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Mundo

Trump ameaça Brics e diz que grupo “acabaria rapidamente” com tarifas dos EUA

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Presidente norte-americano reforça posição protecionista e defende posição global do dólar como moeda de reserva

O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , reiterou nesta sexta-feira (18/7) sua crítica ao Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e afirmou que o grupo “acabaria rapidamente” caso se tornasse uma força comercial significativa. Ele também anunciou que impedirá a criação de uma moeda digital do banco central norte-americano .

“Quando ouvi sobre esse grupo do Brics, basicamente formado por seis países, eu os ataquei com muita força. E se algum dia eles realmente se formassem de modo significativo, isso acabaria muito rapidamente. Nunca podemos deixar ninguém brincar conosco”, afirmou Trump, sem citar os nomes dos países que compõem o bloco.

Nova tarifa de 10% para membros do Brics

Trump anunciou no início do mês uma tarifa de 10% sobre importações de países que adotarem políticas “antiamericanas” dentro do Brics. O objetivo é pressionar membros do bloco a não adotarem sistemas de pagamento alternativos ou moedas locais que possam ameaçar a hegemonia do dólar como moeda de reserva global .

O presidente reforçou que nunca permitirá a criação de uma moeda digital do Federal Reserve (BC dos EUA) , reafirmando seu compromisso com o valor e a posição do dólar no sistema financeiro internacional.

Expansão do Brics e tentativa de autonomia comercial

O Brics, que expandiu sua composição em 2024 com a entrada de Irã, Indonésia e outros países , tem discutido a criação de mecanismos de pagamento alternativos, como o Brics Pay , que permitiria negócios entre os membros utilizando moedas locais . A ideia é reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais.

O Brasil, que preside o bloco este ano, rejeitou propostas por uma moeda comum , mas apoia a criação de sistemas de pagamento regionais e acordos de cooperação financeira entre os membros.

Cúpula do Brics critica políticas comerciais dos EUA

Durante a cúpula do Brics realizada no Brasil, líderes do bloco fizeram críticas indiretas às políticas comerciais e militares dos Estados Unidos , reforçando a necessidade de diversificação financeira global . A posição do grupo contrasta com a visão de Trump, que considera o bloco uma ameaça à economia norte-americana.

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Brasil enfrenta tarifa de 50% sobre exportações para os EUA

Além da tarifa de 10% sobre membros do Brics, Trump anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros , que entrará em vigor a partir de 1º de agosto . O governo brasileiro rejeitou a medida, classificada como protecionista e injustificada , e informou que responderá com medidas de reciprocidade .

A Câmara de Comércio dos EUA e a AmCham Brasil já emitiram comunicados conjuntos pedindo negociações para evitar escalada comercial . Segundo especialistas, a medida pode impactar setores como agropecuário, metalúrgico e têxtil , que têm forte presença no mercado norte-americano.

Trump critica o multilateralismo do Brics

Trump também criticou a abordagem multilateral do Brics, que tem sido apontada como uma alternativa aos fóruns tradicionais como o G7 e o G20 , hoje marcados por divisões. Para o presidente dos EUA, o bloco representa uma tentativa de minar a influência americana no comércio e na diplomacia global.

Apesar das críticas, o Brics tem ampliado sua influência, com negociações avançadas para incluir novos membros e fortalecer cooperação em energia, tecnologia e segurança.


Com informações:  Terra 

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Mundo

Vulcão Bezymianny, na Rússia, se recupera e pode atingir altura pré-colapso em 2035

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O vulcão russo Bezymianny, um estratovulcão na Península de Kamchatka, lançou uma nuvem de cinzas a 10 quilômetros de altura no final de novembro. A erupção faz parte de um processo contínuo de crescimento da montanha após seu colapso catastrófico em 1956. Um estudo de 2020 descobriu que, devido a erupções contínuas, o vulcão deve atingir sua altura original — pelo menos 3.113 metros — entre os anos 2030 e 2035

O Crescimento Rápido Pós-Colapso 🌋

Em 30 de março de 1956, uma enorme erupção destruiu o flanco do Bezymianny, transformando o pico em um anfiteatro rochoso em forma de ferradura. Quase imediatamente, a montanha começou a se reformar com o surgimento de uma cúpula de lava.

  • Taxa de Crescimento: Entre 1956 e 2017, o vulcão adicionou uma média de 26.400 metros cúbicos de rocha por dia.

  • Observação Científica: Vulcanologistas do Instituto de Vulcanologia e Sismologia de Kamchatka, Alexander Belousov e Marina Belousova, destacaram o crescimento surpreendentemente rápido da nova estrutura vulcânica.

  • Atividade Atual: Atualmente, o vulcão produz algumas erupções explosivas por ano. O evento de final de novembro, além da nuvem de cinzas, gerou fluxos piroclásticos (avalanches quentes de gás e rocha), conforme relatado pelo Programa Global de Vulcanismo do Smithsonian.

Estabilidade e o Risco de Novo Colapso ⚠️

O crescimento do Bezymianny é impulsionado por dois tipos de erupções:

  1. Erupções Explosivas: Lançam cinzas e gás.

  2. Erupções Efusivas: Fluxos de lava não explosivos que se acumulam e reconstroem a forma cônica do estratovulcão.

À medida que o vulcão se aproxima de sua altura anterior a 1956, a estabilidade de suas encostas torna-se uma questão crucial para os pesquisadores. Belousov e Belousova alertam que edifícios vulcânicos semelhantes, localizados dentro de crateras em forma de ferradura, podem sofrer novo colapso em grande escala e, como resultado, uma erupção explosiva de grandes proporções.

O monitoramento contínuo por satélite e em campo permite que os vulcanologistas obtenham conhecimentos essenciais para fazer previsões de longo prazo sobre o comportamento de outros vulcões que sofreram colapsos significativos.


Com informações: Live Science

 

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Brasil

EUA retiram Alexandre de Moraes e familiares da lista da Lei Magnitsky após pressão diplomática

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Washington / Brasília — O governo dos Estados Unidos decidiu retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, bem como membros de sua família, da lista de sanções da Lei Global Magnitsky, encerrando um episódio que provocou forte repercussão política, jurídica e diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

A decisão, formalizada pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), do Departamento do Tesouro norte-americano, representa a revogação de restrições que incluíam congelamento de ativos, limitações financeiras e possíveis restrições de visto, aplicadas anteriormente sob alegações de violações de direitos humanos.

 Análise jurídica internacional

Ouvida pelo Fato Novo, a advogada Bell Ivanesciuc, especialista em Direito Internacional, Governança, Compliance e Sanções Econômicas, explicou que a retirada do nome de Moraes da lista Magnitsky possui forte significado jurídico e diplomático.

“A Lei Magnitsky é um instrumento extremamente sensível do direito internacional contemporâneo. Quando um nome é incluído, há um juízo político-jurídico de violação grave de direitos humanos. Quando esse nome é retirado, o recado é igualmente claro: houve reavaliação dos fundamentos, do contexto ou da conveniência diplomática”, afirmou Ivanesciuc.

Segundo a jurista, a revogação não significa, necessariamente, um julgamento de mérito favorável ou desfavorável ao ministro brasileiro, mas reflete uma mudança de postura estratégica do governo americano, especialmente em cenários de rearranjo geopolítico.

“Sanções internacionais não são apenas jurídicas, são instrumentos de política externa. A retirada indica que os Estados Unidos optaram por reduzir tensões institucionais com o Brasil e preservar canais de cooperação”, acrescentou.

Contexto das sanções

Alexandre de Moraes havia sido incluído na lista da Lei Magnitsky sob acusações relacionadas a supostos abusos de poder e restrições a direitos fundamentais no âmbito de investigações judiciais de grande repercussão política no Brasil. Posteriormente, familiares e entidades vinculadas ao seu entorno também passaram a figurar entre os sancionados.

A medida gerou reação imediata do governo brasileiro, que classificou a sanção como ingerência externa na soberania nacional e na independência do Poder Judiciário.

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Recuo estratégico e impacto bilateral

Para Bell Ivanesciuc, a decisão americana deve ser interpretada dentro de um contexto mais amplo de recomposição diplomática.

“O uso da Magnitsky contra autoridades judiciais de países democráticos é sempre controverso. Ao recuar, os EUA sinalizam preocupação com os efeitos colaterais institucionais e com a estabilidade das relações bilaterais”, analisou.

A advogada também destaca que o episódio serve de alerta para autoridades públicas e privadas:

“Casos como esse mostram que decisões internas podem ter repercussões internacionais diretas. O compliance institucional, a governança e o respeito a tratados internacionais nunca foram tão relevantes”, concluiu.

O que é a Lei Magnitsky, explica Dra Bell Ivanesciuc

A Lei Global Magnitsky autoriza os Estados Unidos a impor sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas de direitos humanos. As penalidades incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada em território americano.


Por Bell Ivanesciuc

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Mundo

Síria celebra 1º aniversário da queda de Assad marcada por conservadorismo sunita e perseguição a minorias

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Damasco celebrou o primeiro aniversário da queda de Bashar al-Assad com grandes festividades na Praça dos Omíadas, em 8 de dezembro de 2025. O evento, marcado por discursos oficiais e desfiles militares, refletiu a orientação do atual governo interino, formado a partir do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), de conservadorismo sunita. Reportagem de Opera Mundi destacou que a celebração foi dominada por blocos tribais e membros da maioria sunita, contrastando com a diversidade vista em 2024, e registrou a circulação de indivíduos portando o brasão do grupo Estado Islâmico.

Sectarismo e a Nova Ordem em Damasco 🇸🇾

O perfil do público na celebração evidenciou a crescente tonalidade religiosa e sectária do novo poder. Músicas religiosas e a repetição de “Allahu Akbar” ecoavam, reforçando a identidade político-religiosa do governo interino.

  • Falta de Unidade: Apesar da mensagem oficial de “uma Síria, um povo” em outdoors, a reportagem documentou, ao longo de 2025, a perseguição sistemática e massacres contra minorias sectárias, especialmente alauítas e drusos.

  • Massacre Alauíta: A minoria alauíta — à qual pertence a família Assad e que, apesar de historicamente ligada ao antigo regime, vivia em grande parte na pobreza — foi alvo de uma onda de vinganças sectárias, atingindo o ápice em março de 2025 nas regiões de Latakia e Tartus, no que o Observatório Sírio para Direitos Humanos chamou de “verdadeira chacina”. O governo interino frequentemente rotula os autores desses massacres como “grupos não identificados”.

Drusos e a Manipulação Israelense 🇮🇱

Os drusos, minoria no sul do país, também se tornaram alvo de violência, que atingiu o auge em julho de 2025 na região de Al-Suwayda, com confrontos intensos e a falta de intervenção das Forças de Segurança interinas.

  • Intervenção de Israel: Sob o argumento de proteger a minoria drusa, Israel realizou ataques aéreos em Al-Suwayda e bombardeios em Damasco, inclusive contra o Ministério da Defesa e áreas próximas ao Palácio Presidencial.

  • Análise Política: O jornalista Iyad Khleif explica que Israel busca manipular tensões sectárias ao se colocar como protetor de minorias. Isso visa legitimar seu caráter religioso e aprofundar a fragmentação, o que, segundo o comentarista, apenas alimenta conflitos em vez de garantir a segurança.

  • Vítimas: Os confrontos, execuções e ataques aéreos em Al-Suwayda resultaram em mais de 1.100 mortos em julho, incluindo civis e jornalistas.


Com informações: Opera Mundi

 

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