Pesquisadores da Universidade de Waterloo testam microrrobôs em modelo 3D do trato urinário para dissolver pedras nos rins. Tecnologia usa enzima urease e pode oferecer tratamento localizado e minimamente invasivo para cálculos de ácido úrico.
Nova abordagem para tratamento de pedras nos rins
Um estudo internacional liderado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, está testando o uso de microrrobôs controlados por braço robótico para dissolver cálculos renais de ácido úrico. A tecnologia, ainda em fase experimental, utiliza tiras finas magnéticas impregnadas com a enzima urease, capaz de reduzir a acidez da urina ao redor do cálculo, facilitando sua dissolução natural.
A pesquisa conta com colaboração de urologistas na Espanha e visa oferecer uma alternativa minimamente invasiva para pacientes com histórico recorrente de pedras nos rins, especialmente aqueles que não respondem bem a medicamentos orais ou que têm contraindicações para cirurgias.
Tiras magnéticas guiadas por robô
Os dispositivos, com cerca de um centímetro de comprimento e formato semelhante a espaguete, são equipados com ímãs e guiados por um braço robótico operado por médicos. Em testes, eles são posicionados com precisão próxima aos cálculos renais dentro de um modelo 3D realista do trato urinário. A enzima urease liberada localmente altera o pH da urina, promovendo a dissolução acelerada das pedras até que sejam pequenas o suficiente para serem eliminadas naturalmente pela urina.
“Atualmente, não há nenhum bom método de tratamento disponível para cálculo renal de ácido úrico”, afirmou a Dra. Veronika Magdanz, professora de engenharia de sistemas na Universidade de Waterloo e diretora do Laboratório de Microrrobótica Médica. “Nosso objetivo é oferecer uma alternativa eficaz que alivie a dor mais rapidamente e ajude os pacientes a expelir os cálculos em poucos dias.”
Tratamento localizado e sem cirurgia
A técnica pode ser especialmente benéfica para os chamados formadores recorrentes de cálculos, um grupo que representa uma parcela significativa dos casos clínicos. O tratamento localizado evita os efeitos colaterais de medicamentos sistêmicos e reduz a necessidade de intervenções cirúrgicas repetidas, comuns em pacientes com infecções crônicas ou outros fatores de risco.
Próximos passos e aprimoramentos
A equipe planeja avançar para estudos com animais de grande porte para validar a segurança e eficácia do método. Além disso, trabalha na melhoria do sistema de controle do braço robótico com um ímã motorizado e na integração de um painel com ultrassom em tempo real, permitindo visualização contínua do posicionamento das tiras e do progresso da dissolução.
Cálculos renais: um problema de saúde recorrente
Segundo dados citados na pesquisa, uma em cada oito pessoas tem risco de desenvolver pedras nos rins durante a vida. Os cálculos de ácido úrico representam cerca de 10% a 15% dos casos e estão associados a urina altamente ácida, dieta inadequada e desidratação.
Sintomas comuns incluem dor intensa nas costas que irradia para o abdômen e virilha, náuseas, vômitos, sangue na urina e infecções urinárias. A prevenção envolve aumento da ingestão de líquidos, redução do consumo de sal e proteínas animais, além de atividade física regular.
Palavras-Chave:
cálculos renais, robôs médicos, tratamento minimamente invasivo
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