diferença consistente no plano nacional reforça o enfraquecimento do bolsonarismo em nível nacional, especialmente após os acontecimentos que levaram à prisão e à inelegibilidade do ex-presidente.

A pesquisa também mediu o índice de rejeição pessoal dos líderes políticos, ou seja, a parcela do eleitorado que declara não votar de forma alguma naquele nome:

  • Jair Bolsonaro: 45%

  • Flávio Bolsonaro: 38%

  • Eduardo Bolsonaro: 37%

  • Michelle Bolsonaro: 35%

Nomes que não pertencem ao núcleo familiar de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, apresentaram índices de rejeição menores, mas, mesmo assim, a pesquisa indica que não seriam suficientes para ameaçar a liderança de Lula no primeiro turno, onde o petista mantém 41% em todos os cenários.

Nos cenários de primeiro turno, a direita ainda enfrenta a fragmentação de seus votos, com Tarcísio de Freitas registrando 23%, Michelle Bolsonaro com 24%, e Flávio e Eduardo Bolsonaro com 18% cada.

O Datafolha realizou o levantamento entre 2 e 4 de dezembro, entrevistando 2.002 pessoas em 113 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O resultado aponta que o maior desafio da direita em 2026 será reverter a rejeição de 50% dos eleitores, que hoje descartam a priori qualquer candidatura apadrinhada por Jair Bolsonaro.

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Com informações:  DCM

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