Três obras para revistar títulos pouco conhecidos de grandes autores da literatura nacional
A literatura brasileira tem tantos clássicos, e tão ricos, que se torna difícil lembrar de todos. Às vezes, mesmo um autor já conhecido, com romances “de rosto”, pode ter na sua bibliografia obras menos exploradas, mas que, se revisitadas, têm muito a oferecer.
Por isso, esta lista com três obras menos mencionadas da literatura brasileira tenta resgatar a memória daqueles livros que não se tornaram exatamente ícones literários de seus autores.
Mais conhecido por Vidas Secas, sua obra-prima, Graciliano Ramos tem um estilo de escrita claro e simples, mas que apela a recursos poéticos originais do linguajar interiorano. Às vezes, dá um ar de Guimarães Rosa, mas sem os floreios e sem tantos neologismos — apesar de Graciliano também recorrer a vários desses.
Em Caetés, seu primeiro romance, publicado em 1933, Graciliano conta, em primeira pessoa, a história de João Valério, que também quer escrever um romance. Curiosamente, a obra do personagem do livro também se chama Caetés, e é um romance sobre a comunidade indígena originária do Brasil que “deglutiu” o bispo e evangelizador Sardinha.
O romance é repleto de reflexões pessoais e filosóficas, mas escritas de um modo simples e engraçado; e a trama se torna mais envolvente ainda quando, num triângulo amoroso, Valério acaba se apaixonando pela mulher do dono da firma em que ele trabalha, o que acaba em tragédia (mas sem spoilers).
“Voam-me desejos por toda a parte, e caem, voam outros, tornam a cair, sem força para transpor não sei que barreiras. Ânsias que me devoram facilmente se exaurem em caminhadas curtas por essa campina rasa que é a minha vida.”
O livro, que é curto, finda com um monólogo muito bonito sobre os “quatrocentos anos de civilização”, ser ou não ser selvagem (como são considerados os caetés que o personagem principal tanto estuda), a timidez e a inteligência, o sentir de menos e demais do personagem e, por fim, a descoberta de que o homem moderno também é caeté.
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“Descrente? Engano. Não é ninguém mais crédulo que eu. E esta exaltação, quase veneração, com que ouço falar em artistas que não conheço, filósofos que não sei se existiram! Ateu! Não é verdade. Tenho passado a vida a criar deuses que morrem logo, ídolos que depois derrubo — uma estrela no céu, algumas mulheres na terra…”
A Obscena Senhora D., Hilda Hilst
A Obscena Senhora D., Hilda Hilst.
Créditos: Companhia das Letras / divulgação
Mais famosa por seu polêmico O Caderno Rosa de Lori Lamby e pelos poemas, Hilst publicou, em 1982, um livro pouco conhecido: A Obscena Senhora D., em que narra a vida de Hillé, uma mulher que, após a morte do marido, se isola no “vagino”, como chama seu cubículo no vão da escada.
Lá, em isolamento profundo, ela passa pelo luto da perda, pelas obscenidades do desejo feminino, confunde-se com lembranças do passado e se pergunta qual é o sentido da sua própria vida.
Hilst é conhecida por ser uma escritora fora do tradicional, seja o que for o tradicional, e tem narrativas explícitas que desafiam a comodidade do leitor, em geral evidenciando, à contraparte, a experiência feminina, e levando-a ao extremo.
A personagem do romance é famosa “mulher que pensa”, uma figura conflituosa que confronta padrões; e a narrativa é densa, repleta de fluxos psicológicos e de um monólogo interior.
“Também não compreendo o corpo, essa armadilha, nem a sangrenta lógica dos dias, nem os rostos que me olham nesta vila onde moro, o que é casa, conceito, o que são as pernas, o que é ir e vir, para onde Ehud, o que são essas senhoras velhas, os ganidos da infância, os homens curvos, o que pensam de si mesmos os tolos, as crianças, o que é pensar, o que é nítido, sonoro, o que é som, trinado, urro, grito […]”.
Casa de Pensão, Aluísio Azevedo
Casa de Pensão, Aluísio Azevedo.
Créditos: Lafonte / divulgação
As obras do realismo-naturalismo são, de modo geral, muito lembradas nas cartilhas das escolas brasileiras. Mas Aluísio Azevedo, um dos maiores representantes da escola literária no Brasil, é mais lembrado por sua obra-prima, O Cortiço.
Outras obras menos conhecidas, como O Mulato (que também vale a leitura) e Casa de Pensão, acabam sendo também menos comentadas.
Publicada em 1884, Casa de Pensão é emblemática porque foi baseada num crime real ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em 1876, e amplamente coberto pela mídia local: a Questão Capistrano.
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O romance, narrado em terceira pessoa, conta da chegada de um jovem maranhense, Amâncio, ao Rio de Janeiro, que se mudara para estudar medicina. Lá, Amâncio se hospeda numa casa de pensão e encontra um amigo do Maranhão, Paiva Rocha, de personalidade questionável e gostos “imorais”. Ele então o introduz aos vícios e desvios da vida urbana.
Rocha gostava de festas, participava de orgias e tinha problemas com bebida.
A pensão em que a narrativa se passa, ao modo do realismo-naturalismo — que evoca características de seu romance mais famoso, passado num cortiço — evidencia a degradação, a promiscuidade e os desvios de caráter que são comuns à vida urbana, e a narrativa se centra no conflito amoroso pelo qual Amâncio, que começa a ter seu caráter moldado pela situação que o cerca, inicia um caso perigoso com a esposa do pensionista (daí a inspiração baseada no crime real).
O livro está disponível para leitura sob domínio público.
🎭 Musical contemporâneo celebra a obra do maranhense Humberto de Maracanã em São Paulo. O Auto do Guriatã apresenta a narrativa do Bumba Meu Boi com acessibilidade e oficinas gratuitas, promovendo um diálogo entre a rica tradição do Maranhão e a cena cultural paulistana.
Cultura Popular Maranhense Ganha Palco em São Paulo
Entre os dias 3 e 6 de dezembro, a cidade de São Paulo sediou o Auto do Guriatã, um espetáculo musical contemporâneo que revisita e enaltece a tradição do Bumba Meu Boi. A montagem, realizada pelo Núcleo Maracá, é uma ópera popular que tem como fio condutor o repertório e a genialidade de Humberto de Maracanã, um dos nomes mais emblemáticos da cultura popular brasileira. A circulação do projeto na capital paulista incluiu apresentações abertas ao público e uma série de oficinas gratuitas.
As atividades foram projetadas para democratizar o acesso, incluindo recursos de acessibilidade como Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição nas apresentações. Além da capital, o projeto estendeu sua programação ao interior paulista, com uma sessão especial no Festival Curau, na cidade de Piracicaba.
A Narrativa Simbólica e o Repertório do Mestre
O espetáculo Auto do Guriatã se estrutura em torno da narrativa central do Bumba Meu Boi: o ciclo que envolve o roubo, a morte e a ressurreição do animal. A história é protagonizada por Pai Francisco, que tenta satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Catirina, culminando na perda e posterior cura do Boi.
Essa trama ancestral ganha uma roupagem operística e contemporânea através das toadas compostas por Mestre Humberto de Maracanã. O repertório, que retrata simbolicamente o ciclo da vida e da arte, faz parte do álbum homônimo, Auto do Guriatã, produzido por André Magalhães e com lançamento programado nas plataformas digitais.
Diálogo entre Tradição e Modernidade no Palco
A montagem do Núcleo Maracá é marcada pela reunião de figuras respeitadas da cultura popular e artistas da cena contemporânea. O elenco e a equipe contam com nomes como Tião Carvalho, Graça Reis, Ana Maria Carvalho e Sapopemba, que interagem com músicos modernos como Renata Amaral, que também assina a idealização e direção geral do projeto, e outros colaboradores como Lincoln Antonio, Ariel Coelho e Aline Fernandes.
Renata Amaral, diretora da obra, destacou que as toadas do mestre maranhense possuem uma estrutura que se assemelha a uma opereta, justificando a escolha por uma montagem teatral para “honrar sua memória e genialidade”.
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Um dos pontos de ruptura na tradição propostos pelo espetáculo é a escalação da Mestra Graça Reis para o papel do Amo, personagem central do Bumba Meu Boi que, historicamente, é interpretado por homens. Segundo Renata Amaral, essa decisão busca evidenciar “um lugar de potência” para as mulheres dentro do folclore e “atualizar o discurso sobre relações de poder dentro da nossa tradição popular”.
O Legado de Humberto de Maracanã
A escolha do repertório se deve ao impacto duradouro da obra de Mestre Humberto de Maracanã. Suas toadas foram gravadas e interpretadas por artistas de reconhecimento nacional, como Maria Bethânia, Alcione e Zeca Baleiro. A comunidade do Boi de Maracanã, que reúne mais de mil integrantes, contribuiu ativamente para o projeto, participando das oficinas e oferecendo um contato direto com os cantos, toques e danças que compõem essa manifestação cultural centenária.
Nascido em São Luís, no Maranhão, em 1939, Humberto foi consolidado como mestre do Boi de Maracanã aos 34 anos, tornando-se uma das maiores referências do gênero. Sua composição “Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão” é amplamente reconhecida como um hino do São João maranhense. Seu trabalho e sua contribuição foram celebrados com prêmios de relevância nacional, incluindo o Prêmio Culturas Populares do Ministério da Cultura (MinC) e o 23º Prêmio da Música Brasileira.
As diversas oficinas de Bumba Meu Boi realizadas em espaços culturais como o Instituto de Artes da Unesp, a Casa Mestre Ananias, a EMEF Desembargador Amorim Lima e a Vila Itororó, tiveram como objetivo aproximar o público paulistano da riqueza e da complexidade do Bumba Meu Boi maranhense, promovendo o intercâmbio cultural e a preservação dessa manifestação tradicional.
Ao lado de Senna Produções, do DJ Dudu e de grandes nomes da música nacional, o carismático locutor comanda evento histórico na Fábrica 040 no dia 06 de dezembro, em Santa Maria-DF
Santa Maria e entorno se preparam para uma noite inesquecível. No próximo sábado, 06 de dezembro de 2025, a Fábrica 040 – Polo JK, em Santa Maria, será palco de um dos maiores eventos sertanejos do ano. E à frente de tudo isso está um nome que ecoa com força nas rádios, nos stories e, principalmente, nos corações dos moradores da região: Ordinario.com.
Filho legítimo de Santa Maria, bairro que respira cultura, Ordinario.com não é apenas um locutor ou apresentador, ele é voz, memória e representação viva da alma local. Conhece cada esquina, cada história e, sobretudo, entende como poucos o que o povo de Santa Maria e entorno quer: festa com raiz, com respeito e com brilho.
E é justamente essa conexão profunda com a cultura local que faz do seu retorno ao grande palco um marco. Ele está de volta em grande estilo, unindo forças com a Senna Produções, reconhecida como uma das maiores promotoras de eventos da Região, e com o DJ Dudu, aclamado como um dos maiores DJ desta geração.
O evento contará com um line-up estelar, pensado para agradar todos os gostos do universo sertanejo e beyond. Além do próprio Ordinario.com comandando a festa com seu carisma e energia contagiante, o público poderá curtir os shows de Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus e o lendário Amado Batista, o “cantor das multidões”, cuja voz carrega décadas de história da música popular brasileira.
A pista também será dominada por grandes nomes, além de DJ Dudu, estarão presentes DJ René Ricohet e Locutor Marcão Alencar, com sua voz marcante. Para fechar com chave de ouro, o palco receberá ainda Lukas & Gustavo, Paulo Lima e Jean Almeida.
Mas mais do que um simples festa, este é um evento que a cidade e a região merecem, e ninguém melhor do que Ordinario.com para conduzir essa celebração. Ele não apenas apresenta; ele traduz, conecta e emociona.
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“A gente tá fazendo isso com o coração. Santa Maria merece brilhar. E no dia 06, a Fábrica 040 vai virar o centro do Brasil”, afirmou Ordinario.com em entrevista exclusiva.
Com uma estrutura impecável, segurança reforçada, praça de alimentação variada e cenografia imersiva, o evento promete ser o ponto alto da temporada de festas de fim de ano na capital federal.
Ordinario.com está de volta. E dessa vez, ele não veio sozinho — trouxe a festa inteira com ele.
Serviço: Evento: 50 Anos de Carreira do Mais Amado do Brasil Data: 06 de dezembro de 2025 (sábado) Local: Fábrica 040 – Polo JK, Santa Maria, Brasília/DF Atrações: Ordinario.com, DJ Dudu, Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus, Amado Batista, DJ René Ricohet, Lukas & Gustavo, Paulo Lima, Jean Almeida, Locutor Marcão Alencar Realização: Senna Produções
O primeiro romance de Dia Nobre, “Boca do Mundo“, é a obra escolhida pela Amora Livros para novembro e aborda a intersecção entre violência de gênero, memória e cura. Historiadora de formação, a autora, que tem raízes no Cariri e no sertão de Pernambuco, foca nas vozes das mulheres que reelaboram a brutalidade cotidiana em um povoado ficcional chamado Urânia. O livro utiliza o simbolismo da encruzilhada e do imaginário ancestral, como a serpente, como metáforas para a resistência, o recomeço e o poder da união feminina
A historiadora e escritora Dia Nobre lançou seu primeiro romance, Boca do Mundo, obra que aborda a violência de gênero, a memória e as estratégias de sobrevivência feminina. O livro foi selecionado pelo clube de assinatura Amora Livros, dedicado à literatura contemporânea escrita por mulheres.
Crédito: Divulgação
Violência, Cura e o Feminino Complexo 💬
Dia Nobre construiu uma narrativa que recusa a estetização da violência. Seu foco é no modo como as mulheres criam estratégias de sobrevivência em meio à brutalidade, retomando o controle de seus corpos e histórias.
Fuga da Vitimização: A autora se propôs a deslocar o foco da violência em si para a voz das mulheres, como a personagem Tereza, que foge de uma situação de agressões domésticas.
Complexidade Feminina: Dia Nobre critica a representação frequentemente estereotipada de mulheres na literatura escrita por homens, onde lhes faltam “camadas”, sendo reduzidas ao papel de objeto sexual, megera ou, simplesmente, vítima.
Força Coletiva: A história ganha movimento quando as quatro personagens principais — Abigail, Hermínia, Urânia (o espaço que narra) e Tereza — se encontram na encruzilhada, símbolo central do livro. Para a autora, a união entre mulheres é uma força coletiva capaz de resistir à violência patriarcal.
Raízes no Sertão e Misticismo 🌵
A obra, ambientada em um sertão ficcional no estado de Pernambuco, é profundamente influenciada pelas vivências de Dia Nobre no Cariri (onde se formou em História pela URCA) e no sertão pernambucano.
Religiosidade: O universo da escrita é permeado pela religiosidade e pelas cosmogonias afro-indígenas e do catolicismo popular da região, como as romarias ao Padre Cícero.
Urânia, a Terra que Fala: O povoado ficcional de Urânia funciona como um personagem ativo que narra e interfere nos acontecimentos, metamorfoseando-se em seres encantados.
A Metáfora da Serpente: A figura da serpente e o fenômeno da ecdise (troca de pele) são eixos centrais, simbolizando a resistência, a adaptação e o renascimento das mulheres que deixam para trás um passado de violência.
Hermínia, a “Santa das Espancadas”: Inspirada em um culto popular que surgiu após o feminicídio de Maria Isabel da Conceição em 1929, a personagem representa a força protetora e a fé como um recurso de enfrentamento, denunciando, ao mesmo tempo, a insuficiência das políticas públicas.
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