Quais vacinas existem atualmente?
Até agosto de 2024, havia apenas uma vacina aprovada para uso contra a mpox na UE e nos países do Espaço Econômico Europeu, assim como no Reino Unido, Estados Unidos, Suíça e Canadá.
Trata-se da vacina MVA-BN (Vaccinia Ankara Modificado-Bavarian Nordic). Esse imunizante consiste em uma cepa enfraquecida de um dos vírus do gênero Orthopoxvirus, ao qual a mpox pertence.
A vacina Vaccinia Ankara Modificado foi desenvolvida na Alemanha entre os anos 1950 e 1960, sendo inicialmente aplicada na proteção às infecções de varíola. Sua forma atual, a MVA-BN, foi desenvolvida pela empresa dinamarquesa de biotecnologia Bavarian Nordic, e está sendo produzida desde 2010. O imunizante é administrado em duas doses em um intervalo de 28 dias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relaciona outras duas vacinas aprovadas por diferentes agências reguladoras.
No surto de 2022, o Japão aprovou a vacina contra a varíola LC16 e a Rússia licenciou a OrthopoxVac, que também seria contra a mpox e outros Orthopoxvirus.
Nos Estados Unidos e na Austrália, a vacina ACAM2000, que contém os vírus vaccinia vivos, é recomendada para pessoas em risco de exposição a infecções de Orthopoxvirus.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 2022 a importação e utilização da vacina MVA-BN, conhecida como Jynneos ou Imvanex, produzida pela Bavarian Nordic. Desde então, cerca de 47 mil doses foram recebidas e mais de 29 mil foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde.
Após a OMS declarar que a mpox é novamente uma emergência de saúde pública, o Ministério da Saúde informou que já negocia a compra de mais doses da vacina. A pasta quer adquirir 25 mil doses através da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Há vacinas sendo desenvolvidas?
Sim. Um exemplo é a vacina de mRNA BNT166, especificamente voltada para os antígenos do vírus da mpox, que está atualmente sob avaliação clínica.
As vacinas de mRNA se tornaram amplamente conhecidas nos esforços de vacinação durante a pandemia de covid-19.
Até o momento, a OMS não recomenda um programa de vacinação em massa contra a mpox. A entidade sugere que somente as pessoas que estão em risco de exposição à doença, ou que tenham tido contato com o vírus, devam ser consideradas para a vacinação.