Conecte-se conosco

Brasil

Democracia no Brasil é celebrada em evento com líderes políticos e ativistas

Publicado

em

Ato em São Paulo reúne figuras importantes da política e da sociedade civil para reforçar a defesa da democracia no Brasil, celebrando a resistência de instituições e da população contra ameaças antidemocráticas

A defesa da democracia no Brasil foi o tema central de um ato público que reuniu políticos, artistas e ativistas no Teatro Tuca, em São Paulo, na data em que se celebra o Dia Internacional da Democracia. O encontro, organizado pelo fórum Direitos Já!, destacou a força das instituições e da sociedade brasileira em resposta a movimentos que, segundo os participantes, ameaçaram o Estado Democrático de Direito.

O evento contou com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que em seu discurso ressaltou a importância da atuação do Poder Judiciário na garantia da ordem constitucional. “Não pode haver delito maior para um político do que tramar contra a democracia brasileira. Então, fez muito bem o Poder Judiciário”, afirmou Alckmin, fazendo referência a recentes decisões da Justiça. O vice-presidente também comentou sobre a atuação de políticos que, mesmo fora do governo, “continuam trabalhando contra os interesses do povo brasileiro lá fora, espalhando fake news para prejudicar o emprego e as empresas do Brasil.”

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou do evento de forma remota e destacou a mobilização popular como fator decisivo para a resistência. Segundo a ministra, os ataques de 8 de janeiro de 2023 foram o ponto culminante de uma série de investidas contra a democracia. “A resposta, felizmente, veio do povo brasileiro, das instituições que resistiram, da mobilização de amplos setores da sociedade civil”, disse. “Não fosse a integridade das nossas instituições e a defesa intransigente da sociedade brasileira, talvez não estivéssemos aqui hoje reunidos para celebrar a democracia”, concluiu.

O papel dos movimentos sociais e a história de resistência

A importância da sociedade civil na sustentação das instituições democráticas também foi abordada por Gilmar Mauro, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele ressaltou a força do povo brasileiro que, segundo ele, superou momentos de opressão como a ditadura e governos fascistas. “Esse nosso povo enfrentou vários problemas. Enfrentou uma ditadura e venceu; enfrentou um governo fascista e se manteve altivo. Porque os movimentos populares e as nossas instituições não formaram covardes. Formaram gente que vai lutar”, declarou.

A história de luta pela democracia foi lembrada em diversos momentos. O encontro homenageou Almino Affonso, ex-ministro do Trabalho no governo de João Goulart e vítima da ditadura militar. Em um dos discursos mais marcantes, a atriz Marisa Orth compartilhou uma experiência de infância no mesmo teatro onde o evento acontecia, relatando a tensão de um show de Chico Buarque durante a ditadura militar e a emoção de ver a plateia cantar uma música que havia sido censurada.

O Teatro Tuca, palco do evento, tem um histórico de resistência que foi lembrado pela presidente do Centro Acadêmico 22 de Agosto da PUC, Laís Hera. Ela mencionou a invasão do local por agentes da repressão militar em setembro de 1977, durante o 3º Encontro Nacional de Estudantes, que se organizavam pela volta da democracia. A violência da repressão, que incluiu o uso de gás lacrimogêneo, foi um episódio que marcou a luta pela liberdade.

Anúncio

“Os professores que estavam aqui naquele dia contam que vários tentaram se jogar pelas varandas que a gente tem na universidade, porque preferiam acabar com a própria vida ao invés de serem capturados pela ditadura militar”, disse Hera. Ela concluiu que a presença no ato, décadas depois, é uma forma de honrar a memória dessas pessoas e garantir que a história não se repita. “É por essas pessoas que a gente está aqui hoje, para que isso nunca mais aconteça em um Estado Democrático de Direito, conquistado através de muita luta”.

O evento celebrou a capacidade da sociedade brasileira de se articular e resistir a ameaças, reforçando a ideia de que a democracia é um valor que deve ser continuamente defendido. A presença de diferentes setores da sociedade — da política aos movimentos sociais e artistas — demonstrou a união em torno de um tema comum, sem o qual, segundo os participantes, não há prosperidade.


Com informações: Brasil de Fato

Brasil

Lula reforça incentivo à indústria em evento que marca início da produção de veículos elétricos da GM no Brasil

Publicado

em

Por

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia que inaugurou a produção de veículos elétricos (VEs) da General Motors (GM) no Brasil, em Horizonte (CE). O evento marcou o início da produção local do modelo Chevrolet Spark EUV no Polo Automotivo do Ceará. Lula destacou que o estímulo à indústria automotiva, refletido em programas como o Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e o Nova Indústria Brasil (NIB), está alinhado com o potencial brasileiro de energia renovável (53%) e contribui para dados positivos da economia, como o menor desemprego e o menor índice de pobreza da história recente

O presidente Lula participou, nesta quarta-feira (3), da cerimônia que celebrou o início da produção de veículos elétricos da General Motors (GM) em Horizonte, Ceará.

Inovação e Potencial Energético ⚡

O evento marcou o avanço da mobilidade elétrica no país, com o início da produção local do Chevrolet Spark EUV e a confirmação de que o Chevrolet Captiva EV também será produzido na unidade a partir de 2026.

  • Vantagem Brasileira: Lula destacou o Brasil como um líder em energia limpa, com 53% de energia renovável em sua matriz, um índice superior à meta de 40% que países desenvolvidos buscam atingir até 2050. Essa característica torna o carro elétrico produzido no Brasil especialmente importante.

  • Investimentos: A GM celebra 100 anos de operações no Brasil com esse anúncio, que se soma aos R$ 130 bilhões em investimentos anunciados por empresas automotivas no país neste ano.

Estímulo Governamental e Economia 📈

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou que o evento representa a materialização da Nova Indústria Brasil (NIB), focada em inovação e competitividade.

O governo promoveu incentivos à indústria automotiva, como o “carro patrocinado” para estimular vendas e o lançamento do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

  • Programa Mover: O Mover disponibilizará R$ 19,5 bilhões para estimular a inovação, a indústria verde, a descarbonização da frota e a produção de veículos mais acessíveis. O programa inclui limites mínimos de reciclagem e o IPI Verde, que taxa menos quem polui menos, promovendo a eficiência energética.

  • Dados Econômicos: O presidente Lula associou o incentivo à indústria a resultados macroeconômicos positivos, citando o menor desemprego da história, o maior crescimento do salário mínimo e o menor índice de pobreza nos 525 anos do país, refletindo que “o dinheiro está chegando na mão do povo”.


Com informações: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Anúncio

Continue lendo

Brasil

A história e os desafios do saneamento básico no brasil: menos de 60% da população com esgoto coletado

Publicado

em

Por

Marco unificado, figuras históricas e os grandes desafios do país: o saneamento básico evoluiu lentamente no brasil, passando pelas campanhas de oswaldo cruz e as obras de saturnino de brito, mas ainda enfrenta uma baixa taxa de coleta e tratamento de esgoto (55,2%) e a poluição crítica de importantes bacias hidrográficas

O saneamento básico no Brasil, embora tenha seus primórdios em 1561 com a escavação do primeiro poço público no Rio de Janeiro, só começou a se consolidar em passos lentos ao longo do século XX.

Pioneiros e os Quatro Pilares da Saúde Pública 🏥

A evolução do saneamento foi impulsionada por grandes figuras e momentos históricos:

  • Oswaldo Cruz (Início do Século XX): O médico empreendeu campanhas sanitárias cruciais para combater a malária, febre amarela e varíola, que assolavam as cidades. Suas medidas incluíam a melhoria da qualidade da água e a recolha de águas servidas, inspiradas nas regras sanitárias mais modernas da época.

  • Saturnino de Brito: O engenheiro foi responsável pela modernização urbana de várias cidades, como Santos, onde projetou o famoso sistema de canais para solucionar problemas de coleta de esgoto e drenagem.

  • Quatro Pilares: O saneamento básico moderno estabelece quatro pilares essenciais:

    1. Abastecimento de água.

    2. Coleta e tratamento de esgoto.

    3. Drenagem e manejo da água da chuva.

    4. Limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos.

Dados Atuais: Lacunas no Esgoto e na Reciclagem 💧

Apesar dos avanços históricos, o país ainda apresenta grandes lacunas nos serviços, conforme dados recentes:

  • Abastecimento de Água: O serviço público atende 83,1% da população (estudo de 2025).

  • Coleta de Esgoto: O serviço de coleta de esgoto atinge apenas 55,2% da população.

  • Tratamento de Esgoto: Em 2018, 55% da população possuía tratamento considerado adequado (43% coletado e tratado + 12% fossa séptica), enquanto 18% tinham o esgoto coletado, mas não tratado, e 27% não tinham coleta nem tratamento.

  • Impacto Hídrico: A falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade da água: mais de 110 mil quilômetros de rios estão com a qualidade comprometida, sendo que 83.450 km não permitem mais a captação para abastecimento público devido à poluição.

  • Reciclagem: A taxa de reciclagem de resíduos sólidos no país é baixa. Embora a indústria tenha avançado, a reciclagem total (incluindo catadores autônomos) atingiu cerca de 8,3% em 2024.

Poluição e Recursos Hídricos 🌍

Bacias hidrográficas vitais estão gravemente poluídas, como a do Rio Tietê (SP), a do Rio Doce (MG e ES) – atingida por rejeitos de mineração –, e a do Rio Iguaçu (PR). A bacia do Rio São Francisco e rios da bacia Amazônica também enfrentam poluição crescente, incluindo o mercúrio do garimpo ilegal.

O Brasil detém 12% das reservas de água doce do planeta e abriga os dois maiores aquíferos do mundo, o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) e o Aquífero Guarani. Este cenário de riqueza hídrica, mas distribuição desigual e alta poluição, levanta um debate crucial sobre a governança futura e se a água será tratada como um bem público ou poderá ser privatizada.


Com informações: Diplomatique

Anúncio

 

Continue lendo

Brasil

Justiça Federal condena CSN a entregar ao Arquivo Nacional documentos de inteligência produzidos antes da privatização

Publicado

em

Por

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi condenada pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ) a entregar ao Arquivo Nacional todos os documentos produzidos enquanto era estatal, antes de sua privatização em 1993. A decisão, que cabe recurso, foi proferida em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e visa, principalmente, garantir o acesso aos arquivos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), que atuava em colaboração com o SNI (Serviço Nacional de Informações) para monitorar trabalhadores e coletar dados durante o regime militar. O juiz classificou a prática da CSN como inconstitucional e afirmou que a abertura do acervo é crucial para o direito à memória, verdade e justiça.

A Justiça Federal condenou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) a entregar ao Arquivo Nacional toda a documentação produzida pela empresa antes de sua privatização, ocorrida em 1993. A sentença, proferida pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda, atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Disputa pela Memória Nacional 💾

O centro da disputa envolve arquivos de interesse público, cujo acesso vinha sendo restringido pela companhia há décadas:

  • Arquivos da ASI: O caso tem foco especial nos documentos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), uma estrutura interna criada em 1977 e subordinada ao Serviço Nacional de Informações (SNI), que monitorava trabalhadores e repassava dados de inteligência ao regime militar.

  • Inconstitucionalidade: O juiz Frederico Montedonio Rego afirmou na sentença que é inconstitucional a prática da CSN de tratar como privados documentos produzidos por uma empresa estatal. O magistrado ressaltou que a empresa se tornou “senhora da memória e do esquecimento” ao limitar o acesso a esses registros históricos.

  • Direito à Verdade: A decisão sublinha que a abertura do acervo é fundamental para garantir o direito à memória, verdade e justiça, reconhecido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, especialmente diante de investigações sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas na companhia durante o regime militar.

Próximos Passos e Responsabilidades

A sentença determina que o Arquivo Nacional faça uma nova visita técnica à CSN em até 15 dias para orientar o tratamento do acervo. A responsabilidade por identificar, classificar, avaliar o material e arcar com os custos é da própria CSN, que deverá liberar acesso a todos os locais de guarda da documentação. O MPF poderá acompanhar todas as etapas.

A CSN afirmou em nota que “já disponibiliza acesso ao seu acervo documental histórico pré-privatização, reafirmando seu compromisso com a transparência e com a liberdade de informação”.


Com informações: Folhapress e ICL Notícias

 

Anúncio

Continue lendo
Anúncio


Em alta

Copyright © 2021-2025 | Fato Novo - Seu portal de notícias e informações reais e imparciais.

Verified by MonsterInsights