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Maratona do TCDF debate assédio, corrupção e saúde mental nas forças de segurança

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Evento da Escon/TCDF reuniu especialistas para discutir adoecimento psíquico, controle externo e políticas de segurança pública com foco em cidadania e transparência

Escola de Contas do Tribunal de Contas do Distrito Federal (Escon/TCDF) encerrou, nesta terça-feira (28 de outubro de 2025), a Maratona Temática sobre Segurança Pública, com seis painéis que reuniram especialistas de todo o país para debater desafios estruturais do setor. Entre os temas centrais estiveram o assédio moral, o adoecimento psíquico de agentes de segurança, o controle externo, a cidadania e o combate à corrupção.

O evento, voltado a gestores públicos, servidores, acadêmicos e sociedade civil, teve como objetivo fomentar reflexões e propor soluções práticas para uma política de segurança mais humana, eficaz e transparente.

Assédio moral e saúde mental nas forças de segurança

O primeiro painel do dia, intitulado “Assédio Moral e Adoecimento Psíquico nas Forças de Segurança Pública”, contou com a participação de Erika Von Sohsten, servidora do Ministério Público de Pernambuco (MP/PE). Ela destacou a necessidade de reconhecer as pressões psicológicas enfrentadas por policiais civis, militares e agentes penitenciários, muitas vezes agravadas por hierarquias rígidas e ambientes tóxicos.

“Ninguém é melhor que você enquanto ser humano apenas por ocupar um cargo superior”, afirmou, reforçando a importância do respeito à dignidade no ambiente de trabalho.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que mais de 30% dos profissionais de segurança relatam sintomas de ansiedade ou depressão, muitos sem acesso a suporte psicológico adequado.

Papel do controle externo na fiscalização

O Tribunal de Contas da União (TCU) foi representado por Ricardo Akl, auditor-chefe da Unidade de Auditoria Especializada em Defesa Nacional e Segurança Pública. Em seu painel, ele explicou como o TCU atua na avaliação de políticas públicas de segurança, com foco em tempestividade e qualidade.

“Nos preocupamos com a tempestividade na nossa atuação. Não podemos ser rápidos e fazer de qualquer jeito, nem demorar demais e entregar um relatório antigo”, disse Akl, destacando que auditorias eficazes devem gerar recomendações aplicáveis e oportunas.

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Representantes de tribunais estaduais também compartilharam experiências. Lívia Ribeiro, do TCE do Piauí, afirmou que as fiscalizações devem ir além da identificação de falhas: “Buscamos criar um ambiente que favoreça a construção de soluções úteis para cidadãos e gestores”.

Amélia da Luz, do TCE do Rio de Janeiro, ressaltou a necessidade de uma visão integrada e transversal da segurança pública. “É uma política que vai muito além das polícias. Envolve educação, saúde, habitação e justiça social.

Cidadania, desigualdade e raízes da violência

O painel “Cidadania, Segurança Pública e Justiça”, conduzido por Márcia de Alencar, integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e Segurança Pública, trouxe uma análise estrutural da violência no Brasil.

Segundo ela, os crimes estão mais associados a falhas na garantia de direitos básicos — como educação, moradia e acesso à justiça — do que à mera criminalidade. “O Estado brasileiro falhou em garantir direitos civis e sociais básicos, e isso se reflete no alto nível de desagregação, desordem e desigualdade entre as classes sociais”, explicou.

A fala reforça estudos do Ipea e da ONU, que apontam correlação direta entre desigualdade social e índices de violência.

Combate à corrupção como pilar da segurança

O último painel abordou o “Combate à Corrupção na Defesa Nacional e nas Forças de Segurança: Um Compromisso Federativo”, com mediação de Bárbara Krysttal, diretora-geral do Ministério Público de Contas do Paraná (MPC/PR).

Ela alertou que a corrupção não apenas desvia recursos, mas minha a legitimidade das instituições. “A corrupção fragiliza instituições, compromete sua legitimidade e a confiança da população, sendo essencial uma resposta coordenada e integrada”, afirmou.

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A fala ecoa recomendações da Controladoria-Geral da União (CGU), que defende a integração entre órgãos de controle, ministérios públicos e tribunais de contas para fortalecer a governança no setor de segurança.

Encerramento reforça importância do debate

Ao encerrar a maratona, o presidente do TCDF, conselheiro Manoel de Andrade, destacou o caráter necessário e atual das discussões. “O debate sobre segurança pública é necessário e atual. Além de ser um trabalho que nos inspira bastante”, afirmou.

A Escon/TCDF reforçou que a cooperação entre especialistas, gestores e sociedade civil é fundamental para garantir o uso eficiente dos recursos públicos e a efetividade das políticas de segurança.

As gravações dos painéis estão disponíveis no site do TCDF, e fotos do evento também foram divulgadas pela instituição.


Com informações: TCDF

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Biblioteca Cyro dos Anjos do TCDF terá horário especial durante o recesso

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A Biblioteca Cyro dos Anjos, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), funcionará em horário especial durante o recesso regimental, que ocorre de 16 de dezembro de 2025 a 14 de janeiro de 2026. O horário de atendimento será das 12h às 18h.

A Coordenadoria de Gestão do Conhecimento Institucional do TCDF informou que, durante o período de recesso, o atendimento da biblioteca será mantido normalmente, sem prejuízo aos usuários, mas com alteração no horário.

Detalhes do Horário Especial 📅

  • Período de Recesso: 16 de dezembro de 2025 a 14 de janeiro de 2026.

  • Novo Horário de Funcionamento: 12h às 18h.


Com informações: TCDF

 

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Articuladores analisam ações do Criança Alfabetizada no DF, reforçando a urgência da política de alfabetização na idade certa

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O Distrito Federal sediou, entre 1º e 3 de dezembro, o 4º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Articulação (Renalfa), um evento crucial para a implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA). O encontro reuniu gestores e técnicos de todo o país para alinhar o planejamento de 2026, visando garantir que todas as crianças brasileiras sejam alfabetizadas até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. A subsecretária Iêdes Braga (SEEDF) destacou que alfabetizar na idade certa é fundamental para evitar problemas futuros na trajetória escolar

O Distrito Federal (DF) foi o palco do 4º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Articulação, Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), uma iniciativa que integra a estratégia do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), instituído pelo Decreto nº 11.556/2023. O objetivo central é unificar os esforços da União, estados, DF e municípios para assegurar a alfabetização infantil.

Importância da Alfabetização na Idade Certa 📚

O evento, que contou com a presença da secretária Nacional de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Helena Schweickardt, e de autoridades locais, reforçou a urgência da política pública.

  • Missão DF: A subsecretária de Educação Básica da SEEDF e representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Iêdes Braga, destacou o programa local, Alfaletrando, cuja missão é alfabetizar todas as crianças do DF até o final do 2º ano do Ensino Fundamental.

  • Prevenção: “Quando alfabetizamos na idade certa, evitamos muitos outros problemas,” afirmou Iêdes Braga, ressaltando o papel do CNCA como uma das principais políticas do país.

Articulação Nacional e Planejamento para 2026 🗺️

A secretária Nacional do MEC, Kátia Helena Schweickardt, celebrou a experiência com a Renalfa, que tem promovido formação e articulação entre gestores de todo o Brasil, descrevendo-a como um “verdadeiro piloto do Sistema Nacional de Educação”.

  • Objetivo Coordenado: O coordenador-geral de Alfabetização do MEC, João Paulo Mendes de Lima, enfatizou que o encontro serve como sinalização para que estados e municípios trabalhem de forma coordenada, desenvolvendo ações sistêmicas para garantir o direito de alfabetização de todas as crianças.

  • Próximos Passos: O ciclo formativo sediado em Brasília marcou o início do planejamento para as ações do programa em 2026.


Com informações: Secretaria de Educação do DF

 

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CAESB alerta clientes sobre sites falsos para emissão de 2ª via e cobrança de contas

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A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informa que portais falsos estão utilizando a identidade visual do site oficial da empresa para aplicar golpes, levando clientes a emitir a segunda via da conta e realizar pagamentos para contas fraudulentas. A Caesb orienta os usuários a verificarem o endereço eletrônico oficial antes de qualquer acesso e a conferirem o beneficiário antes de efetuar o pagamento

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) emitiu um alerta sobre a existência de portais falsos que estão se passando pelo site oficial da empresa para enganar clientes. O golpe visa fazer com que os usuários gerem a segunda via da conta e efetuem o pagamento para outros locais.

Verificação e Único Intermediário Autorizado 🛡️

A Caesb orienta seus clientes a tomarem medidas de segurança para evitar serem vítimas do golpe:

  • Verificação do Endereço: Os clientes devem ficar atentos e acessar apenas o endereço eletrônico oficial da Caesb. Qualquer endereço diferente não deve ser acessado.

  • Conferência do Beneficiário: Antes de finalizar qualquer pagamento, o usuário deve conferir atentamente o beneficiário do boleto.

  • Único Intermediário: A única entidade intermediária autorizada a realizar negociações administrativas para cobrança e recebimento de débitos é o Consórcio Sanear.

    • O Consórcio Sanear atua de forma experimental, é responsável por todo o processo de negociação de débitos e emite os boletos.

    • O único telefone utilizado pela Sanear é: (61) 9.8250-2734.

Medidas contra o Golpe 🚨

A Caesb está denunciando os endereços falsos ao Google para que sejam retirados da web.

A empresa orienta as vítimas de sites falsos a registrarem um BOLETIM DE OCORRÊNCIA na Polícia Civil, visto que o serviço de investigação de golpes é de responsabilidade policial.


Com informações: CAESB

 

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