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Ciência

A ascensão científica da China assusta os EUA

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Matéria de capa da revista britânica The Economist esmiúça o que levou o país asiático a acelerar o desenvolvimento tecnológico e a inovação que preocupa Washington

Em meio à escala da rivalidade entre duas superpotências, a China e os Estados Unidos, há algo em comum entre elas: ambas reconhecem a importância da inovação como segredo para a superioridade geopolítica, econômica e militar.

A matéria de capa da revista britânica The Economist  desta semana esmiúça o porquê Washington está assustado com os avanços da ciência e da tecnologia liderados por Pequim.

A publicação, considerada uma das “bíblias” do liberalismo e do discurso anti-China, reconhece a força chinesa na ciência global com a manchete The rise of Chinese science: Welcome or worrying?” (A ascensão da ciência chinesa: Bem-vinda ou preocupante?, em tradução livre).

O texto ressalta que o presidente chinês, Xi Jinping, espera que a ciência e a tecnologia ajudem seu país a ultrapassar os Estados Unidos. Na tentativa de impedir que a China ganhe vantagem tecnológica, os políticos dos EUA têm usado uma combinação de controles de exportação e sanções.

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A estratégia dos EUA tem poucas chances de dar certo, pondera a The Economist, que classifica a abordagem estadunidense como equivocada. “Se os Estados Unidos querem manter sua liderança — e obter o máximo benefício da pesquisa dos talentosos cientistas chineses — fariam melhor em focar menos em conter a ciência chinesa e mais em se impulsionar adiante”, observa.

Ciência para segurança alimentar

Um dos feitos da China que surpreende os autores do texto da revista britânica é o trabalho da Academia Chinesa de Ciências (CAS, da sigla) em Pequim, que é a maior organização de pesquisa do mundo com atuação em diversas áreas, desde a biologia vegetal até a física de supercondutores.

Na área de biologia das culturas alimentares, chama a atenção a enormidade de estudos. Nos últimos anos, cientistas chineses descobriram um gene que, quando removido, aumenta o comprimento e o peso dos grãos de trigo; outro que melhora a capacidade de culturas como sorgo e milheto crescerem em solos salinos; e um que pode aumentar a produção de milho em cerca de 10%.

No outono do ano passado, agricultores em Guizhou, província no sudoeste da China, completaram a segunda colheita de arroz gigante geneticamente modificado desenvolvido por cientistas da CAS.

Esses estudos são resultado do empenho liderado pelo Partido Comunista Chinês (PCCh) para impulsionar a pesquisa agrícola, considerada como crucial para garantir a segurança alimentar do país, e transformá-la como uma prioridade para os cientistas chineses.

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Na última década, a qualidade e a quantidade de pesquisas sobre culturas produzidas na China cresceram imensamente, e agora o país é amplamente considerado um líder na área.

Medida do sucesso na ciência

Uma maneira de medir a qualidade da pesquisa científica de um país é contabilizar o número de artigos de alto impacto produzidos a cada ano — ou seja, publicações que são citadas com mais frequência por outros cientistas em seus próprios trabalhos posteriores.

Em 2003, os Estados Unidos produziram 20 vezes mais desses artigos de alto impacto do que a China, de acordo com dados da Clarivate, uma empresa de análise científica. Em 2013, os EUA produziram cerca de quatro vezes o número de principais artigos, e, no lançamento mais recente dos dados, que examina artigos de 2022, a China superou tanto os Estados Unidos quanto toda a União Europeia (UE).

A China lidera o mundo no Índice Nature, criado pela prestigiada revista de mesmo nome para contabilizar o número de artigos publicados em um conjunto de revistas de renome. Para serem selecionados, os artigos devem ser aprovados por um painel de revisores que avaliam a qualidade, novidade e potencial impacto do estudo.

Quando o Índice Nature foi lançado, em 2014, a China ocupava a segunda posição, contribuindo com menos de um terço dos artigos elegíveis em comparação com os Estados Unidos. Em 2023, a China alcançou o primeiro lugar. De acordo com o Leiden Ranking, que avalia o volume de produção científica, seis universidades ou instituições chinesas estão agora entre as dez melhores do mundo. Pelo Índice Nature, são sete instituições.

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Essas universidades chinesas, como Shanghai Jiao Tong, Zhejiang e Peking (Beida), estão começando a ser mencionadas ao lado de instituições ocidentais renomadas como Cambridge, Harvard e ETH Zurich. A Tsinghua está na liderança mundial em em ciência e tecnologia. Essa conquista extraordinária foi alcançada em apenas uma geração.

Em especial ao longo da última década, cientistas chineses ganharam vantagem nessas duas medidas amplamente observadas de ciência de alta qualidade, e o crescimento da pesquisa de ponta no país não mostra sinais de desaceleração. A antiga ordem mundial da ciência, dominada por América, Europa e Japão, está chegando ao fim.

Conquistas da China na ciência

Atualmente, a China lidera o mundo nas ciências físicas, química e ciências da Terra e ambientais. A pesquisa aplicada é um ponto forte da potência asiática, que domina publicações sobre painéis solares de perovskita, que são potencialmente mais eficientes do que as células de silício convencionais na conversão de luz solar em eletricidade.

Químicos chineses desenvolveram um novo método para extrair hidrogênio da água do mar usando uma membrana especializada para separar água pura, que pode ser dividida por eletrólise. Em maio de 2023, foi anunciado que cientistas, em colaboração com uma empresa estatal de energia chinesa, desenvolveram uma fazenda flutuante piloto de hidrogênio na costa sudeste do país.

A China também produz mais patentes do que qualquer outro país. Com sua base industrial forte, combinada com energia barata, isso permite uma produção em larga escala rápida de inovações físicas, como materiais.

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O país também demonstra seu poder científico de maneiras mais visíveis. No início deste mês, a nave espacial robótica Chang’e-6 da China pousou em uma cratera gigante no lado escuro da Lua, coletou amostras de rochas, plantou uma bandeira chinesa e partiu de volta para a Terra. Se retornar com sucesso no final do mês, será a primeira missão a trazer de volta amostras desse lado difícil de alcançar da Lua.

Estrutura da ciência chinesa

A reformulação da ciência chinesa foi alcançada focando em três áreas: investimento, equipamentos e pessoas. Em termos reais, os gastos da China em pesquisa e desenvolvimento (P&D) cresceram 16 vezes desde 2000.

Segundo os dados mais recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2021, a China ainda está atrás dos EUA em gastos totais em P&D, com 668 bilhões de dólares, em comparação com 806 bilhões de dólares dos EUA em paridade de poder de compra.

No entanto, em termos de gastos apenas por universidades e instituições governamentais, a China ultrapassou os EUA. Nesses locais, os EUA ainda gastam cerca de 50% a mais em pesquisa básica, mas a China está investindo fortemente em pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental.

Os investimentos são cuidadosamente direcionados para áreas estratégicas. Em 2006, o PCCh publicou sua visão para o desenvolvimento científico nos próximos 15 anos. Desde então, os planos quinquenais de desenvolvimento do partido incluíram projetos científicos.

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O plano atual, publicado em 2021, visa impulsionar pesquisas em tecnologias quânticas, inteligência artificial (IA), semicondutores, neurociências, genética e biotecnologia, medicina regenerativa e exploração de áreas “fronteiriças” como espaço profundo, oceanos profundos e os polos da Terra.

Formação de cientistas

O desenvolvimento científico na China tem sido impulsionado por iniciativas como o “Projeto 211”, o “Programa 985” e a “China Nine League”, que forneceram financiamento a laboratórios selecionados para aprimorar suas capacidades de pesquisa.

Universidades chinesas oferecem bônus significativos aos funcionários, estimados em uma média de 44 mil dólares, podendo chegar até 165 mil dólares, para publicações em revistas internacionais de alto impacto.

Entre 2000 e 2019, mais de 6 milhões de estudantes chineses foram estudar no exterior, retornando recentemente em grande número com novas habilidades e conhecimentos. Dados da OCDE indicam que, desde o final dos anos 2000, mais cientistas estão voltando para a China do que saindo. Atualmente, a China emprega mais pesquisadores do que os Estados Unidos e a União Europeia juntos.

Programas de incentivo, como o “Youth Thousand Talents” lançado em 2010, oferecem bônus únicos de até 150 mil dólares e subsídios de até 420 mil dólares para montar laboratórios. Esse programa atraiu jovens pesquisadores de alta qualidade, que rapidamente se tornaram líderes em suas áreas.

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Equipamentos e infraestrutura

A China tem investido pesadamente em equipamentos científicos. Em 2019, o país já tinha um inventário impressionante de hardware, incluindo supercomputadores, o maior radiotelescópio de abertura preenchida do mundo e um detector subterrâneo de matéria escura.

Desde então, a lista só cresceu, com a adição do detector de raios cósmicos ultra-alta energia mais sensível do mundo, o campo magnético de estado estacionário mais forte e, em breve, um dos detectores de neutrinos mais sensíveis do mundo.

Laboratórios individuais nas principais instituições chinesas estão bem equipados, com máquinas em instituições acadêmicas chinesas mais impressionantes e expansivas do que as dos EUA. No Advanced Biofoundry do Shenzhen Institute of Advanced Technology, por exemplo, há um edifício incrível com quatro andares de robôs.

Com universidades chinesas cada vez mais equipadas com tecnologia de ponta e pesquisadores de elite, além de salários competitivos, as instituições ocidentais tornam-se menos atraentes para jovens cientistas chineses. O resultado é que os estudantes na China não veem os EUA como uma ‘Meca científica’ da mesma forma que seus orientadores poderiam ter visto.

Conquistas em Inteligência Artificial

Em 2019, apenas 34% dos estudantes chineses que trabalhavam na área de inteligência artificial permaneceram no país para estudos de pós-graduação ou trabalho. Esse número subiu para 58% em 2022, segundo dados do AI Talent Tracker da MacroPolo, um think-tank estadunidense. Em comparação, nos EUA, esse percentual era de cerca de 98% em 2022.

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Atualmente, a China contribui com cerca de 40% dos artigos de pesquisa mundiais em IA, em contraste com aproximadamente 10% dos EUA e 15% da União Europeia e Reino Unido combinados. Um dos artigos de pesquisa mais citados de todos os tempos, demonstrando como redes neurais profundas podem ser treinadas para reconhecimento de imagens, foi escrito por pesquisadores de IA trabalhando na China, embora para a Microsoft, uma empresa dos EUA.

Crescimento em pesquisa e desenvolvimento

O crescimento na qualidade e quantidade da ciência chinesa parece improvável de parar tão cedo. Os gastos com pesquisa em ciência e tecnologia continuam aumentando, com o governo anunciando um aumento de 10% no financiamento para 2024.

Em 2020, as universidades chinesas concederam 1,4 milhão de diplomas em engenharia, sete vezes mais do que os EUA. A China agora educou, no nível de graduação, 2,5 vezes mais pesquisadores de IA de primeira linha do que os EUA. Até 2025, espera-se que as universidades chinesas produzam quase o dobro de doutores em ciência e tecnologia em comparação com os EUA.

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Ciência

Como surgiram as primeiras civilizações?

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A história da humanidade é uma jornada fascinante que começou há milhões de anos. Desde os primeiros passos dos nossos ancestrais no continente africano até a formação das primeiras civilizações, o desenvolvimento humano é marcado por grandes conquistas e transformações.

Mas, afinal, como surgiram as primeiras civilizações? Vamos explorar os fatores que contribuíram para o nascimento das sociedades organizadas, destacando os aspectos culturais, tecnológicos e sociais que definiram essa evolução.

O Início: A Revolução Agrícola

Para entender o surgimento das primeiras civilizações, é essencial começarmos com a Revolução Agrícola, que ocorreu há cerca de 10.000 anos, durante o período Neolítico. Antes dessa revolução, os seres humanos viviam como caçadores-coletores, movendo-se de um lugar para outro em busca de alimento. Essa forma de vida nômade era a única forma de subsistência, mas isso começou a mudar quando o homem aprendeu a domesticar plantas e animais.

O cultivo de plantas como trigo, cevada, arroz e milho permitiu que as pessoas começassem a gerar seus próprios alimentos. Além disso, a domesticação de animais como ovelhas, cabras e gado proporcionou uma fonte estável de carne, leite e peles. Essa capacidade de produzir alimentos levou à formação de comunidades permanentes, uma vez que os seres humanos não precisavam mais se deslocar constantemente em busca de sustento.

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Com a agricultura veio a possibilidade de armazenar excedentes de alimentos, o que permitiu o crescimento populacional e a formação de aldeias permanentes. Essas aldeias começaram a se transformar em vilarejos maiores e, eventualmente, em cidades. Um dos primeiros exemplos disso é a cidade de Çatalhöyük, na atual Turquia, que floresceu por volta de 7500 a.C. e é considerada uma das primeiras cidades do mundo.

Os primeiros centros urbanos

À medida que as aldeias cresciam e se transformavam em centros urbanos, surgiam novas necessidades e desafios. As primeiras civilizações desenvolveram-se em regiões férteis e propícias para a agricultura, muitas vezes em torno de grandes rios. Esses rios forneciam água para irrigação, transporte e pesca, além de fertilizarem os solos com os depósitos aluviais. Vamos explorar algumas das civilizações mais antigas e como elas surgiram:

Mesopotâmia: O berço da civilização

A Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, é frequentemente chamada de “Berço da Civilização”. Esta região, que hoje compreende partes do Iraque, Síria e Turquia, abrigou algumas das primeiras civilizações humanas, incluindo os sumérios, acádios, babilônios e assírios.

Sumérios: Os sumérios foram uma das primeiras sociedades a desenvolver escrita, arquitetura monumental e sistemas administrativos complexos. A escrita cuneiforme, desenvolvida por volta de 3500 a.C., foi uma das primeiras formas de registrar informações e desempenhou um papel crucial na administração das cidades-estados sumérias.

Babilônios: Mais tarde, os babilônios assumiram o controle da Mesopotâmia, e sob o reinado de Hamurabi, desenvolveram o famoso Código de Hamurabi, um dos primeiros conjuntos de leis escritas da história.

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Egito Antigo: As Margens do Nilo

No nordeste da África, ao longo do rio Nilo, desenvolveu-se a civilização egípcia. A inundação anual do Nilo fertilizava as terras circundantes, permitindo colheitas abundantes e sustentando uma população crescente.

Faraós e Pirâmides: O Egito é conhecido por seus faraós poderosos e pela construção de monumentos icônicos, como as pirâmides de Gizé. A centralização do poder nas mãos dos faraós permitiu grandes avanços na organização social e na administração de recursos.

Hieróglifos: Assim como os sumérios, os egípcios também desenvolveram um sistema de escrita, os hieróglifos, que eram usados para registrar informações religiosas, políticas e econômicas.

Imagem: Toda Matéria/Reprodução

Vale do Indo: Civilização Avançada

A Civilização do Vale do Indo floresceu na região que hoje é o Paquistão e o noroeste da Índia, entre os rios Indo e Ganges. Esta civilização é conhecida por suas cidades bem planejadas, como Harappa e Mohenjo-Daro, que apresentavam sistemas de saneamento avançados e arquitetura organizada.

Economia e Comércio: O Vale do Indo possuía uma economia robusta baseada na agricultura e no comércio. As rotas comerciais se estendiam até a Mesopotâmia, indicando um intercâmbio cultural e econômico significativo.

Declínio Misterioso: Apesar de seu avanço, a Civilização do Vale do Indo entrou em declínio por razões ainda debatidas, incluindo mudanças climáticas, desastres naturais ou invasões.

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China Antiga: O Vale do Rio Amarelo

Na China, as primeiras civilizações surgiram ao longo dos rios Amarelo (Huang He) e Yangtzé. A cultura chinesa antiga desenvolveu-se em torno desses vales fluviais, com a Dinastia Xia sendo uma das primeiras a emergir.

Dinastia Shang: A Dinastia Shang, que governou por volta de 1600 a.C., é conhecida por suas contribuições para a metalurgia do bronze, escrita e religião. O uso de ossos oraculares para adivinhação é uma das evidências da complexidade cultural da época.

Inovações Chinesas: As inovações tecnológicas e agrícolas chinesas, como o cultivo do arroz e a criação de sistemas de irrigação, desempenharam um papel crucial na sustentação de uma população crescente e na centralização do poder.

Imagem: Reprodução

A Organização Social e Política

Com o crescimento das cidades e o aumento da complexidade social, surgiu a necessidade de organização política e social. A formação de governos centralizados, liderados por reis, faraós ou chefes, foi um marco importante na evolução das civilizações. A organização política permitiu a coordenação de grandes projetos de infraestrutura, como a construção de templos, palácios e estradas.

Classes Sociais

A estratificação social tornou-se uma característica comum das primeiras civilizações. As sociedades eram geralmente divididas em classes, com a elite governante, incluindo sacerdotes e nobres, no topo, e camponeses, artesãos e escravos na base. Essa divisão permitiu uma especialização do trabalho, onde indivíduos se dedicavam a tarefas específicas, como agricultura, artesanato e comércio.

Religião e Cultura

A religião desempenhou um papel central na vida das primeiras civilizações. As crenças religiosas não apenas explicavam fenômenos naturais, mas também legitimavam o poder dos governantes, que muitas vezes eram considerados divinos ou escolhidos pelos deuses. A construção de templos e monumentos religiosos, como zigurates na Mesopotâmia e pirâmides no Egito, são testemunhos da importância da religião.

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Inovações Tecnológicas

O desenvolvimento tecnológico foi uma força motriz para o avanço das primeiras civilizações. Inovações como a roda, a escrita, a metalurgia e a irrigação transformaram a sociedade e a economia dessas culturas antigas.

A Escrita: Um Marco Revolucionário

A invenção da escrita foi um dos avanços mais significativos na história humana. Permitiu o registro de informações, a administração de complexos sistemas sociais e o desenvolvimento de culturas literárias. Cada civilização desenvolveu seu próprio sistema de escrita, desde os hieróglifos egípcios até os caracteres chineses.

Hieróglifos antigos das civilizações suméria e babilônica, que usavam uma das variantes do idioma arcadiano. Imagem: vovidzha – Shutterstock

Metalurgia: Bronze e Ferro

O domínio da metalurgia do bronze e, posteriormente, do ferro, transformou as sociedades antigas. O uso de ferramentas e armas de metal melhorou a agricultura, a guerra e a construção, dando a essas civilizações uma vantagem tecnológica significativa.

Irrigação e Agricultura Avançada

A construção de sistemas de irrigação permitiu que as civilizações aumentassem a produção agrícola e sustentassem populações maiores. Esses sistemas também contribuíram para a centralização do poder, uma vez que a gestão da água tornou-se uma função crucial dos governos.

A Expansão e a Interação Cultural

À medida que as civilizações se expandiam, elas começavam a interagir entre si, seja por meio do comércio, da guerra ou da migração. Essas interações levaram à troca de ideias, tecnologias e culturas, contribuindo para o desenvolvimento humano global.

Comércio e Rotas Comerciais

As rotas comerciais conectaram civilizações distantes, permitindo o intercâmbio de bens, como especiarias, metais preciosos e tecidos. Esse comércio não apenas estimulou a economia, mas também facilitou a difusão de inovações tecnológicas e culturais.

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Conflitos e Conquistas

Conflitos entre civilizações eram comuns, muitas vezes resultando em conquistas e assimilação cultural. Impérios como o dos assírios e dos persas expandiram seus territórios através da guerra, incorporando diversas culturas sob seu domínio.

O surgimento das primeiras civilizações foi um processo complexo que envolveu avanços tecnológicos, transformações sociais e interações culturais. Desde as margens férteis da Mesopotâmia até os vales fluviais da China, essas sociedades antigas lançaram as bases para o desenvolvimento da civilização humana.

A capacidade de criar cidades, governar populações e desenvolver culturas sofisticadas foi um marco na jornada da humanidade, cujas influências ainda são sentidas nos dias de hoje.


Fato Novo com informações: Olhar Digital

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Ciência

Novo método pode “sequestrar” proteínas do HIV

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Recentemente, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que, em 2023, quase 40 milhões de pessoas viviam com o vírus HIV, causador da AIDS. Além disso, nove milhões das pessoas infectadas não receberam tratamento e, como resultado, foi registrada uma morte por minuto relacionada à doença (saiba mais sobre o assunto clicando aqui). Mas uma nova forma de combater o vírus pode ter sido descoberta.

Testes com animais apresentaram resultados surpreendentes
  • Pesquisadores da University of California, San Francisco, nos Estados Unidos, identificaram um processo imitador molecular capaz de invadir a célula e roubar proteínas essenciais do vírus HIV.
  • A descoberta foi feita durante testes com macacos.
  • O grupo criou as chamadas partículas interferentes terapêuticas (TIPs, na sigla em inglês), que têm cerca de metade do material genético do HIV.
  • Segundo a equipe, os animais foram infectados com o vírus e receberam também uma única injeção dessas partículas.
  • O resultado foi surpreendente: o nível de partículas de HIV caiu drasticamente em todos os primatas.
  • Além disso, todos os macacos que receberam o imitador molecular sobreviveram e não apresentaram nenhum sinal de AIDS.

Descoberta pode impedir que vírus causador da AIDS se espalhe pelo corpo (Imagem: Shutterstock)

Níveis de HIV apresentaram redução significativa

Segundo os cientistas, o vírus invade as células e sequestra o DNA com o objetivo de se replicar. Depois disso, ele se expande também para fora das células, até fazer com que o sistema imune entre em colapso.

No entanto, essas novas partículas descobertas podem infectar células imunes humanas e inserir seus genes no DNA nelas. Dessa forma, quando as partículas de HIV começam a agir e se duplicar, o que acontece é o aumento de TIPs no corpo, reduzindo os níveis do vírus.

O próximo passo dos pesquisadores é testar este procedimento em humanos. Para isso, voluntários com HIV em estado terminar estão sendo recrutados. Ainda não há data para o início desta nova fase da pesquisa. As descobertas feitas até agora foram descritas em estudo publicado na revista Science.


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Ciência

Colapso das correntes de ar nos polos pode provocar “mini era do gelo”

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Os vórtices polares são fortes correntes de ar que circulam sobre o Ártico e a Antártida durante os meses de inverno, prendendo o ar frio acima dos polos. Este mecanismo serve como uma barreira que impede que o ar polar se espalhe para as latitudes médias. No entanto, isso pode estar mudando em razão das mudanças climáticas.

Temperaturas do planeta podem se tornar cada vez mais extremas
  • Segundo pesquisadores, o vórtice polar sul está atualmente mostrando sinais de extrema instabilidade, levando a temores de que possa entrar em colapso.
  • Ao mesmo tempo, o vórtice polar norte está sendo responsável pela intensificação de padrões polares extremos.
  • Em outras palavras, as temperaturas do planeta podem se tornar cada vez mais extremas (alerta que vale para o frio e o calor).
  • Os cientistas não sabem exatamente o que está causando a desestabilização dos vórtices polares, embora haja evidências de que isto é resultado do aumento das temperaturas globais.
  • As informações são do IFLScience.
Um possível efeito das mudanças climáticas

A ciência já sabe que, de vez em quando, a estratosfera acima do Ártico experimenta um aumento de temperatura e pressão, desestabilizando o vórtice polar norte e fazendo com que ele se divida, mude de direção ou entre em colapso. Isso permite que os ventos gelados do Ártico avancem mais ao sul, enquanto o ar quente é atraído para a região polar.

Conhecido como aquecimento estratosférico repentino, esse fenômeno causou o grande congelamento que atingiu partes dos Estados Unidos em 2019. No início de 2024, flutuações na pressão estratosférica fizeram com que o vórtice polar norte mudasse de direção duas vezes, trazendo intensas ondas de frio para o hemisfério norte. Apesar disso, nenhum destes eventos foi forte o suficiente para alterar significativamente a forma da corrente de jato.

Na Antártida, por outro lado, esses fenômenos são muito menos comuns, com o único caso conhecido ocorrendo em 2002. No entanto, isso pode estar prestes a mudar em razão de uma série de aumentos de temperatura na região desde o mês passado, levantando a temores de que o vórtice polar sul também possa se dividir.

Quando o vórtice polar se desestabiliza, o ar polar gelado se move para as latitudes médias (Imagem: zombiu26/Shutterstock)

Os cientistas afirmam que, em meados de julho deste ano, a velocidade do vento diminuiu de 300 quilômetros por hora para apenas 230 quilômetros por hora. Isso foi acompanhado por um pico de temperatura de cerca de 20ºC acima da média.

Um segundo caso aconteceu no início de agosto. Este evento resultou no ar frio da Antártida escapando da região polar e avançando para partes da Austrália, Nova Zelândia e América do Sul, deixando o clima úmido e gelado. Ao mesmo tempo, o ar quente das latitudes médias foi capaz de “invadir” a Antártida, desencadeando uma onda de calor recorde.

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A comunidade científica está de olho na situação, mas existem divergências sobre o que pode acontecer num futuro próximo. Alguns defendem que o vórtice polar sul deve se estabilizar em breve, enquanto outros sugerem um colapso. Este último cenário resultaria em um verão excepcionalmente seco e quente na Austrália, sul da Ásia e na América do Sul.


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