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Saúde

Insônia e ansiedade estão associadas a um sistema imunológico mais fraco, um novo estudo começa a desvendar o porquê

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Pesquisa sugere que a diminuição das células natural killer (NK) pode ser o mecanismo que liga o estresse e a privação do sono ao aumento da suscetibilidade a infecções e cânceres

Um novo estudo, publicado em 10 de dezembro na revista Frontiers in Immunology, investigou o mecanismo pelo qual o estresse, a ansiedade e a insônia podem enfraquecer as defesas do organismo, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções, cânceres e doenças autoimunes. Os pesquisadores se concentraram em um tipo de célula imunológica essencial: a célula natural killer (NK).

A pesquisa, liderada pelo imunologista Renad Alhamawi, da universidade de Taibah na Arábia Saudita, foi motivada por um estudo de triagem nacional de 2022 que mostrou um aumento no transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), particularmente em mulheres.

O Efeito sobre as Células NK

Alhamawi e seus colegas recrutaram 60 estudantes do sexo feminino, com idades entre 17 e 23 anos, e coletaram amostras de sangue após a aplicação de questionários sobre saúde mental. Os resultados mostraram uma alta prevalência de sintomas consistentes com TAG e problemas de sono:

  • Ansiedade: $75\%$ das estudantes relataram sintomas semelhantes aos de TAG (como nervosismo e preocupação incontrolável), sendo $13\%$ com sintomas graves.

  • Insônia: Aproximadamente $53\%$ do grupo ($\text{32}$ alunas) relatou não dormir o suficiente.

Ao analisar os níveis de células imunológicas nas amostras de sangue, o estudo revelou uma conexão direta: as participantes que apresentaram sintomas semelhantes aos da ansiedade tinham $38\%$ menos células NK do que aquelas sem sintomas.

As células NK são um componente crucial do sistema imunológico inato, responsáveis por eliminar células infectadas por vírus e células cancerosas. A diminuição significativa destas células sugere um possível mecanismo biológico que liga a saúde mental e a qualidade do sono ao declínio da imunidade.


Com informações: Kamal Nahas

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Brasil

 Casos de sífilis continuam em ritmo acelerado no Brasil, com foco em gestantes, jovens e idosos

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Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 2005 a 2025, foram registrados mais de 810 mil casos em gestantes. A médica Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez alerta para a inadequada interpretação de exames de pré-natal e o subdiagnóstico da infecção.


O Brasil acompanha a tendência mundial de crescimento acelerado dos casos de sífilis, sendo a situação mais grave entre as gestantes. Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre 2005 e junho de 2025, o país registrou 810.246 casos de sífilis em gestantes. A região Sudeste concentra a maioria dos diagnósticos ($45,7\%$).

A taxa nacional de detecção de sífilis congênita (transmissão da mãe para o bebê) atingiu 35,4 casos por mil nascidos vivos em 2024, evidenciando o avanço da transmissão vertical.

A ginecologista Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez (Febrasgo) alertou que, diferentemente do HIV, o controle da sífilis ainda é um desafio no Brasil, apesar de ser uma doença de diagnóstico mais fácil e tratamento mais barato.

“Temos um problema sério no Brasil, tanto com relação à população adulta jovem e, consequentemente, na população em idade reprodutiva, e daí o aumento na transmissão vertical”, afirmou a médica.

Subdiagnóstico e Falha no Pré-natal 🩺

Helaine apontou que um dos principais problemas é o subdiagnóstico e a interpretação inadequada da sorologia no pré-natal:

  1. Interpretação Incorreta: Profissionais de saúde, ao verem o teste treponêmico positivo e o VDRL (teste não treponêmico) negativo, podem assumir que se trata de uma cicatriz e não tratar. A médica alerta que essa conduta é um grande erro, pois a maioria das grávidas com a doença estará com título baixo ou o não treponêmico positivo, mantendo o ciclo de infecção.

  2. Não Tratamento do Parceiro: O parceiro sexual muitas vezes não é tratado de forma adequada ou é ignorado, resultando na reinfecção da gestante e no risco de infecção fetal.

Mais de $80\%$ das mulheres grávidas e muitos homens têm a forma assintomática da doença (forma latente), o que faz com que, sem a interpretação correta dos exames, a doença evolua para a sífilis congênita na criança.

Grupos de Risco e Prevenção 🦠

Atualmente, as populações com maior prevalência de infecção por sífilis e HIV são:

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  • Jovens (15 a 25 anos): Abandonaram os métodos de barreira devido à redução do medo em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como o HIV, que se tornou uma doença crônica tratável.

  • Terceira Idade: O aumento da vida sexual ativa, a falta de receio de gravidez e o abandono dos métodos de barreira contribuem para a disseminação.

A médica alertou ainda para o risco constante de contágio durante o Carnaval devido à menor utilização de métodos de barreira. Ela mencionou a existência da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um medicamento antirretroviral tomado antes da exposição para prevenir o HIV (não sífilis), que está disponível gratuitamente no SUS.

A Febrasgo e o Ministério da Saúde promovem protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para a transmissão vertical, ressaltando que a ocorrência de sífilis congênita é um dos melhores marcadores da qualidade da atenção pré-natal.


Com informações:  ICL Notícias

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Distrito Federal

TJDFT mantém condenação do Distrito Federal por morte de paciente devido à demora em cirurgia

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Paciente com doenças urinárias esperou cerca de oito meses pelo procedimento; o DF foi condenado a pagar R$ 150 mil para a viúva e R$ 50 mil para cada um dos filhos a título de danos morais.


A 2a Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a condenação do Distrito Federal (DF) pelo falecimento de um paciente. A morte ocorreu em razão da demora na realização de uma cirurgia essencial, indicada por profissionais médicos. Por maioria, o colegiado reconheceu o direito da viúva e dos filhos à compensação por danos morais.

De acordo com o processo, o paciente, que sofria de doenças relacionadas ao trato urinário, aguardava o procedimento cirúrgico há aproximadamente oito meses sem que a marcação fosse efetivada. Devido à ausência da cirurgia, o quadro clínico do homem se agravou, levando-o a óbito. O Distrito Federal não apresentou defesa ao recurso interposto pelos familiares da vítima.

Ao analisar o recurso, a Turma Cível considerou que os fatos narrados afetaram a esfera jurídica dos autores. O colegiado citou a jurisprudência que condena o DF a reparar danos em casos semelhantes (demora em ato cirúrgico), com valores que geralmente variam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

Com base nisso, a Turma condenou o DF ao pagamento de:

  • R$ 150 mil a ser pago à viúva do falecido (sucessão realizada pela filha).

  • R$ 50 mil a cada um dos filhos do falecido.

Os valores são a título de danos morais.


Com informações: TJDFT

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Brasil

São Paulo registra segundo caso de sarampo importado do ano; Brasil soma 37 casos

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O estado de São Paulo confirmou o segundo caso de sarampo em 2025, em um homem de 27 anos, morador da capital, não vacinado e com histórico de viagem ao exterior. Segundo o ministério da Saúde, o Brasil confirmou 37 casos da doença entre janeiro e novembro deste ano, todos classificados como importados, sem transmissão local. Globalmente, a região das Américas registrou mais de 12,5 mil casos em 2025, afetando principalmente populações com baixa cobertura vacinal.


A Situação do Sarampo no Brasil e nas Américas 🌍

O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, transmitida por via aérea. A vacinação é a principal forma de prevenção, pois um paciente pode transmiti-la para 90% das pessoas próximas não imunes.

  • Sarampo no Brasil: Todos os 37 casos de sarampo confirmados no país em 2025 foram importados (adquiridos em viagens). O Brasil registrou o último caso endêmico em junho de 2022.

  • Certificação: Em novembro de 2024, a organização Pan-Americana da Saúde (Opas) voltou a certificar o Brasil como livre da circulação do vírus do sarampo por não ter registrado transmissão em território nacional por pelo menos um ano. Apesar da alta circulação do vírus nas Américas, o ministério da Saúde afirma que o Brasil ainda mantém sua certificação de país livre da circulação do vírus endêmico.

  • Sarampo nas Américas: Até 7 de novembro de 2025, a Opas confirmou 12.596 casos e 28 óbitos por sarampo em dez países das Américas, com a maioria dos registros no México. A Opas ressalta que 89% dos casos ocorreram em pessoas não vacinadas ou com status vacinal desconhecido.

Riscos e Complicações da Doença 🤒

Os principais sintomas do sarampo incluem manchas vermelhas no corpo e febre alta (acima de $38,5^\circ\text{C}$), acompanhadas de tosse, conjuntivite, nariz escorrendo ou mal-estar intenso.

  • Complicações: O sarampo pode evoluir para complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro), algumas das quais podem ser fatais.


Com informações:  Agência Brasil

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