Os festejos começam pelas regiões administrativas de Ceilândia, Cruzeiro e Recanto das Emas entre sexta e domingo
O Circuito de Festejos Juninos do Distrito Federal, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), começa nesta sexta-feira (21). Até 28 de julho, serão realizadas 38 apresentações em dez regiões administrativas, com entrada gratuita.
Durante quatro fins de semana, o Distrito Federal será palco de três grandes festivais juninos: o 24º Circuito de Quadrilhas Juninas, o 9º Festival Gonzagão e o 2º Festival Candangão. Com participação de 55 quadrilhas representando diversas entidades juninas, os eventos prometem levar muita animação.
De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, a época dos festejos juninos é mais uma oportunidade para o desenvolvimento cultural e econômico do DF e Entorno. “Essa será mais uma grande oportunidade de promovermos e valorizarmos todo o nosso arcabouço cultural por trás dos festejos, e, mais do que isso, gerar oportunidades, emprego e renda, fortalecendo uma economia criativa. Tenho plena certeza de que esse será mais um momento de grande alegria e de imensas oportunidades para toda a população do DF e do Entorno”, destacou.
Programação Completa:
Etapa 1 – 21 a 23 de junho, a partir das 19h:
Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Praça do Trabalhador
Cruzeiro: Candangão Junino – Estacionamento do Ginásio
Recanto das Emas: União Junina – Quadradão próximo ao campo Sintético do Skate Parque
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Etapa 2 – 28 a 30 de junho, a partir das 19h:
Planaltina: Candangão Junino – Estacionamento da Administração Regional
Sobradinho: Circuito de Quadrilhas Juninas – Estacionamento do Estádio Augustino Lima
Etapa 3 – 05 a 07 de julho, a partir das 19h:
São Sebastião: Gonzagão – União Junina
Paranoá: Circuito de Quadrilhas – Estacionamento da Administração Regional, Praça Central
Etapa 4 – 12 a 14 de julho:
Samambaia: Gonzagão – União Junina, Estacionamento do Castelo Forte
Taguatinga: Circuito de Quadrilhas Juninas – Estacionamento do Estádio Serejão
Etapa 5 – 26 a 28 de julho:
Ceilândia: Candangão Junino – Praça do Trabalhador
22/06
19h30: Furacão
20h: Semear
20h30: Tengo Lengo
21h: Porque é Isso
22h: Arraiá do Chapéu de Palha
22h30: Estrela de Prata
23h: Pau Melado
23/06
19h: Êta Peleja
19h30: Estrela do Fogo
20h: Arcanjo do Cerrado
20h30: Chapéu de Palha
21h30: Filhos do Sol
22h: Santo Afonso
22h30: Arrasta Pé
Ceilândia
21/06
19h: Tico Tico no Fubá
19h45: Espalha Brasa
20h30: Chinelo de Couro
21h15: Mantingueiros do Sertão
22h15: Vai mas Não Cai
23h: Bambolêa
23h45: Os Caboclos do Sertão
22/06
18h: Rasga Folé
18h45: Amor Junino
19h30: Mala Veia
20h15: Arraiá dos Matutos
21h15: Arroxa o Nó
22h: Caipirada
22h45: Xamegar
23h: Coisas da Roça
23/06
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18h: Fornalha
18h45: Eita Bagaceira
19h30: Pinga em Mim
20h15: Formiga na Roça
21h15: Xique-Xique
23h45: Xem Nhem Nhem/Ribuliço
Cruzeiro
21/06
19h: Trio Forró
21h: Vira e Mexe
21h45: Triscou Queimou
22h30: Trio de Forró
22/06
18h: Trio de Forró
19h: Filhos do Sertão
19h45: Pula Fogueira
20h30: Flor do Mamulengo
21h30: Se Bobear a Gente Pimba
22h15: Êta Lasquera
23h: Saca Rolha
23/06
18h: Sanfona Lascada
18h45: Elite do Cerrado
19h30: Segue o Fogo
20h15: Sabugo de Milho
21h15: Paixão do Cangaço
22h: Aquarela Nordestina
22h45: Oxente Vixe
Brasilienses terão a oportunidade de assistir ao filme representante do Brasil, na disputa pelo Oscar 2025, na categoria de Longa-metragem Documentário
A exibição do documentário Tesouro Natterer, do premiado cineasta Renato Barbieri, de Pureza (2022) e Servidão (2024), acontece no dia 6 de dezembro, sexta-feira, às 18h, no Cine Brasília, como parte da programação da Mostra Brasília da 57ª edição do Festival Brasília. Após o filme, às 21h, será realizado um debate especial com o diretor e convidados.
A entrada é gratuita.
O documentário, que venceu o Grande Prêmio do Júri na 29ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade 2024, é a primeira produção de brasiliense a concorrer ao Oscar, reafirmando a força do audiovisual brasileiro em contar histórias que conectam a memória histórica do país ao público contemporâneo. A exibição na Mostra Brasília destaca a importância do festival em promover o cinema local e aproximar o público de obras que têm conquistado reconhecimento internacional.
O filme – Tesouro Natterer retrata a jornada de Johann Natterer, membro da Expedição Austríaca que acompanhou a arquiduquesa Leopoldina ao Brasil em 1817, e a construção do maior acervo etnográfico de povos indígenas brasileiros, hoje preservado em museus de Viena. O filme explora questões fundamentais sobre a preservação da memória cultural e as implicações da repatriação de parte das mais de 2.300 peças etnográficas pertencentes a 68 povos originários do Brasil.
Tesouro Natterer estabelece, por meio da Coleção Johann Natterer, uma conexão entre o Brasil atual e o de 200 anos atrás. As únicas peças dessa imensa Coleção que ainda existiam no Brasil, cerca de 90, que foram presenteadas pelo naturalista austríaco para o imperador Dom Pedro II, se perderam durante o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018.
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Para Renato Barbieri, o evento marca um momento especial: “É uma honra imensa trazer Tesouro Natterer para a Mostra Brasília, um evento tão significativo para a cidade e para o cinema nacional. Essa exibição gratuita antes da estreia oficial nos cinemas oferece ao público a oportunidade de se conectar com uma produção genuinamente brasiliense, que agora alcança projeção internacional ao disputar o Oscar 2025. Estar ao lado de outra grande obra como Ainda Estou Aqui reforça ainda mais a potência do audiovisual brasileiro, que tem contado histórias profundas e universais com excelência técnica e sensibilidade narrativa. Espero que o filme desperte no espectador um sentimento de orgulho pelo novo cinema nacional, que mostra ao mundo o poder criativo do Brasil. Sinto uma gratidão especial por Tesouro Natterer, que foi produzido na cidade, poder ser exibido em um espaço tão icônico quanto o Cine Brasília, um verdadeiro templo do cinema brasileiro”.
Segundo os registros históricos analisados durante a pesquisa para o filme, Johann Natterer enfrentou desafios extremos ao longo de sua expedição no Brasil. Ele e sua equipe tiveram que lidar com condições climáticas severas, dificuldades logísticas, conflitos sociais e doenças tropicais desconhecidas à época, colocando suas vidas à prova em diversas ocasiões.
“Essas experiências transformadoras trouxeram uma profunda mudança em Natterer. Ele começou a escrever de forma mais introspectiva e menos técnica, revelando um olhar sensível que gradualmente superou algumas ideias eurocêntricas e supremacistas predominantes em sua formação”, explica Barbieri. “Durante sua permanência no Brasil, Natterer se casou com a indígena Maria do Rego, com quem teve três filhos. No final de sua jornada, retornou a Viena acompanhado de sua família brasileira, um desfecho que marcou sua trajetória de vida”, finaliza o diretor.
Além disso, os estudos apontam que Natterer não poderia imaginar a importância histórica que sua coleção etnográfica indígena ganharia. Com o tempo, tornou-se o maior e mais antigo acervo desse tipo no mundo, desempenhando um papel essencial na preservação da memória dos povos originários. Esse legado carrega a excelência técnica, artística e simbólica das culturas indígenas, das quais muitos conhecimentos foram perdidos ao longo dos séculos devido ao impacto violento da aculturação e da desestruturação dessas sociedades.
O debate ocorrerá às 21h, logo após a exibição do documentário em um dos anexos do Cine Brasília durante o Festival e será uma oportunidade de aprofundar as reflexões propostas pelo filme, além de explorar os desafios e perspectivas do cinema nacional, especialmente em um momento de reconhecimento global com a indicação ao Oscar.
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Patrocínio e parcerias
A realização do filme Tesouro Natterer conta com o patrocínio da FSA- Fundo Setorial do Audiovisual, reafirmando o compromisso com a valorização do Cinema Brasileiro. Para a campanha ao Oscar 2025, contamos com patrocínio da ANCINE – Agência Nacional de Cinema, além da parceria fundamental do SIAESP, do Cinema do Brasil, APEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além doapoiodo Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade e do STJ – Superior Tribunal de Justiça, que todos juntos impulsionam e levam a nossa arte para o mundo.
Ficha Técnica
Ideia Original: Victor Leonardi
Direção e Produção: Renato Barbieri
Roteiro: Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges, Rodrigo Borges
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Pesquisa: Kurt Schmutzer, Victor Leonardi, Andrea Fenzl
Produção Executiva: Natália Brandino, Walder Junior, Mariangela Furtado
Direção de Produção: Mariangela Furtado (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)
Assistência de Direção: Andrea Fenzl
Produção de Locação: Johnny Catrolli (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)
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Direção de Fotografia: Daniel Leite (Brasil), Jacob Solitrenick (Áustria)
Som Direto: Altyr Pereira (Brasil), Vinzenz Landl (Áustria)
Direção de Arte: Zé Luca
Cartaz: Pato Sardá
Direção de Animação: Adriana Meirelles
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Pós-Produção e Videografismo: Diego Cajueiro
Música Original: Márcio Vermelho, Pedro Zopelar
Montagem: Diego Cajueiro
Elenco: Hans Kaba Munduruku, Kurt Schmutzer, Arnaldo Kaba Munduruku, Misael Kaba Munduruku, Claudia Augustat, Christa Riedl-Dorn, Maria de Fátima Costa, Pablo Diener, Victor Leonardi, Magda Ricci
Voz Off de Johann Natterer: Helmut Schuster
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Edição de Som: Eric Ribeiro Christani (a3ps), Caetano Cotrim de Blasiis
Mixagem: Eric Ribeiro Christani (a3ps)
Finalização: André Finotti
Colorização: Ronnie Outtch
Assistência de Animação: Babi Fernandes
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Roteiro de Montagem: Andrea Fenzl
Coordenação de Pós-Produção: Walder Junior
Edição: Diego Cajueiro
Assistência de Produção Executiva: Gisela Marcolino
Controller: Bruna Lopes, Gisela Marcolino
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Empresa Produtora: GAYA Filmes
Distribuição: O2 Play
Imprensa: Polidea Comunicação
Serviço
Festival de Brasília 57ª edição – Mostra Brasília Tesouro Natterer
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Duração: 84 minutos
Data: 6 de dezembro de 2024 Horário: Exibição às 18h | Debate às 21h Local: Cine Brasília Endereço: EQS 106/107, Asa Sul, Brasília – DF Entrada: Gratuita
Pela primeira vez, a peça é protagonizada por uma família preta. Em circulação pelo Brasil, a montagem já foi vista por 4.800 pessoas em três capitais
A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 12 a 22 de dezembro, a peça “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, com grande elenco e direção de Bruce Gomlevsky. As sessões acontecem de quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 7 de dezembro no site Bilheteria Cultural e na bilheteria do teatro. Todas as sessões contam com intérprete de libras. A peça tem o patrocínio da CAIXA.
A nova montagem, idealizada pela Quereres Produções, surge 62 anos depois de sua primeira encenação. É a primeira vez que a peça é protagonizada por uma família preta. O texto dialoga com a sociedade atual, abordando temas fortes como a violência contra a mulher, o racismo e a hipocrisia. “Bonitinha, mas Ordinária” já teve inúmeras versões para os palcos e três adaptações para o cinema.
A encenação de Bruce Gomlevsky manteve a ambientação da história na década de 1960. “A peça fala sobre a elite do atraso que está no poder há anos oprimindo as pessoas. As lutas identitárias não podem perder o foco, já que a exploração e a desigualdade continuam”, comenta o diretor.
Além das apresentações, a produtora promove ainda a “Oficina do Riso”. Com duração de quatro horas, a oficina será realizada no dia 14 de dezembro e terá 25 vagas destinadas a atores principiantes e profissionais que desejem aprender ferramentas para a Arte do Humor. A oficina destina-se à prática da comicidade, por meio de jogos e improvisações entre os participantes.
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A montagem estreou em agosto deste ano no Rio de Janeiro (RJ). Na sequência, passou por Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e encerra do ano de 2024 na capital federal. Desde a estreia, a peça foi assistida por 4.800 espectadores.
Sinopse:
Em “Bonitinha, Mas Ordinária”, Edgard é um rapaz de origem humilde que faz um acordo para se casar com Maria Cecília, uma moça rica que foi desonrada. Mas sua vizinha, Ritinha, se torna um dos vértices de um triângulo amoroso.
Elenco:
O espetáculo tem no elenco Emílio Orciollo Netto (Edgard), Sol Miranda (Ritinha), Júlia Portes (Maria Cecília), Ricardo Blat (Werneck) e Sylvia Bandeira (Dona Lígia). A peça ainda conta com Claudio Gabriel, Alexandra Medeiros, Leo de Moraes, Marília Coelho, Jitman Vibranovski, Kênia Bárbara, Ágatha Marinho, Aline Dias, Junior Vieira, Vini Portella e Leo de Moraes.
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Serviço:
[Teatro] “Bonitinha, Mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues
Horários: quinta-feira a sábado às 20h; domingo às 19h
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Classificação Indicativa: 16 anos
Duração: 110 min
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia – incluídos clientes CAIXA) à venda, a partir de 7 de dezembro (primeiro final de semana) e 14 de dezembro (segundo final de semana). Na bilheteria da CAIXA Cultural, às 9h, e no site Bilheteria Cultural, às 13h.
Assunto é tema da 35ª Abinia, de 3 a 6 de dezembro na FNB, no Rio
A preservação e conservação de acervos de bibliotecas de países ibero-americanos é um dos temas do encontro dessas instituições que vai ocorrer no período de 3 a 6 de dezembro no Auditório Machado de Assis, na sede da Fundação Biblioteca Nacional, no centro do Rio de Janeiro. A última vez em que a instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) recebeu o evento internacional, foi em 2000.
Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, Espanha, Guatemala, México, Panamá, Paraguai e Portugal já confirmaram a presença na 35ª Assembleia Geral da Associação de Estados Ibero-Americanos para o Desenvolvimento das Bibliotecas Nacional do Países Ibero-Americanos (Abinia), que vai ocorrer na sede da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), no centro da capital fluminense. Bolívia, El Salvador, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, participarão de forma virtual.
A intenção do encontro é promover a integração desses países incluindo as raízes ibéricas de Espanha e Portugal. “O fato de a gente reunir todos esses países após 24 anos quer dizer o momento importante que o Brasil está vivendo e ao mesmo tempo um diálogo que passa pela integração da América Latina que é sempre uma demanda forte, intensa, buscada praticamente a cada geração e que temos que ampliar isso tudo”, disse o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi, em entrevista à Agência Brasil.
Depois de alguns anos de ausência, Portugal estará no encontro, uma vez que volta a integrar a Assembleia. “Portugal, após um longo período não participando diretamente da Abinia está voltando agora. É um fato também muito importante para nós. É uma grande comunidade que está programando as práticas, reestudando as suas funções e missões institucionais. É um momento muito bonito”, observou.
Lucchesi chamou atenção para a quantidade de itens que essas bibliotecas preservam. “Se fizer um cálculo de quanto aproximadamente cada uma dessas bibliotecas, que se encontrarão no Rio de Janeiro, possuem é como se uma parte do planeta Terra tivesse unida no Rio de Janeiro, porque gente está tratando de milhões de peças que essas bibliotecas as guardam em seus repertórios e seus acervos, não só os da América Latina, mas também de Espanha e Portugal. Então, é um volume imenso. O valor simbólico do encontro já é uma conquista de espaço e de volume”, comentou.
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Para o presidente, o fato de sediar o encontro reflete o destaque que a biblioteca brasileira tem no cenário nacional e internacional. “Dá de fato à Biblioteca Nacional do Brasil o lugar da sua importância, o papel extremamente de relevo que ela realiza para as políticas da memória, para o tratamento e a difusão da informação, justamente em um tempo tão complexo com que diz respeito à informação. A Biblioteca Nacional tem um compromisso tão forte com a informação que inclusive assinamos um termo importante com o Supremo Tribunal Federal no ano passado para as boas práticas da informação que são naturais da Biblioteca Nacional”, afirmou.
O encontro é restrito a convidados e representantes dos países membros, mas poderá ser acompanhado em transmissão ao vivo nos dias 4, 5 e 6, pelo canal do YouTube da FBN.
“Esse encontro é sempre um grande fórum que vai consolidando políticas da América Latina, Espanha e Portugal para ampliação das nossas alianças. O que fica claro é uma diplomacia do livro. São várias repúblicas latino-americanas com as duas ibéricas, todas reunidas para ampliar essa relação, que é uma relação de micro diplomacia, que todas as instituições culturais acabam fazendo de certa forma, mas é claro que quando a Biblioteca Nacional do Brasil entra, ela traz um patrimônio de enorme valor e importância que há várias gerações vem sendo preparado, cuidado e difundido”, observou.
Programação
A presidente da Abinia e diretora da Biblioteca Nacional do México, María Andrea Giovine Yáñez, e o presidente da FBN, Marco Lucchesi farão a abertura do encontro na terça-feira (3), às 10h. No dia seguinte, também com transmissão ao vivo, os trabalhos serão iniciados às 10h, com Lucchesi e a diretora da Biblioteca Nacional da Guatemala e vice-presidente da ABINIA, Ilonka Matute.
Um dos temas que serão discutidos é o Depósito Legal, legislação que prevê o envio de um exemplar de cada publicação editada em um país para sua respectiva biblioteca nacional. A palestra Depósito Legal Eletrónico: chave para garantir o acesso e preservação de conteúdos digitais, da diretora de Processos e Serviços Digitais da Biblioteca Nacional da Espanha, Gloria Expósito, na quinta-feira (5), das 11h às 12h, será transmitida ao vivo pelo YouTube.
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Na sexta-feira (6), entre 10h40 e 12h30, serão transmitidas duas conferências sobre bibliotecas sustentáveis. Na primeira, o gerente de planejamento estratégico do International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property (ICCROM),José Luiz Pederzoli Jr., apresentará a palestra “Sustentáveis para o Desenvolvimento Sustentável”. Na sequência, o assessor em arquitetura para biblioteca e docente, Santi Romero, falará sobre “Edifícios de bibliotecas sustentáveis: desafios e oportunidades”.
“Nós temos na programação as demandas que são muito parecidas em todas as bibliotecas. Não importa qual seja o país e a língua, as bibliotecas são sempre um organismo em expansão, um organismo que não para de crescer e agora no final do século 20 para o 21, ela cresce em duas direções. Uma é a física e a outra é a virtual. É o pensamento sobre a forma pela qual vamos lidando com novas tecnologias, por exemplo, a Biblioteca Nacional tem refletido bastante sobre o uso da inteligência artificial como elemento importante na pesquisa e na abrangência.
Ações
Entre as atividades fora do país, a Biblioteca Nacional esteve presente, neste mês de novembro, em uma reunião, no Vaticano, quando se concentraram as mais importantes bibliotecas do mundo tratando do futuro no campo virtual, da difusão e do acesso das pessoas à informação. O papa recebeu um livro produzido pela instituição na edição Biblioteca Nacional no imaginário do Rio de Janeiro e do Brasil, além de uma carta de Lucchesi em que destacou o trabalho das bibliotecas nas políticas de memória.
Também neste ano, a Biblioteca Nacional entrou para a CPLP. “Foi um momento glorioso e muito importante. Ela é observadora e conselheira entre os membros da comunidade dos povos de língua portuguesa”, comemorou.
O presidente destacou ainda que a Biblioteca Nacional realizou na África, o primeiro seminário dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, chamados de PALOPs, que brevemente vai ser publicado na Revista do Livro editada pela instituição. Além disso, ofereceu para a África um curso de preservação e conservação especialmente dirigido para o território. “Isso também é uma micro diplomacia que a gente está colocando o rosto do Brasil”, completou.
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Abinia
Fundada em 1988, em Madri, na Espanha, a Associação de Estados Ibero-Americanos para o Desenvolvimento das Bibliotecas Nacionais dos Países Ibero-Americanos, é uma organização internacional sem fins lucrativos que, segundo a FBN, busca “promover as ações dessas instituições por meio de mecanismos participativos, projetos e ajudas de cooperação internacional”.
Composta pelos diretores das bibliotecas nacionais como representantes dos estados membros, a Assembleia Geral é o órgão máximo da Abinia. Atualmente, é composta por 18 bibliotecas nacionais da Ibero-América.
Quem quiser mais detalhes sobre o encontro pode acessar aqui.