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Sociedade

Quase metade dos profissionais se considera mais produtiva trabalhando de casa, aponta pesquisa da Michael Page

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Estudo inédito da consultoria analisa os modelos de trabalho preferidos pelos colaboradores

Quase metade dos profissionais (48,6%) acreditam serem mais produtivos trabalhando de casa. É o que revela recente pesquisa realizada pela Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup. De acordo com o estudo Guia Salarial – Tendências Candidatos e Empresas 2025, os adeptos aos modelos de trabalho híbrido ou remoto superaram as médias dos que são igualmente produtivos no presencial (40,5%) e dos colaboradores que se sentem menos produtivos atuando de forma remota (10,8%).

O estudo apontou, ainda, que 27% dos colaboradores preferem trabalhar em casa em 2 dias da semana, ficando à frente dos adeptos aos 5 dias remotos (24,3%), 3 dias (21,6%), 1 dia (13,5%) e dos que não desejam nenhum dia de trabalho em casa (8,1%).

“Observamos que o trabalho híbrido ou remoto já é uma realidade enraizada no mercado de trabalho atual, com quase metade dos profissionais se sentindo mais confortáveis e produtivos trabalhando de casa. Além da remuneração, a flexibilidade é um dos principais fatores no momento de decisão de um candidato para aceitar uma promoção ou uma nova vaga de emprego. As empresas que adotarem jornadas alternativas e flexíveis tendem a ter mais facilidade para atraírem e engajarem os melhores profissionais”, afirma Lucas Oggiam, diretor-executivo da Michael Page no Brasil.

Para elaborar a pesquisa, a Michael Page consultou cerca de 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil para entender quais são suas reais impressões sobre o mercado atual. Os executivos consultados ocupam cargos que vão desde posições de suporte à gestão até diretoria. A empresa procurou entender como os profissionais enxergam sua carreira, a posição do empregador no seu desenvolvimento profissional e outros fatores que completam a remuneração.

Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

O levantamento também procurou entender qual o nível do equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos profissionais. Cerca de 32,4% dos respondentes concordam que respeitam seu horário de almoço e de saída, sabem enfrentar o estresse de trabalho e cuidam da saúde física, superando os que discordam e os que nem concordam e nem discordam (18,9%, cada), os que concordam totalmente (16,2%) e os colaboradores que discordam totalmente (16,2%).

Entre os respondentes da pesquisa, 43,2% dos profissionais trabalham em regime presencial integral, 27% atuam de forma híbrida (3 ou mais dias por semana no escritório), 19,9% têm atuação em home office integral e 10,8% estão trabalhando em modelo híbrido com 1 ou 2 dias por semana no escritório.

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“O grande desafio das organizações é conseguir equilibrar os objetivos e resultados esperados pela empresa com as expectativas e a demanda por flexibilidade que os profissionais exigem. É dever dos líderes analisarem de forma criteriosa qual a real necessidade do trabalho presencial e encontrar soluções e políticas que engajem os colaboradores e mantenham um bom ambiente para qualquer modelo escolhido, seja híbrido, remoto ou totalmente presencial”, afirma Oggiam, diretor-executivo da Michael Page no Brasil.

Parte da liderança defende modelo presencial

A Michael Page também decidiu ouvir líderes empresariais para compreender desafios e percepções sobre os modelos do trabalho. A pesquisa, realizada na primeira quinzena de março, contou com as respostas de 97 lideranças de diferentes cargos (diretoria, presidência, conselhos e c-level) e setores (finanças, engenharia, varejo, saúde e ciência, agronegócio, bancário e serviços financeiros, logística, marketing e digital e tecnologia). A partir desse grupo, foram tipificados os modelos de trabalho mais implementados, permitindo analisar os desafios que os líderes brasileiros enfrentam atualmente.

Para 35% dos respondentes que adotam o modelo presencial, destacam, além da natureza do negócio, como indústria e logística, a importância da cultura organizacional como principal motivação para essa escolha, mesmo em funções que não exigem presencialidade. O convívio facilita a disseminação e o fortalecimento da cultura, promovendo um ambiente de trabalho mais coeso e integrado. Além disso, há a percepção de que o trabalho presencial proporciona maior agilidade na tomada de decisões e na execução das tarefas diárias.

Algumas dessas organizações também expressam receio em relação ao autogerenciamento dos profissionais em um ambiente doméstico. Acredita-se que a supervisão direta e o contato constante são essenciais para garantir a produtividade e o alinhamento com os objetivos da empresa. Algumas lideranças ainda consideram essencial o modelo presencial, apesar de reconhecerem que pode gerar mais estresse, priorizando a produtividade em detrimento do bem-estar dos colaboradores.

No entanto, algumas empresas enfrentam restrições impostas por suas matrizes ou boards internacionais. Enquanto pesquisas internas indicam o desejo de adotar um modelo híbrido, essa política não é apoiada pela liderança global. Muitos acreditam que a implementação oficial do sistema híbrido em todas as áreas facilitaria a atração e retenção de talentos, além de aumentar o engajamento. Apesar dessa demanda, a matriz mantém a obrigatoriedade do trabalho presencial em nível global.

“O regime presencial é essencial para a integração entre áreas, agilidade na tomada de decisões e interação direta com todos os níveis hierárquicos da organização. Além disso, o conhecimento do negócio é crucial para o desenvolvimento rápido e completo de funções e para abrir novas oportunidades profissionais além da área técnica principal”, diz Thiago Anan, CFO da Aspen Pharma.

Ana Isabel Nogueira, diretora administrativa da MAGSAC Embalagens, conta que a empresa mantém o trabalho 100% presencial, valorizando a proximidade e a comunicação informal. “Como negócio familiar de médio porte, muitas conversas importantes surgem espontaneamente no dia a dia, reforçando a importância da presença física. O contato direto da diretoria com os colaboradores da fábrica fortalece o engajamento e o orgulho da equipe, que valoriza a oportunidade de mostrar seu trabalho e perceber o envolvimento genuíno da liderança no dia a dia da operação”.

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Para a diretora de RH na Farmoquímica, Renata Filardi, por serem uma indústria com grande parte da equipe atuando presencialmente, optaram pelo modelo 100% presencial também para gestores e administrativos, garantindo eficiência, suporte e fortalecimento da nossa cultura relacional. “Na FQM baseamos nossa atuação em pessoas, valores e resultados, equilibrando desempenho e bem-estar. Investimos no desenvolvimento dos colaboradores com treinamentos personalizados, incentivando o protagonismo individual. Além disso, reconhecemos talentos de alta performance com bolsas de estudo, promovendo crescimento profissional e sustentabilidade organizacional”.

Benefícios do modelo presencial

• Facilidade na resolução de desafios diários: as cobranças e pressões operacionais são resolvidas mais rapidamente no ambiente presencial.

• Preservação da cultura organizacional: a presença física fortalece a identidade institucional e permite a leitura de sinais não verbais.

• Sinergia e engajamento: o modelo presencial favorece proximidade, espírito de equipe e alinhamento cultural.
• Suporte em momentos de crescimento e novos projetos: a presença no escritório agiliza decisões e melhora a integração dos talentos em períodos de expansão.

• Rigor e qualidade: permite maior controle sobre processos e reforça uma cultura organizacional mais sólida.

Aspectos a considerar no modelo presencial

• Impacto do deslocamento: o trânsito e problemas no transporte público aumentam o estresse dos colaboradores.

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 Interrupções frequentes: a dificuldade de manter o foco por longos períodos, devido às conversas e pedidos de realização de tarefas extras, afeta a produtividade.

Híbrido é adotado por quase metade dos tomadores de decisão

Para 46% dos tomadores de decisão que adotam o modelo híbrido, o presencial também é importante para a interação e o fortalecimento da cultura organizacional. Muitas organizações destacam que o modelo híbrido impacta positivamente o bem-estar dos colaboradores. A possibilidade de trabalhar alguns dias em casa permite um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reduzindo o estresse associado ao deslocamento diário. Esse formato combina o melhor dos dois mundos: a flexibilidade do trabalho remoto e os benefícios do contato presencial.

Um ponto crucial levantado pelos respondentes que adotam o modelo híbrido é a necessidade de líderes preparados para gerenciar equipes à distância. O trabalho remoto pode aumentar a carga sobre as lideranças, exigindo habilidades adicionais para manter a equipe engajada e produtiva. Nesse contexto, o uso de ferramentas de comunicação e a criação de um ambiente de confiança tornam-se essenciais para o sucesso do modelo.

“A empresa, inicialmente 100% presencial, adotou o modelo híbrido após a pandemia, descobrindo que é possível manter eficiência e produtividade no remoto. Durante o período desafiador, foram criadas formas de reforçar a interação entre os colaboradores, preservando o vínculo estabelecido no ambiente presencial. O segredo para o nosso sucesso? Gestores que constroem relações de confiança e compartilham visão de futuro com suas equipes”, revela Bianca Góis, diretora de RH da Stanley 1913.

Segundo Danilo Nogueira, CEO da ABMauri, a empresa adota um modelo híbrido com presença obrigatória de dois dias por semana, mas sem fiscalização rígida, confiando na equipe. “Com a maioria dos funcionários fora de São Paulo, reconhecem o impacto do deslocamento e valorizam esse esforço. Esse equilíbrio tem contribuído para um alto índice de engajamento, acima de 90%, e para a atração de talentos”.[MD1]
Benefícios do modelo híbrido
• Redução do estresse: a flexibilidade permite que o colaborador adapte seu ritmo de trabalho às demandas pessoais e profissionais.

• Manutenção do crescimento e desempenho: o modelo híbrido não compromete a capacidade de entrega e resultados da empresa.

• Atração de talentos: a flexibilidade tem sido um diferencial competitivo, principalmente para contratar profissionais de outras cidades.

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• Melhora na qualidade de vida: muitos líderes relatam a melhora no bem-estar e desempenho devido à liberdade de escolha no local de trabalho.

• Modelo valorizado pelo mercado: o home office tornou-se um benefício altamente valorizado, independentemente do nível hierárquico.

Aspectos a considerar no modelo híbrido

• Desafios na gestão e criatividade: a falta de interação constante pode dificultar a inovação e a colaboração.

• Impacto no time de tecnologia: a ausência de convívio social pode afetar o engajamento e a troca de conhecimento.
Sobre a Michael Page  

A Michael Page, parte do PageGroup, é a escolha ideal para empresas em busca de contratação de executivos de alta e média gerência. Com uma expertise sólida nesse segmento, a empresa oferece soluções abrangentes e personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente. Por meio de uma abordagem consultiva e especializada, a Michael Page identifica os profissionais mais qualificados e compatíveis com as demandas das posições de liderança. Com um amplo networking e uma equipe de consultores experientes, a empresa está preparada para auxiliar nas contratações estratégicas que impulsionarão o crescimento e sucesso das organizações.

Com uma gama soluções para Recursos Humanos, o PageGroup é um grupo inglês listado na bolsa de valores de Londres e está presente em 37 países. Atualmente, seus mais de 9 mil colaboradores atuam em diferentes culturas e mercados, o que contribui para seu conhecimento em 3 esferas: global, regional e local. Os consultores, distribuídos por todo o país em nossos cinco escritórios (São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife), já foram responsáveis pela contratação de mais de 40 mil profissionais no Brasil desde 2001.

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INFORMAÇÕES DE IMPRENSA   – Conteúdo Comunicação 

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Brasil

A história e os desafios do saneamento básico no brasil: menos de 60% da população com esgoto coletado

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Marco unificado, figuras históricas e os grandes desafios do país: o saneamento básico evoluiu lentamente no brasil, passando pelas campanhas de oswaldo cruz e as obras de saturnino de brito, mas ainda enfrenta uma baixa taxa de coleta e tratamento de esgoto (55,2%) e a poluição crítica de importantes bacias hidrográficas

O saneamento básico no Brasil, embora tenha seus primórdios em 1561 com a escavação do primeiro poço público no Rio de Janeiro, só começou a se consolidar em passos lentos ao longo do século XX.

Pioneiros e os Quatro Pilares da Saúde Pública 🏥

A evolução do saneamento foi impulsionada por grandes figuras e momentos históricos:

  • Oswaldo Cruz (Início do Século XX): O médico empreendeu campanhas sanitárias cruciais para combater a malária, febre amarela e varíola, que assolavam as cidades. Suas medidas incluíam a melhoria da qualidade da água e a recolha de águas servidas, inspiradas nas regras sanitárias mais modernas da época.

  • Saturnino de Brito: O engenheiro foi responsável pela modernização urbana de várias cidades, como Santos, onde projetou o famoso sistema de canais para solucionar problemas de coleta de esgoto e drenagem.

  • Quatro Pilares: O saneamento básico moderno estabelece quatro pilares essenciais:

    1. Abastecimento de água.

    2. Coleta e tratamento de esgoto.

    3. Drenagem e manejo da água da chuva.

    4. Limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos.

Dados Atuais: Lacunas no Esgoto e na Reciclagem 💧

Apesar dos avanços históricos, o país ainda apresenta grandes lacunas nos serviços, conforme dados recentes:

  • Abastecimento de Água: O serviço público atende 83,1% da população (estudo de 2025).

  • Coleta de Esgoto: O serviço de coleta de esgoto atinge apenas 55,2% da população.

  • Tratamento de Esgoto: Em 2018, 55% da população possuía tratamento considerado adequado (43% coletado e tratado + 12% fossa séptica), enquanto 18% tinham o esgoto coletado, mas não tratado, e 27% não tinham coleta nem tratamento.

  • Impacto Hídrico: A falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade da água: mais de 110 mil quilômetros de rios estão com a qualidade comprometida, sendo que 83.450 km não permitem mais a captação para abastecimento público devido à poluição.

  • Reciclagem: A taxa de reciclagem de resíduos sólidos no país é baixa. Embora a indústria tenha avançado, a reciclagem total (incluindo catadores autônomos) atingiu cerca de 8,3% em 2024.

Poluição e Recursos Hídricos 🌍

Bacias hidrográficas vitais estão gravemente poluídas, como a do Rio Tietê (SP), a do Rio Doce (MG e ES) – atingida por rejeitos de mineração –, e a do Rio Iguaçu (PR). A bacia do Rio São Francisco e rios da bacia Amazônica também enfrentam poluição crescente, incluindo o mercúrio do garimpo ilegal.

O Brasil detém 12% das reservas de água doce do planeta e abriga os dois maiores aquíferos do mundo, o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) e o Aquífero Guarani. Este cenário de riqueza hídrica, mas distribuição desigual e alta poluição, levanta um debate crucial sobre a governança futura e se a água será tratada como um bem público ou poderá ser privatizada.


Com informações: Diplomatique

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Brasil

Justiça Federal condena CSN a entregar ao Arquivo Nacional documentos de inteligência produzidos antes da privatização

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi condenada pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ) a entregar ao Arquivo Nacional todos os documentos produzidos enquanto era estatal, antes de sua privatização em 1993. A decisão, que cabe recurso, foi proferida em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e visa, principalmente, garantir o acesso aos arquivos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), que atuava em colaboração com o SNI (Serviço Nacional de Informações) para monitorar trabalhadores e coletar dados durante o regime militar. O juiz classificou a prática da CSN como inconstitucional e afirmou que a abertura do acervo é crucial para o direito à memória, verdade e justiça.

A Justiça Federal condenou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) a entregar ao Arquivo Nacional toda a documentação produzida pela empresa antes de sua privatização, ocorrida em 1993. A sentença, proferida pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda, atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Disputa pela Memória Nacional 💾

O centro da disputa envolve arquivos de interesse público, cujo acesso vinha sendo restringido pela companhia há décadas:

  • Arquivos da ASI: O caso tem foco especial nos documentos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), uma estrutura interna criada em 1977 e subordinada ao Serviço Nacional de Informações (SNI), que monitorava trabalhadores e repassava dados de inteligência ao regime militar.

  • Inconstitucionalidade: O juiz Frederico Montedonio Rego afirmou na sentença que é inconstitucional a prática da CSN de tratar como privados documentos produzidos por uma empresa estatal. O magistrado ressaltou que a empresa se tornou “senhora da memória e do esquecimento” ao limitar o acesso a esses registros históricos.

  • Direito à Verdade: A decisão sublinha que a abertura do acervo é fundamental para garantir o direito à memória, verdade e justiça, reconhecido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, especialmente diante de investigações sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas na companhia durante o regime militar.

Próximos Passos e Responsabilidades

A sentença determina que o Arquivo Nacional faça uma nova visita técnica à CSN em até 15 dias para orientar o tratamento do acervo. A responsabilidade por identificar, classificar, avaliar o material e arcar com os custos é da própria CSN, que deverá liberar acesso a todos os locais de guarda da documentação. O MPF poderá acompanhar todas as etapas.

A CSN afirmou em nota que “já disponibiliza acesso ao seu acervo documental histórico pré-privatização, reafirmando seu compromisso com a transparência e com a liberdade de informação”.


Com informações: Folhapress e ICL Notícias

 

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Comportamento

Distanciamento emocional é o principal fator de divórcio, segundo especialista em direito de família

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O advogado norte-americano James Sexton, com 25 anos de experiência em casos de divórcio, afirma que o principal motivo para a separação dos casais não é a traição ou o dinheiro, mas sim o distanciamento emocional. O desgaste se instala de forma gradual, quando os pequenos gestos de intimidade e valorização desaparecem, e a relação cede à frustração de expectativas não ditas no matrimônio (o dia a dia), apesar do planejamento dedicado ao casamento (a cerimônia)

O advogado norte-americano James Sexton, especialista em direito de família e divórcios há 25 anos, identificou padrões recorrentes que levam ao rompimento dos casamentos. Em entrevista ao podcast On Purpose, ele destacou que a principal causa de separação é o distanciamento emocional, e não eventos súbitos como a traição.

O Desgaste Silencioso do Distanciamento 💔

Sexton explica que a ruptura é resultado de um desgaste gradual, no qual um dos parceiros deixa de se sentir visto e valorizado.

  • Pequenos Gestos: Ele argumenta que a sobrevivência do relacionamento depende mais de pequenos gestos diários (como uma mensagem carinhosa ou lembrar da comida preferida) do que de grandes declarações ou datas comemorativas. O desaparecimento desses detalhes é um sintoma do afastamento.

  • Casamento vs. Matrimônio: O advogado chama a atenção para o desequilíbrio entre o planejamento dedicado ao casamento (a festa) e a falta de seriedade dada ao matrimônio (o dia a dia compartilhado). Expectativas, limites e rotina raramente são discutidos com seriedade, criando um terreno fértil para frustrações.

Fases Críticas e Fatores Pessoais

Sexton também aponta outros fatores que moldam e pressionam o relacionamento:

  • Legado Familiar: Os padrões familiares trazidos da infância influenciam a maneira como os relacionamentos adultos são construídos, embora o indivíduo tenha o poder de lidar com essas questões pessoais.

  • Chegada dos Filhos: A fase após o nascimento dos filhos é uma das mais delicadas, pois a rotina e a atenção se voltam para as crianças, pressionando o vínculo conjugal. O especialista ressalta que o maior impacto nas crianças não é o divórcio em si, mas o ambiente de tensão entre os pais.

Para o advogado, relacionamentos fortes exigem honestidade, abertura emocional e um trabalho contínuo de atenção e cuidado mútuos.


Com informações: Infobae, Revista Fórum

 

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