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Meio Ambiente

Usina para transformar água do mar em água para beber será construída em SP

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Cidade foi escolhida para receber usina em função dos problemas de abastecimento (Imagem: divulgação/Prefeitura de Ilhabela)

A partir de 2026, São Paulo deve contar com a primeira usina de dessalinização do estado. A construção será erguida nas margens do Ribeirão Água Branca, um curso de água salobra visível perto da balsa e localizado no município de Ilhabela.

Usina de dessalinização

Depois de pronta, a usina deve captar 40 litros de água salgada por segundo, além de processar e liberar pelo menos 20 litros por segundo de água potável para 8 mil habitantes do município, o equivalente a quase um quarto da população.

O edital do governo prevê que a tecnologia empregada “será necessariamente de osmose reversa, precedida de pré-tratamento por ultrafiltração ou outra tecnologia com eficiência equivalente ao propósito da solução e comprovada pela empresa proponente”. Este é um processo no qual é aplicada alta pressão a um volume de água do mar. A água passa através de uma membrana e se obtém água limpa sem que partículas de sal fiquem presas no outro lado da membrana.

Depois de retirado o sal, a água passa por um tratamento de remineralização e está pronta para o consumo humano. Já a salmoura resultante do processo é diluída – para evitar concentrações de sal – e devolvida ao ponto de captação.

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Os interessados têm até o dia 25 de junho deste ano para apresentar propostas. A previsão inicial é que a usina seja implantada em 2026. A empresa vencedora também terá que construir um centro de educação ambiental, com auditório, painéis fotovoltaicos e altura máxima de 8 metros, numa área total de 280 metros quadrados. As informações são do G1.

A escolha de Ilhabela
  • A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) defende que a construção da usina de dessalinização é necessária em função da quantidade limitada de água oferecida pelos mananciais em Ilhabela.
  • A cidade enfrenta problemas no abastecimento e a prefeitura reclama da qualidade dos serviços presados pela Sabesp, ameaçando inclusive romper o atual contrato.
  • Ilhabela é o munícipio onde os moradores têm, proporcionalmente, o menor acesso a abastecimento adequado do recurso no estado de São Paulo.
  • Localizada no Litoral Norte paulista, a cidade é formada por 19 ilhas.
  • A beleza das praias faz com que a população de 35 mil habitantes seja multiplicada por 20 durante a alta temporada.
  • E é justamente nesse período que os problemas de distribuição de água ficam mais evidentes.

Fato Novo com informações: Olhar Digital

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1 Comentário

1 Comentário

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    5 de julho de 2024 no 14:57

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Distrito Federal

Pesquisa alerta para riscos da poluição na saúde dos brasilienses

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Capitaneado pelo professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Henke, Projeto Prometeu avalia as consequências da poluição causadas pelas queimadas e a necessidade de mais rigor na proteção ambiental

A olho nu e na garganta não houve quem não sentisse o impacto do incêndio que massacrou o Parque Nacional de Brasília, nesta semana. Detido em dados físicos, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Henke (do Departamento de Ecologia) foi a campo, tão logo dos primeiros efeitos do agravamento da respiração para os brasilienses. O intuito foi abastecer de dados o Projeto Prometeu, e, na observância da relação entre incêndios florestais e poluição urbana, o pesquisador teve por meta alertar sobre a “ponta do iceberg” na condição alarmante atual e a necessidade da valorização dos órgãos ambientais, capacitados a antever padrões de clima urbano.

Preocupante, mas não alarmista, foi parte do resultado: índice para a aferição de poluição estimado a gravitar até 40 microgramas por metro cúbico de material particulado fino, a pontuação teve picos de elevação para mais de 900 no DF. Mesmo seis dias depois do incêndio, há reflexos com índice que chega a 164.


“A fumaça das queimadas é muito nociva. O material particulado pode trazer em si muitas coisas, desde vírus, poeiras, argila, fuligem. Há possibilidade de chegar aos alvéolos pulmonares e até atingir cérebro ou tecidos cardíacos. Crianças com asma sofreram, os valores tornaram agudos efeitos em pessoas com comorbidades”, exemplifica Carlos Henke. A exposição por curto período, ao cenário desolador da capital, amenizou a situação, pelo que pontua o professor.


Cancelamento de aulas, desperdício de alimentos no comércio (dada a restrição de consumidores) e exposição de bombeiros (na esfera civil) com inexistência de insalubridade são elencados, para além dos impactos na biodiversidade. Distante do modelo do sistema Purple Air (fixo), implementado em escola pública da 115 Norte, as aferições da equipe de Henke aderiram à circulação, com uso da sonda meteorológica Obá por circuito da cidade — contemplando UnB, trecho da EPIA, Eixo Monumental e trechos da W3. Foi a primeira do Projeto Prometeu nesta escala.

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Impacto regional

Os índices do experimento tratam de uma exceção em cena atípica da degradação da qualidade do ar. Um sinal preocupante está no fato de o quadro pintado não estar exclusivamente associado à situação no DF — complicações de focos de outras áreas do país afetaram os dados (e seguem impactando). “Não se trata de uma situação pontual, estende-se para o regional. É uma circunstância que não pode ser ignorada, para que o pior não venha a ocorrer”, explica o ecólogo.

Junto com as medidas de material particulado fino, a pesquisa também traçou o comportamento dos valores de monóxido de carbono (gás capaz de ocasionar mortes). Brasília chegou a registrar praticamente a décima parte de situações dadas como intoleráveis. “Dá para se ficar esperto: houve índices de 10 partes por milhão. Numa atmosfera dada como ideal, a quantidade é de 0.5 ppm. O aceitável em um padrão urbano é de 2 ppms. A 9 ppms, a Organização Mundial da Saúde orienta que um cidadão fique exposto, ao máximo, em oito horas”, observa Carlos Henke. A exposição circunstancial bateu a casa das duas horas e meia, no índice 10 ppms.

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Brasil

Sol laranja e céu vermelho? Professores explicam o fenômeno

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Alexandre Groth, professor de Geografia e André Coelho, docente de Física, da Plataforma Professor Ferretto esclarece o evento climática que tem acontecido no Brasil

Nas últimas semanas um fenômeno tem chamado a atenção da população de grande parte do Brasil. O sol tem se mostrado com um tom alaranjado, quase vermelho e, embora a coloração seja bonita, gerando belas fotos, por trás deste acontecimento há um ponto alarmante.

Um bloqueio atmosférico ao sul do país e a presença de uma massa de ar seco, chamada massa tropical continental, estão provocando uma crise ambiental significativa, que afeta o ar atmosférico de parte do país. “Esse bloqueio impede a chegada de frentes frias e intensifica a seca no Brasil central e no sul, criando condições ideais para o aumento das queimadas”, explica o Professor de Geografia Alexandre Groth.

Mas o que isso significa? Segundo o docente, as queimadas, muitas vezes causadas por práticas agropecuárias, estão se multiplicando devido ao clima seco, “A fuligem e outros poluentes das queimadas estão se espalhando pela atmosfera, criando uma impressionante tonalidade alaranjada no céu”. Nos últimos dias, sites de monitoramento estão alertando para baixa qualidade de ar, de acordo com o IQAir, o ar da região metropolitana de São Paulo foi classificado como muito ruim por dias consecutivos.

O professor de Física, André Coelho da Plataforma Professor Ferretto, explica que a tonalidade do céu, “Durante o pôr do Sol, ele está mais próximo do horizonte, o que significa que a luz solar tem que atravessar uma camada maior de atmosfera antes de chegar aos nossos olhos. Ao atravessar a camada atmosférica ocorre uma dispersão (espalhamento) da luz em diferentes direções “, diz. “A presença de partículas em suspensão na atmosfera, tais como poeiras, aerossóis, fumaça ou poluentes, pode afetar a cor do céu durante o pôr do Sol intensificando os tons laranja e avermelhados do céu”, completa o docente.

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Infelizmente, o impacto da poluição é muito maior do que apenas a coloração do céu: “O ar extremamente seco eleva as temperaturas diurnas, tornando o calor ainda mais intenso e potencializando as queimadas. À noite, embora as temperaturas possam cair, o calor extremo do dia e a poluição persistente geram um ambiente perigoso para a saúde e o meio ambiente” ressalta Groth.

O sol laranja e o céu vermelho são sinais de uma crise ambiental em crescimento. “Fique atento às condições climáticas e às ações necessárias para enfrentar essa situação. O que estamos vendo no céu pode ser apenas a ponta do iceberg de um problema muito maior”, finaliza o professor de Geografia.


Fonte: Make Buzz Comunicação

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Meio Ambiente

Cerrado: desmatamento emite 135 milhões de toneladas de CO2 desde 2023

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Levantamento é do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

O desmatamento no Cerrado gerou a emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2, de janeiro de 2023 a julho de 2024. O volume que corresponde a 1,5 vezes o total produzido pela indústria brasileira a cada ano. 

Levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e divulgado hoje (18). Os dados foram obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia e compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses, a fim de observar se houve derrubada de árvores.

Segundo maior bioma do país e altamente diverso, o bioma é formado por três tipos de vegetação: a savânica, que predomina e foi a mais destruída no período, a florestal e a campestre.

As formações savânicas do Cerrado, que compõem 62% da vegetação do bioma, responderam por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas no intervalo analisado. As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas.

Mais uma vez, o Ipam evidenciou a catástrofe que o desmatamento na região apelidada de Matopiba – que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia –  tem representado para o bioma. Os casos de incêndio nessas unidades federativas são o motivo da distribuição de 108 milhões de toneladas de gás carbônico, espalhadas na atmosfera.

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O volume corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

Na lista da Matopiba, o estado com o maior volume de dióxido de carbono liberado foi Tocantins, com mais de 39 milhões de toneladas. No total, 273 mil hectares foram desmatados, e, tanto em 2023 como em 2024, a unidade federativa liderou o ranking de emissões provenientes da derrubada de formações savânicas e florestais, que acabaram representando, juntas, 98% do total do estado.

Em segundo lugar, aparece o Maranhão, com 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono expelidas e 301 mil hectares de vegetação nativa devastada. Conforme salienta o Ipam, o estado também lidera as emissões originadas pelo desmatamento de formações campestres (6 milhões de toneladas).

Dentro da sigla que compreende os quatro estados, estão Bahia, em terceira posição na lista, com 24 milhões de toneladas, e Piauí, por último, com 11 milhões.

A relação de estados que abrangem o bioma segue com Minas Gerais (6,9 milhões), Mato Grosso (6 milhões), Goiás (5,7 milhões), Mato Grosso do Sul (3,2 milhões), Pará (1,9 milhões), Rondônia (220 mil), Distrito Federal (81 mil) e São Paulo (2 mil). No Paraná, nada foi detectado no período.

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Fato Novo com informações: Agência Brasil

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