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Intel apresenta maior computador neuromórfico inspirado no cérebro

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Intel apresenta maior computador neuromórfico inspirado no cérebro

Computador neuromórfico

A Intel usou seu processador neuromórfico Loihi 2 para construir o maior computador usando uma arquitetura que imita o cérebro construído até agora.

O sistema, batizado de Hala Point, é formado por 1.152 processadores Loihi 2 montados em seis racks padrão usados em gabinetes de servidores, o que equivale a um volume equivalente ao de um forno de micro-ondas. São 1,15 bilhão de neurônios artificiais, capazes de executar 380 trilhões de operações sinápticas por segundo.

Embora uma comparação direta com um computador eletrônico tradicional seja complicada, a Intel afirma que o Hala Point consome 100 vezes menos energia do que um sistema tradicional ao rodar problemas de otimização combinatória. A maior eficiência energética sempre foi um dos principais argumentos para o desenvolvimento de arquiteturas baseadas em componentes que imitam os neurônios e as sinapses, como os memoristores.

“O Hala Point é o primeiro sistema neuromórfico em grande escala a demonstrar eficiências computacionais de última geração em cargas de trabalho de inteligência artificial convencionais. A caracterização mostra que ele pode suportar até 20 quatrilhões de operações por segundo, ou 20 petaops, com uma eficiência superior a 15 trilhões de operações de 8 bits por segundo por watt (TOPS/W) ao executar redes neurais profundas convencionais,” anunciou a Intel.

Intel apresenta maior computador neuromórfico inspirado no cérebro

O computador neuromórfico é baseado em processadores Loihi 2, mas também possui milhares de processadores x86.

Promessas e dificuldades

O primeiro protótipo do computador neuromórfico Hala Point ficará instalado no Laboratório Nacional Sandia, nos EUA, cuja equipe planeja usá-lo justamente para desenvolver uma nova ciência da computação baseada no cérebro.

A principal diferença em termos de arquitetura é que a computação neuromórfica é uma implementação de computação na memória, ou seja, os dados não precisam trafegar entre a memória e o processador – assim como no cérebro, computação e memória ocorrem nos mesmos “componentes”.

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Parece simples, mas quando se trata do uso prático, especificamente de como programar os computadores, existem quase tantas diferenças entre um computador comum e um computador neuromórfico quanto as que existem entre um computador comum e um computador quântico. Assim, se não sabemos ainda como programar os computadores quânticos, precisamos igualmente teorizar e implementar linguagens de programação neuromórfica, o que inclui os compiladores, que traduzem os comandos das linguagens de programação em instruções que os componentes neuromórficos entendem.

Por exemplo, os números de desempenho anunciados pela Intel, que foram alcançados pelo Hala Point, são comparáveis ao que se obtém com arquiteturas construídas com unidades de processamento gráfico (GPUs) e unidades centrais de processamento (CPUs). Contudo, a comparação é complicada porque os programas de treinamento de IA atuais não rodam diretamente em um hardware neuromórfico.

Assim, o anúncio da empresa de que os “recursos exclusivos do Hala Point poderão permitir o futuro aprendizado contínuo em tempo real para aplicações de IA, como solução de problemas científicos e de engenharia […], grandes modelos de linguagem (LLMs) e agentes de IA” deve ser visto com cautela, pelo menos a curto prazo.

Intel apresenta maior computador neuromórfico inspirado no cérebro

A comparação com os computadores eletrônicos ainda é motivo de controvérsia entre os especialistas. [Imagem: Intel]

Trilhando o caminho

Os processadores neuromórficos Loihi 2, que formam a base do Hala Point, usam princípios de computação como as redes neurais de picos (SNNs) assíncronas e baseadas em eventos, memória e computação integradas e conexões esparsas e em constante mudança. Os neurônios artificiais que compõem o processador se comunicam diretamente entre si, em vez de se comunicarem através da memória, o que é uma das principais razões para a redução no consumo geral de energia.

Além dos 1.1152 processadores neuromórficos, o sistema Hala Point também inclui 2.300 processadores eletrônicos comuns, para conexão com o mundo exterior e para rodar programas comparativos. O consumo geral de energia do sistema alcançou um máximo de 2.300 watts durante os primeiros testes, fornecendo um total de 16 petabytes por segundo (PB/s) de largura de banda de memória, 3,5 PB/s de largura de banda de comunicação entre núcleos e 5 terabytes por segundo (TB/s) de largura de banda de comunicação entre chips.

“Juntamente com um ecossistema de mais de 200 membros da Comunidade de Pesquisa Neuromórfica Intel (INRC), incluindo importantes grupos acadêmicos, laboratórios governamentais, instituições de pesquisa e empresas em todo o mundo, a Intel está trabalhando para ampliar os limites da IA inspirada no cérebro e fazer progredir esta tecnologia, partindo de protótipos de pesquisa rumo a produtos comerciais líderes do setor nos próximos anos,” finalizou a empresa.


Fato Novo com informações: Inovação Técnologica

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Brasil

Com presença do vice-presidente da República Geraldo Alckmin, Brasília sediará evento internacional de bioética

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Com debates de altíssimo nível, a atividade colocará o Brasil no epicentro da medicina e da bioética

Pela primeira vez na América Latina, Brasília (DF) sediará um evento internacional de bioética. O Conselho Federal de Medicina (CFM) será o anfitrião da 16ª edição da Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde, que acontecerá nesta semana, nos dias 24, 25 e 26 de julho. Um evento que promete ser um marco na discussão e troca de conhecimentos na área.

A abertura da Conferência, marcada para as 10 horas do dia 24 de julho, contará com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e será realizada nas instalações recém-inauguradas da sede do CFM, localizada na SGAS 616, Conjunto D, Lote 115, L2 Sul.

Entre as autoridades confirmadas estão o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; o presidente da 16ª Conferência Mundial, Rui Nunes; o secretário-geral da Associação Médica Mundial, Otmar Kloiber; a presidente da Associação Médica Mundial, Lujain Al-Qodmani; o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa: o senador e presidente da Frente Parlamentar da Medicina, Hiran Gonçalves: além do presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran Gallo.

O evento conta com quase 500 inscritos de diversos países. Com debates de altíssimo nível, a atividade colocará o Brasil no epicentro da medicina e da bioética. A 16ª edição da conferência abordará uma vasta gama de tópicos, refletindo a diversidade e a profundidade das questões éticas na saúde, com temas que incluem: Inteligência Artificial, Educação em Bioética, Consentimento Informado, Ética dos Cuidados Paliativos, Ética em Saúde, Ética da Saúde Pública, Autonomia, Genética: Aspectos Éticos, Ética da Reprodução, Ética do Fim da Vida e Direito e Ética.

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Conheça os palestrantes e a programação no site do evento: Link

Debates com transmissão ao vivo pelo canal do CFM no YouTube: Link

SERVIÇO:

16ª Conferência Mundial de Bioética Ética Médica e Direito da Saúde

Quando: De 24 a 26 de julho de 2024

Local: Sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), Brasília (DF), Brasil.

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Fato Novo com informações e imagens: Conselho Federal de Medicina – CFM

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Ciência

Lei institui licença para mães e pais concluírem cursos acadêmicos

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Prorrogação vale para nascimento ou adoção de crianças por estudantes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (17), o projeto de lei que prorroga os prazos para estudantes concluírem cursos de graduação ou programas de pós-graduação, como mestrado e doutorado, em caso do nascimento de filhos ou adoção legal de crianças. Pela nova lei, as instituições de educação superior deverão assegurar a continuidade do atendimento educacional e fazer os ajustes administrativos para prorrogar os prazos por, no mínimo, 180 dias. No caso de parentalidade atípica, a lei prevê a ampliação desse prazo. A medida abrange mães e pais.


“Chamamos esse projeto de Mães Cientistas, porque a gente sabe que, muitas mulheres, quando chegam numa determinada fase da vida, têm que decidir se seguem suas pesquisas acadêmicas ou se cuidam dos seus filhos. É uma vitória da ciência brasileira, da educação e das mulheres brasileiras”, destacou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), autora do projeto de lei na Câmara dos Deputados.


A prorrogação abrange a conclusão de disciplinas e dos trabalhos finais, como monografias, teses e dissertações, bem como o adiamento das sessões de defesa e a entrega de versões finais dos trabalhos ou realização de publicações exigidas pelos regulamentos das instituições de ensino.

Desafio

Em uma carreira competitiva, como a carreira acadêmica no Brasil, a constante cobrança por produtividade acaba expulsando as mães das universidades e da linha de frente da construção do conhecimento no país.

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Segundo dados da Plataforma Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a maioria dos estudantes de pós-graduação (54,54%) é mulheres. Mas, os homens são a maioria entre os professores (57,46%), ou seja, são maioria entre os que conseguem chegar ao topo da carreira e assumir um cargo público como docente e pesquisador. As mulheres também são minoria entre os pesquisadores que recebem bolsa produtividade, concedidas no topo da carreira pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), representam 36%.


“As mulheres, quando optam por ser mães, são punidas na entrega de seus trabalhos acadêmicos e perdem pontuação”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. De acordo com a ministra, a pasta instituiu, recentemente, que a avaliação de produtividade do CNPq foi estendida por dois anos no caso da maternidade.


Presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho saudou a sanção da lei, “que reconhece a maternidade, durante um período, que é, por si só, muito difícil na vida de qualquer um, que é o desenvolvimento de dissertações e teses”. Segundo Carvalho, no último dia 12 de julho, a Capes retomou o funcionamento do Comitê Permanente sobre Equidade de Gênero. “Para que possamos discutir outras ações relacionadas ao papel da mulher na ciência brasileira e como avançar em políticas mais inclusivas”.

Educação ambiental

Lula também sancionou o projeto que inclui o tema das mudanças do clima, proteção da biodiversidade e riscos e vulnerabilidades a desastres socioambientais na Política Nacional de Educação Ambiental.


“Sobretudo na questão ambiental, nós temos que ter muito cuidado com o livro didático, porque quem vai salvar o planeta não somos nós, é a juventude que vai ter que aprender na escola a importância da questão ambiental”, destacou o presidente, após assinar a sanção, que transforma o projeto em lei federal.

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Segundo o governo, entre as principais diretrizes propostas, está o desenvolvimento de instrumentos e metodologias para garantir a eficácia das ações educadoras relacionadas às questões ambientais, às mudanças climáticas, desastres socioambientais e à perda de biodiversidade, além da inserção obrigatória desses temas nos projetos institucionais e pedagógicos das instituições de ensino da educação básica e superior.

Autor do projeto de lei, o deputado federal Luciano Ducci (PSB-PR) destacou que a inclusão dessas temáticas na Política Nacional de Educação Ambiental é uma forma de mobilizar a sociedade para um problema que ameaça a vida da humanidade. “É um projeto que, por incrível que pareça, é mais atual agora do que quando foi apresentado [há nove anos]. Tem a grande motivação de buscar uma transformação da sociedade através da educação”, afirmou.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Ciência

James Webb descobre atmosfera parecida com a da Terra em exoplaneta

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O LHS 1140b, que fica a cerca de 48 anos-luz, é visto pelos cientistas como o “Melhor lugar para procurar vida além do Sistema Solar”

Observações feitas com o telescópio James Webb revelaram uma atmosfera semelhante à da Terra em outro planeta. A descoberta é mais uma notícia animadora para os cientistas que pesquisam o LHS 1140b, apelidado de “Melhor lugar para procurar vida além do Sistema Solar” desde a descoberta, em 2017. Localizado a cerca de 48 anos-luz, na constelação de Cetus, o planeta aparenta ter um meio termo em relação à temperatura, sendo mais frio que a Terra e mais quente que Marte.

Segundo o professor Ryan MacDonald, da Universidade de Montreal, responsável pela pesquisa, essa é a primeira vez que cientistas detectam “indício de uma atmosfera em um exoplaneta rochoso ou rico em gelo em zona habitável”, isto é, que orbita relativamente próximo a uma estrela, o que permite a existência de água na forma líquida.

“O LHS 1140b é um dos melhores exoplanetas pequenos na zona habitável, capaz de suportar uma atmosfera espessa, e podemos ter encontrado evidências de ar neste mundo”, indicou MacDonald.

O planeta promissor tem um raio cerca de 70% maior que o da Terra e alcança um ponto ideal para os cientistas: é formado por água e composição rochosa, mas com uma porcentagem de gás. A dúvida dos pesquisadores era se ele se assemelha mais com uma “SuperTerra” ou com um “MiniNetuno”. Pelos novos dados, as apostas são de que o LHS 1140b está mais próximo do nosso planeta.


“De todos os exoplanetas temperados atualmente conhecidos, LHS 1140b pode muito bem ser nossa melhor aposta para um dia confirmar indiretamente água líquida na superfície de um mundo alienígena, além do nosso sistema solar”, aponta o autor principal do artigo e doutorando da Universidade de Montreal Charles Cadieux.

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Outra semelhança entre os dois é a predominância de nitrogênio na atmosfera. Uma análise de recuperação atmosférica sugere que, assim como a Terra, cuja atmosfera é 78% formada por nitrogênio, o planeta promissor apresenta alta porcentagem do gás. Essas projeções favorecem as projeções de que o planeta seria uma grande bola de neve com um oceano de cerca de 4 mil quilômetros de diâmetro.

O estudo foi aceito para publicação no Astrophysical Journal Letters nesta semana e conta com uma versão preliminar disponível. Os dados foram coletados pelo James Webb em dezembro e adicionados a outras imagens do planeta, obtidas pelos telescópios espaciais Spitzer, Hubble e TESS.

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