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Legalização da cocaína? Prefeita de Amsterdã, na Holanda, defende a proposta

Prefeita de Amsterdã defende legalização da cocaína para combater o tráfico

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Legalização da cocaína? Prefeita de Amsterdã, na Holanda, defende a proposta

Femke Halsena, que governa a capital holandesa desde 2018, acredita que a regulamentação de drogas pesadas pode ajudar no combate ao tráfico, atividade que ocupa 80% das atenções da polícia local

Se a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ainda pode ser considerado um tabu no Brasil dadas as reações da opinião pública e dos meios de comunicação acerca do julgamento que está em curso no Supremo Tribunal Federal e das votações que ocorrem no Congresso Nacional. Imagine então uma proposta de legalização da cocaína e de outras drogas pesadas. Mas o que é impensável aqui, do outro lado do Oceano Atlântico é uma proposta levada a sério por uma autoridade pública.

A imprensa brasileira repercute nesta terça-feira (16) uma entrevista dada à agência AFP por Femke Halsema, prefeita de Amsterdã, a capital da Holanda, em que defende a ideia de que legalizar drogas pesadas, entre elas a cocaína, poderá contribuir com o combate ao narcotráfico.

Halsema tem 57 anos, é cineasta e dona de uma atribulada carreira na política holandesa. Começou em 1991 como estagiária do Ministério do Interior, onde compôs o grupo de trabalho “polícia e imigrantes” até 1993. Antes disso tinha se formado em ciências sociais com especialização em criminologia na Universidade de Utrecht.

Entre 1998 e 2011 foi deputada na Segunda Câmara holandesa, o equivalente à nossa Câmara dos Deputados. Durante o período, entre 2002 e 2010, foi a liderança na casa do seu partido, o Esquerda Verde. Em 2018 a líder socialista e ambientalista foi eleita prefeita de Amsterdã, cargo que exerce até hoje.

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Na recente entrevista à AFP, ela lembra que a Holanda não é um país com altos índices de violência e que, mesmo com algumas drogas legalizadas, o narcotráfico ainda é a motivação para 80% das atividades policiais. Nesse contexto, a principal droga ilegal é a cocaína, e a prefeita da capital holandesa defende que uma regulamentação da droga seria uma forma eficaz de combater os grupos narcotraficantes, retirando sua principal fonte de renda.

“Poderíamos imaginar que a cocaína pudesse ser obtida em farmácias ou através do sistema médico. Acho que algumas drogas são perigosas e seria sensato reduzir o seu uso, mas a forma como o fazemos não está ajudando e teremos que refletir sobre melhores métodos para regular as drogas”, declarou à agência francesa.

A Holanda hoje vive uma série de operações policiais contra o tráfico de cocaína, mas não registrou nas ruas uma diminuição do comércio, ou mesmo mudanças no valor cobrado pelo grama da droga. A proposta da prefeita é que a substância seja vendida em farmácias, por valores inferiores aos do narcotráfico e com supervisão de médicos e do serviço social. Ela acredita que este seja um caminho para enfraquecer os criminosos.

“Não é ridículo deixarmos o tráfico de drogas nas mãos de criminosos e não tentarmos encontrar um modelo de mercado civilizado?”, indagou Femke Halsema.


Fato Novo com informações: Revista Fórum

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Ao menos 17 crianças morrem em incêndio que atingiu dormitório de escola no Quênia

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Além de mortes, outros alunos foram socorridos com ferimentos graves; buscas por corpos carbonizados seguem e causas do fogo são investigadas

As autoridades policiais do Quênia informaram que na madrugada desta sexta-feira (06/09) pelo menos 17 crianças morreram e 16 estão em estado grave após um incêndio que atingiu o dormitório infantil de uma escola localizada no centro do país.

De acordo com as informações da polícia, o incêndio na Academia Hillside Endarasha, no condado de Nyeri, um internato primário para jovens estudantes a cerca de 150 quilômetros da capital Nairóbi, começou na noite de quinta-feira (06/09) e tomou proporções, alcançando o local que abrigava 156 alunos.


“Há 17 mortos nesse incidente e outras pessoas tiveram que ser levadas ao hospital com ferimentos graves”, disse a porta-voz da polícia, Resila Onyango, acrescentando que as buscas continuam e que o número de vítimas pode aumentar. “Os corpos encontrados no local estão carbonizados a tal ponto que são irreconhecíveis”.


Em comunicado, o porta-voz do governo queniano, Isaac Mwaura, informou que as crianças que morreram tinham entre 9 e 13 anos de idade.

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“Todas as agências governamentais relevantes foram acionadas para buscar as razões da causa do incêndio que levou à perda e ferimento de tantas almas jovens”, disse o ministro do Interior, Kithure Kindiki, depois de visitar a escola. “O governo garante total responsabilidade por todos cuja ação ou inação contribuiu para essa tremenda perda”.


O presidente do Quênia, William Ruto, expressou suas condolências às famílias das crianças falecidas por meio de redes sociais, classificando o incidente como “devastador”. O mandatário também informou ter reforçado as investigações envolvendo as causas do incêndio e prometeu punir os responsáveis.

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Fato Novo com informações e imagens: Opera Mundi

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Após nomeação de premiê ignorar vitória da esquerda, franceses vão às ruas protestar contra Macron

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Segundo manifestantes, que pedem destituição do presidente, Macron ignorou resultado das urnas e impôs Michel Barnier após ter aval da extrema direita

Dois dias depois da nomeação do ex-comissário europeu e político de direita, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro da França, milhares de franceses vão às ruas neste sábado (07/09) protestar contra o presidente Emmanuel Macron. Cerca de 150 manifestações estão previstas em todo o país.

Os protestos foram convocados no final de agosto por organizações estudantis, com o apoio de várias ONGs e do partido A França Insubmissa (LFI) para protestar contra a recusa do presidente Macron de nomear Lucie Castets para a chefia de governo.

Castets foi indicada pela Nova Frente Popular, grupo que reuniu vários partidos de esquerda, e que venceu as eleições legislativas de julho.

Com a nomeação de Michel Barnier, um político de direita, os protestos ganharam ainda mais fôlego e apoio de centrais sindicais e de partidos e militantes da esquerda francesa. Segundo os manifestantes, Macron ignorou o resultado das urnas e impôs um primeiro-ministro após ter o aval da extrema direita.

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“O presidente acaba de decidir nomear um primeiro-ministro de um grupo político que obteve 6% nas eleições legislativas e que só tem 40 deputados”, insistiu nesta sexta-feira (06/09) o coordenador do LFI Manuel Bompard, para quem Macron “simplesmente decidiu ignorar o resultado das eleições legislativas”.


Wikicommons/Gabinete de Imprensa e Informação Presidencial – Manifestantes pedem destituição de Macron

Em Paris, a manifestação começa às 14h no horário local (9h da manhã em Brasília) e vai da Praça da República até a Praça da Nação, no leste da capital. A polícia prevê uma mobilização de cerca de 30.000 manifestantes. Na capital, entre 4 e 8 mil pessoas são esperadas. Mas a mobilização pode ser maior, reconhece a polícia.

Controle da imigração

Em sua primeira entrevista, após ser nomeado primeiro-ministro, Michel Barnier falou, na sexta-feira, sobre as prioridades de seu governo. Entre elas, está o “controle dos fluxos migratórios com medidas concretas”, melhorar os salários e não aumentar a dívida pública da França.

Saúde e moradia são outros temas prioritários, de acordo com declarações dadas pelo chefe de governo ao canal de TV francês TF1. “Vou me esforçar, com os vários ministros que serão nomeados, para controlar melhor, utilizar melhor o dinheiro público e confiar nos serviços públicos, porque precisamos de serviços públicos eficientes”, reiterou.

Michel Barnier também afirmou que pretende formar um governo que não seja apenas de direita e espera poder negociar com “todos os que quiserem”, sem excluir a participação de membros da esquerda.

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Honduras: Xiomara Castro denuncia tentativa de golpe contra seu governo

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Mandatária afirmou que ação golpista busca atacar chefe militar e ministro da Defesa; chanceler hondurenho afirma que embaixadora dos EUA está envolvida

A presidente das Honduras denunciou nesta quinta-feira (29/08) a tentativa de um golpe de Estado contra seu governo, através de uma ação para criar uma cisão dentro das Forças Armadas do país.

“Quero dizer-lhes que está sendo traçado um plano contra o nosso governo, ontem atacaram o comandante-chefe das Forças Armadas e o Ministro da Defesa do nosso país”, afirmou Xiomara, em uma declaração pública.

A mandatária recordou o país enfrentou golpes de Estado recentes, como o realizado em 2009 contra o então presidente Manuel Zelaya (2006-2009), seu marido.

“Já vivemos um golpe de Estado e sabemos o que isso significa, e sabemos que isso traz violência, exílio, perseguição e violações aos direitos humanos”, ressaltou a presidente.

Embaixadora dos Estados Unidos

Horas antes, nesta mesma quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Enrique Reina, afirmou em entrevista ao canal de televisão local Televicentro, que a inteligência do país detectou uma tentativa de golpe militar planejada pela embaixadora dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Laura Dogu.

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Presidência de Honduras – Xiomara Castro afirmou que tentativa de golpe se basearia em ação para provocar divisão nas forças armadas do país

Segundo Reina, Dogu estaria articulando uma ação para dividir as forças armadas hondurenhas, oferecendo apoio a um grupo em troca de liderar uma insurreição contra o atual comandante-chefe da instituição, Rossvelt Hernández, leal à presidente Xiomara Castro.

A operação teria sido iniciada por Dogu através de uma declaração na qual afirmou que as agências norte-americanas teriam informação de que Hernández teria um suposto vínculo com cartéis de droga que operam na América Central.

A diplomata não apresentou evidências de tais denúncias, mas teria se encontrado com oficiais militares que estariam dispostos a organizar uma revolta dentro da instituição militar para desconhecer a autoridade de Hernández.

O comentário da embaixadora também provocou um debate sobre o tratado de extradição entre Honduras e os Estados Unidos. O chanceler Reina afirmou que o acordo poderia ser utilizado pelos Estados Unidos para requerer a extradição de Roosevelt Hernández ou do ministro da Defesa, José Manuel Zelaya, filho da atual presidente e do ex-presidente Manuel Zelaya.

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