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Comportamento

O poder transformador de um ‘não’ bem-dito

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No livro ‘Diga “NÃO!”: Estabeleça e Defenda Seus Limites’, o psiquiatra Luiz Alberto Hetem explora por que a dificuldade em se posicionar está ligada ao medo de desagradar e como a autonomia emocional é um ato de responsabilidade e autocuidado.


O psiquiatra Luiz Alberto Hetem, autor do livro ‘Diga “NÃO!”: Estabeleça e Defenda Seus Limites’ (editora Novo Século), aborda o desafio universal de estabelecer e sustentar limites na vida adulta. Segundo o autor, a dificuldade em dizer “não” decorre do medo de desagradar, do receio de parecer egoísta e de inseguranças que são moldadas por padrões culturais desde a infância.

Hetem explica que, por trás do “sim” automático, reside o desejo de ser aceito. Contudo, essa tentativa de agradar a todos frequentemente resulta no autoabandono.

“Por trás do medo de dizer ‘não’ existe, quase sempre, o desejo de ser aceito. O problema é que, ao tentar agradar todo mundo, acabamos nos perdendo de nós mesmos”, afirma Hetem.

O ‘Não’ que Organiza e Liberta

O livro propõe uma reflexão acolhedora sobre como se posicionar com firmeza, mas sem agressividade. Para o autor, o objetivo não é criar uma postura rígida, e sim equilibrada.

  • Saúde Emocional: Dizer “não” com serenidade é um ato libertador e uma forma de preservar a saúde emocional.

  • Responsabilidade: Negar um pedido não significa falta de amor, mas sim um ato de responsabilidade consigo mesmo. Hetem enfatiza que “O ‘não’ bem-dito não fere, organiza. Ele coloca cada coisa em seu lugar e evita que pequenas concessões diárias se transformem em grandes frustrações”.

A obra é estruturada para ser prática, utilizando personagens e situações comuns do cotidiano para guiar o leitor na construção da autonomia emocional.

O livro ‘Diga “NÃO!”: Estabeleça e Defenda Seus Limites’ está em pré-venda e tem lançamento oficial previsto para janeiro.


Com informações: Predicado Comunicação

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Comportamento

Psicóloga explica como o ideal social de um dezembro perfeito intensifica ansiedade, luto e frustrações

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A psicóloga e psicanalista Camila Grasseli aborda o fenômeno da “dezembrite” e o papel das redes sociais em transformar o balanço de fim de ano em um gatilho para a tristeza e a sensação de inadequação

O mês de dezembro, com seu ritmo acelerado de festas, confraternizações e a pressão por metas cumpridas e promessas de renovação, pode se converter em um período de grande tormento emocional para muitas pessoas. Esse fenômeno, já apelidado de “dezembrite” no brasil, descreve os efeitos da “depressão de fim de ano” intensificados pela exigência social de felicidade e bem-estar.

A psicóloga e psicanalista Camila Grasseli, professora do centro Universitário UniBH, explica que a necessidade de se encaixar nesse padrão de festividades ensolaradas gera sofrimento.

  • Balanço e Ausências: A especialista destaca que os últimos dias de dezembro provocam um balanço de todo o ano. Nesse momento, “as ausências, projetos não concluídos, perda de entes queridos e frustrações ficam mais evidentes”, atuando como gatilhos para tristeza e solidão.

  • Redes Sociais e Contraste: As redes sociais intensificam a sensação de inadequação, ao exibirem um “Natal perfeito” com mesas fartas e famílias sorridentes, o que não condiz com a realidade de quem vive lutos, separações ou a simples distância física de familiares.

  • Luto e Frustração: Para quem está enlutado ou fragilizado, passar por essas datas é como abrir uma ferida não cicatrizada, o que pode agravar a dor. As pressões culturais e as expectativas por vivências perfeitas criam um terreno fértil para a ansiedade e a depressão.

Sinais de Alerta e Recomendações

A persistência do desânimo após as festas (uma tristeza contínua em janeiro), a sensação de incapacidade, a falta de interesse por atividades cotidianas e o agravamento de sintomas como sono perturbado ou angústia intensa são sinais de que o sofrimento pode não ser apenas passageiro.

A psicóloga oferece duas recomendações principais para proteger a saúde mental:

  1. Não-Obrigatoriedade: “Não se obrigue a participar de festas ou encontros natalinos ou de réveillon, caso não esteja com vontade. A não-obrigatoriedade que a gente se impõe pode ser extremamente saudável.”

  2. Busque Alternativas: Para quem estará sozinho, a sugestão é buscar uma reunião com amigos ou colegas que compartilham o mesmo espírito, priorizando o que se deseja fazer, sem forçar sorrisos ou seguir convenções sociais.

Camila Grasseli lembra que, embora a “dezembrite” não seja um diagnóstico clínico, o desconforto emocional que se repete anualmente merece atenção profissional para que o indivíduo possa “entender o que está por trás desses sentimentos” e legitimar sua dor.


Com informações: Centro Universitário UniBH

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Comportamento

Obesidade abdominal e perda de massa muscular elevam risco de morte em 83% após os 50 anos

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Estudo brasileiro, em parceria com a University College London, alerta para a urgência do diagnóstico precoce da obesidade sarcopênica usando métodos simples e acessíveis.


Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da UFSCar e da University College London revelou que a combinação de obesidade abdominal e perda de massa muscular (condição conhecida como obesidade sarcopênica ou síndrome da fragilidade) aumenta o risco de morte em 83% em indivíduos com 50 anos ou mais. O estudo acompanhou 5.440 participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) por 12 anos.

A Preocupação com a Obesidade Sarcopênica ⚠️

A obesidade sarcopênica combina a perda de massa muscular com o aumento da gordura corporal e está associada a quedas, comorbidades e à redução da capacidade funcional dos idosos, comprometendo sua autonomia e qualidade de vida.

  • Relação Inflamatória: A pesquisadora Valdete Regina Guandalini explica que “o excesso de gordura intensifica processos inflamatórios que comprometem diretamente o tecido muscular, prejudicando suas funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais.”

  • Risco da Combinação: Curiosamente, o estudo mostrou que indivíduos com obesidade abdominal isolada, mas com massa muscular adequada, não apresentaram risco maior de morte. A baixa massa muscular isolada, inclusive, reduziu o risco em 40%. A condição de maior risco é a combinação das duas condições.

Métodos Simples de Diagnóstico 🩺

Tradicionalmente, a obesidade sarcopênica é diagnosticada por exames complexos e caros, como bioimpedância ou densitometria. No entanto, o estudo comprovou que métodos simples e acessíveis podem ser eficazes na detecção precoce:

  • Medição da Circunferência Abdominal: Circunferência >$102\text{ cm}$ para homens e >$88\text{ cm}$ para mulheres.

  • Estimativa da Massa Magra: Utilização de equações clínicas que consideram idade, sexo, peso, altura e raça. (Baixa massa muscular foi definida como índice de massa muscular esquelética $<9,36\text{ kg/m}^2$ para homens e $<6,73\text{ kg/m}^2$ para mulheres).

  • Avaliação Periódica: Rastreamento de alterações ao longo do tempo.

O professor Tiago da Silva Alexandre, um dos autores do estudo, afirma que intervenções precoces, como acompanhamento nutricional e exercícios físicos, podem ser implementadas a partir desse diagnóstico simples, melhorando a saúde e prolongando a vida das pessoas com 50 anos ou mais.


Com informações: Olhar Digital

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Comportamento

Estudo coloca humanos entre as espécies de mamíferos mais monogâmicas socialmente

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Pesquisa comparou dados genéticos humanos com 34 outras espécies, revelando que a nossa espécie ocupa a sétima posição no ranking de monogamia reprodutiva

Um novo levantamento conduzido pelo antropólogo evolucionista Mark Dyble, da universidade de Cambridge, reacendeu o debate sobre o grau de monogamia na espécie humana. O pesquisador comparou dados genéticos e etnográficos de sociedades atuais e antigas com informações de 34 espécies de mamíferos. O resultado surpreendeu: os seres humanos figuram entre os grupos mais monogâmicos socialmente já estudados, alcançando a sétima posição entre as espécies classificadas nesta categoria.

A pesquisa, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, utilizou um indicador simples e direto para medir a monogamia reprodutiva: a proporção entre irmãos completos (que compartilham pai e mãe) e meio-irmãos. Quanto maior essa proporção, maior a probabilidade de o sistema social favorecer relacionamentos estáveis. Por esse critério, os humanos apresentaram cerca de 66% de irmãos completos, um índice considerado elevado em comparação com outros mamíferos.

Para chegar a essa conclusão, Dyble desenvolveu um modelo computacional que integrou dados genéticos recentes com informações arqueológicas e relatos etnográficos de 103 populações humanas abrangendo 7 mil anos de história. Os números obtidos colocam os humanos ao lado de animais como gibões e castores — conhecidos por relações duradouras — e bem acima de primatas famosos pelo comportamento competitivo e promíscuo:

  • Gorilas: 6% de irmãos completos.

  • Chimpanzés: 4%.

  • Macacos-japoneses: 2,3%.

Uma exceção notável é o sagui-de-bigode, que, devido às gestações frequentes de gêmeos, apresenta cerca de 78% de irmãos completos, sendo um dos mais monogâmicos entre os mamíferos avaliados.

O estudo sublinha que a monogamia humana não se limita ao vínculo isolado entre casais. Diferentemente da maioria das espécies socialmente monogâmicas, que formam núcleos familiares pequenos e rígidos, os humanos vivem em comunidades amplas nas quais várias mulheres podem ter filhos dentro de grupos estáveis e cooperativos. A única espécie com estrutura social comparável é a mara-da-patagônia.

Dyble argumenta que a monogamia humana provavelmente surgiu dentro de grupos sociais maiores, e não a partir de pares isolados, o que contraria o padrão evolutivo mais comum entre mamíferos. A pesquisa reforça que o levantamento considera apenas a monogamia reprodutiva, e não a sexual, já que práticas culturais, controle de natalidade e normas sociais tornaram a reprodução humana independente da vida sexual.

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Com informações: Revista Fórum

 

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