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Valas comuns levantam preocupações sobre possíveis crimes de guerra em Gaza

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Valas comuns levantam preocupações sobre possíveis crimes de guerra em Gaza

Pelo menos 283 corpos foram recuperados no Hospital Nasser; dezenas ainda não foram identificados; chefe de direitos humanos da ONU faz apelo por investigações independentes sobre as mortes

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas considera inquietantes os relatos sobre a descoberta de valas comuns com dezenas de corpos em Gaza.

O alto comissário de direitos humanos da ONU, Volker Turk, expressou “horror face à destruição dos hospitais Nasser e Al-Shifa e à alegada descoberta de valas comuns”.

238 cadáveres achados no Hospital 

Ele alertou que “o assassinato intencional de civis, detidos e outras pessoas que estão fora de combate é um crime de guerra”. Turk lançou um apelo por investigações independentes sobre as mortes.

Uma nota emitida nesta terça-feira, em Genebra, cita vítimas palestinas “despidas e com as mãos amarradas”, levantando novas preocupações sobre possíveis crimes de guerra que teriam sido cometidos na sequência dos ataques aéreos israelenses.

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O escritório descreve centenas de corpos “enterrados profundamente no solo e cobertos de resíduos” durante o final de semana no Hospital Nasser em Khan Younis, no centro, e no Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza, no norte. Foram recuperados 283 cadáveres no Hospital Nasser, dos quais 42 identificados.

Hospital Al Shifa, no norte de Gaza, está em ruínas

Unicef/Sonia Silva – Hospital Al Shifa, no norte de Gaza, está em ruínas

Incursão militar

De acordo com a porta-voz do escritório, Ravina Shamdasani, os corpos das vítimas incluem idosos, mulheres e vários feridos, enquanto outros foram encontrados amarrados com as mãos atadas e despidos.

A representante mencionou relatos de autoridades de saúde em Gaza, dando conta de cadáveres achados no Hospital Al-Shifa. O complexo hospitalar era a principal instalação terciária de saúde antes do início da guerra na área, em 7 de outubro.

No início deste mês, terminou uma incursão militar israelense alegadamente realizada para conter a operação de membros do Hamas dentro do hospital. Duas semanas após os intensos confrontos, funcionários humanitários compararam as instalações Hospital Al-Shifa a “uma concha vazia”, com a maior parte do equipamento reduzido a cinzas.

Destruição dos hospitais Nasser e Al-Shifa

Pelas notas do escritório, pelo menos 30 corpos de palestinos foram enterrados em duas covas no pátio do local, uma diante do prédio de emergência e as outras em frente ao edifício de diálise”.

Shamdasani destacou haver corpos de 12 palestinos que foram agora identificados nestes locais em Al-Shifa, mas a identificação ainda não foi possível para os restantes.

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O escritório destaca relatos afirmando que alguns corpos tinham as mãos amarradas. Shamdasani acrescentou que poderia haver “muito mais” vítimas, “apesar da alegação das Forças de Defesa de Israel de terem matado 200 palestinos durante operação do complexo médico al-Shifa”.

Mundo

Papa Francisco condena ataques de Israel que vão “além da moralidade”

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Chefe da Igreja Católica tem feito apelos pelo fim do conflito

Questionado neste domingo sobre os ataques aéreos israelenses no Líbano que mataram o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, assim como não combatentes, o Papa Francisco criticou os ataques militares que, segundo ele, vão “além da moralidade”.

No voo de volta para Roma da Bélgica, o pontífice disse que os países não podem “exagerar” no uso de suas forças militares.

“Mesmo na guerra, há uma moralidade a salvaguardar”, disse. “A guerra é imoral. Mas as regras da guerra dão a ela alguma moralidade.”

Ao responder perguntas sobre os últimos ataques de Israel durante uma coletiva de imprensa dentro do avião, o papa de 87 anos disse: “A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando há algo desproporcional, você vê uma tendência de dominação que vai além da moralidade.”

Na posição de líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo, Francisco frequentemente faz apelos pelo fim de conflitos violentos, mas normalmente tem cuidado para não parecer que está apontando agressores. Ele tem falado mais abertamente nas últimas semanas sobre as ações militares de Israel em sua guerra de quase um ano contra o Hamas.

Na semana passada, o papa disse que os ataques aéreos israelenses no Líbano eram “inaceitáveis” e pediu à comunidade internacional que fizesse todo o possível para interromper o combate. Em uma coletiva de imprensa em 28 de setembro, ele condenou as mortes de crianças palestinas em ataques israelenses em Gaza.

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Francisco afirmou neste domingo que fala ao telefone com membros de uma paróquia católica em Gaza “todos os dias”. Ele disse que os paroquianos contam sobre as condições no local e “também a crueldade que está acontecendo lá”.

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Fato Novo com informações e imagens: Reuters e Agência Brasil.

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Brasil

Dilma recebe medalha de presidente chinês Xi Jinping

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Medalha da Amizade é maior honraria chinesa

A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu neste domingo (29) a Medalha da Amizade da China, maior honraria concedida pelo governo do país a um estrangeiro, por contribuições à modernização do país asiático, segunda maior economia do planeta, atrás dos Estados Unidos.

Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, com sede em Xangai, desde 2023.

A honraria foi assinada e concedida pelo presidente chinês Xi Jinping, por ocasião do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.

“Eu me sinto muito honrosa e orgulhosa por receber a Medalha da Amizade de um país que tem uma história milenar e que hoje obteve realizações tão importantes”, disse a presidente do NBD, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.


“Dificilmente em algum momento no passado um país conseguiu se transformar em 75 anos na segunda maior economia do mundo, no país que conseguiu elevar o nível educacional do seu povo para competir com os níveis dos países desenvolvidos, (no país) que lidera hoje em ciência e tecnologia e na aplicação de inovações em todos os campos e áreas, especificamente na indústria”, acrescentou a ex-presidente brasileira.


Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial e uma importante origem de investimentos para o Brasil, que, por sua vez, é o maior parceiro comercial do país asiático na América Latina.

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Em agosto, Brasil e China celebraram o 50º aniversário das relações diplomáticas.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Mundo

Governo condena ataques no Líbano e diz para brasileiros deixarem área

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Israel intensificou campanha militar contra Hezbollah na última semana

O governo brasileiro condenou nesta segunda-feira (23) “nos mais fortes termos” os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa. O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixem a área conflagrada. 

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah, mas Israel intensificou sua campanha militar na última semana. Somente hoje, os ataques causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1,6 mil feridos.

Em nota, o Itamaraty lamentou as declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressou “grave preocupação” diante das exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.


“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”.


Assistência

Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute continua prestando assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente.

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“O governo brasileiro acompanha com preocupação e atenção o impacto do conflito para a comunidade”.

Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).


Fato Novo com informações da Agência Reuters e Agência Brasil

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