Entidades empresariais americanas alertam que tarifas propostas por Trump podem impactar consumidores e cadeias de produção nos EUA.
A Câmara de Comércio dos Estados Unidos e a Câmara de Comércio Americana no Brasil (AmCham Brasil) divulgaram um comunicado conjunto nesta terça-feira (15), pedindo ao governo norte-americano que evite a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. As entidades argumentam que a medida pode prejudicar a relação comercial entre os dois países e afetar consumidores e empresas dos EUA.
Comunicado critica taxação proposta por Trump
O documento destaca que aplicar tarifas elevadas com base em tensões políticas pode causar danos significativos à relação econômica entre Estados Unidos e Brasil. Além disso, o texto considera que a medida estabeleceria um “precedente preocupante” em relação ao uso de instrumentos comerciais como resposta a questões de natureza política.
Segundo o comunicado, mais de 6.500 pequenas empresas norte-americanas dependem de produtos importados do Brasil, e cerca de 3.900 empresas dos EUA possuem investimentos no país.
Impacto nos consumidores e na indústria dos EUA
O comunicado alerta que a taxação proposta afetaria produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e os consumidores americanos. Entre os itens citados estão o suco de laranja e outros insumos utilizados na indústria alimentícia e de manufatura.
“A tarifa proposta de 50% impactaria produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e os consumidores dos EUA, aumentando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade das principais indústrias americanas”, afirma o texto.
Brasil é décimo maior mercado para exportações dos EUA
O Brasil é um dos dez maiores destinos para as exportações americanas, com um fluxo anual de cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços. A relação comercial entre os dois países é considerada estratégica para a estabilidade econômica e o crescimento mútuo.
As entidades afirmam estar dispostas a colaborar em iniciativas que levem a uma solução negociada e pragmática, evitando a escalada de tensões e garantindo o comércio contínuo entre os países.
Com informações: Fonte: Revista Fórum