Conecte-se conosco

Saúde

Apneia obstrutiva do sono: como reduzir seus efeitos e melhorar a qualidade do sono

Publicado

em

Distúrbio pode ser controlado por meio de mudanças no estilo de vida e tratamentos específicos, como o CPAP, cirurgia e a fonoterapia, melhorando a qualidade de vida e prevenindo complicações graves, como doenças cardiovasculares

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio que afeta milhares de pessoas, caracterizado por pausas respiratórias repetitivas durante o sono, levando à fragmentação do descanso e a possibilidade de consequências graves, como problemas cardiovasculares e metabólicos. Os sintomas ainda incluem ronco persistente, sonolência excessiva durante o dia, sensação de sono não reparador, dor de cabeça pela manhã e dificuldade de concentração. No Brasil, um estudo realizado na cidade de São Paulo, o EPISONO, revelou que quase 33% da população paulistana sofre de AOS, com uma prevalência ainda maior entre os idosos.

Segundo o Dr. Nilson André Maeda, otorrinolaringologista e médico do sono do Hospital Paulista, “o manejo adequado da apneia obstrutiva do sono é fundamental não só para melhorar a qualidade de vida do paciente, mas também para evitar complicações mais graves, como hipertensão e doenças cardíacas”. Para quem sofre de AOS, adotar estratégias tanto gerais quanto específicas pode ajudar a reduzir os impactos da doença.

Entre as medidas gerais, o especialista destaca a importância de manter uma boa higiene do sono, que envolve criar uma rotina regular de sono e garantir um ambiente propício ao descanso. “Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e sedativos antes de dormir é crucial, pois essas substâncias podem agravar os episódios de apneia”, explica Dr. Nilson. Além disso, dormir de lado pode ser uma alternativa eficaz, especialmente para os casos de apneia posicional. “Essa simples mudança de posição pode reduzir a gravidade dos episódios”, afirma.

O controle de peso corporal também é uma estratégia importante. O excesso de peso, especialmente com aumento da circunferência do pescoço, pode piorar os sintomas da AOS. “A redução do índice de massa corporal (IMC) está associada a uma menor severidade da apneia, mas é importante lembrar que a doença pode ocorrer também em pessoas magras”, alerta o otorrinolaringologista.

Em relação aos tratamentos específicos, existem várias opções para melhorar a condição. A fonoterapia, por exemplo, consiste em exercícios miofuncionais orofaciais que ajudam na musculatura da língua, do palato e da orofaringe. “Esses exercícios podem ser eficazes para reduzir a gravidade da apneia, fortalecendo as estruturas para manutenção da via aérea aberta”, explica o Dr. Nilson. Outra opção são os dispositivos intraorais, para os casos leves a moderados, que reposicionam a mandíbula e a língua durante o sono, facilitando a passagem do ar.

Para casos moderados a graves, o tratamento com CPAP (Terapia com Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é considerado o padrão-ouro. “O CPAP mantém as vias aéreas desobstruídas, permitindo uma respiração tranquila e um sono reparador”, afirma o médico. Estudos com alto nível de evidência demonstram que o uso regular desse dispositivo melhora a qualidade do sono e tem efeitos positivos na pressão arterial e na saúde cardiovascular. No entanto, a adesão ao tratamento pode ser um desafio para alguns pacientes, que encontram dificuldades no uso contínuo do aparelho.

Anúncio

Em casos mais específicos, abordagens cirúrgicas, como a faringoplastia ou a cirurgia ortognática, podem ser necessárias para ampliar a via aérea e melhorar a respiração durante o sono. “Cada caso precisa ser avaliado de maneira individualizada, levando em consideração a gravidade da apneia e as características anatômicas do paciente, ou seja, o tratamento deve ser personalizado”, enfatiza Dr. Nilson.

A apneia obstrutiva do sono é uma condição que exige um diagnóstico preciso e o acompanhamento com um especialista em medicina do sono é essencial para garantir a melhor abordagem terapêutica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “Com o tratamento adequado, é possível reduzir os efeitos da apneia obstrutiva do sono, dormir bem e viver de forma mais saudável”, conclui Dr. Nilson.


*máquinacw

Saúde

Tanorexia: o vício do bronze que transforma a busca pelo “glow perfeito” em risco de câncer de pele

Publicado

em

Por

Um novo estudo genético, publicado na revista Nature, sequenciou os genomas de 28 indivíduos que viveram no sul da África e descobriu que as populações permaneceram isoladas por cerca de 100 mil anos. A análise indica que a composição genética dessas populações ancestrais é drasticamente diferente da observada nos humanos modernos e “fica fora da faixa de variação genética” atual. A descoberta sugere que o isolamento geográfico, possivelmente devido a condições desfavoráveis na região do rio Zambeze, permitiu uma evolução genética única na ponta sul do continente

Com a chegada do verão e a campanha Dezembro Laranja de prevenção ao câncer de pele, cresce no Brasil o fenômeno da tanorexia, um comportamento de obsessão e vício em manter a pele sempre bronzeada, muitas vezes a qualquer custo e com exposição excessiva ao sol.

Distorção de Imagem e Risco de Câncer ⚠️

A dermatologista Denise Ozores explica que a tanorexia é uma distorção da imagem corporal, na qual a pessoa nunca se sente bronzeada o suficiente, chegando a se ver pálida mesmo quando já está com a pele queimada.

  • Comportamento Compulsivo: Pessoas com tanorexia recorrem a horas seguidas de exposição ao sol, bronzeamentos improvisados ou procedimentos clandestinos para tentar corrigir o incômodo de se verem “clara demais”.

  • Pressão Social: A lógica das redes sociais, onde a pele dourada é frequentemente associada a status, saúde e beleza, cria uma pressão para alcançar o “glow perfeito”, levando muitos a ignorar os riscos.

  • Câncer da Vaidade: O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, e sua principal causa é a exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta. A dermatologista alerta que o câncer de pele tem se tornado o “câncer da vaidade”, com pacientes arriscando a saúde para evitar aparecer “brancos” em fotos de fim de ano.

Redefinindo a Beleza no Verão ☀️

Denise Ozores defende a necessidade de ressignificar a ideia de “pele bonita”, promovendo a estética natural e individualizada, onde cada pessoa valoriza sua própria cor e textura.

Para curtir o verão com segurança e preservar a saúde da pele, a especialista recomenda:

  • Uso de protetor solar diário com reaplicação frequente.

  • Busca por sombra e uso de chapéu.

  • Respeito aos horários seguros de exposição solar.

  • Estabelecimento de limites reais na busca pelo bronzeamento.


Com informações: CO – Assessoria (Cacau Oliver)

Anúncio

Continue lendo

Saúde

Latrofobia e Dentofobia: O medo de ir ao médico ou dentista tem explicação científica e pode ser superado

Publicado

em

Por

O medo intenso e irracional de ir ao médico (iatrofobia) ou ao dentista (dentofobia) é um fenômeno comum, enraizado em respostas psicológicas e fisiológicas, e não deve ser encarado como “frescura”. Gatilhos como o medo do desconhecido (más notícias), a síndrome do jaleco branco (elevação da pressão arterial em ambiente clínico) e a antecipação da dor ou invasão ativam o instinto de luta ou fuga. Especialistas recomendam o uso de estratégias comportamentais e mentais para retomar o controle da situação, como o estabelecimento de um “sinal de pare” com o profissional e o uso de técnicas de respiração para acalmar o sistema nervoso.

O medo de frequentar consultórios médicos ou odontológicos é uma ansiedade real e paralisante para muitas pessoas. Quando esse medo se torna excessivo e irracional, ele é classificado como iatrofobia (medo de médicos) ou dentofobia (medo de dentistas), condições que levam muitos pacientes a adiar cuidados essenciais de saúde.


Gatilhos do Medo e Respostas Psicológicas 🧠

A ciência identifica que a ansiedade no ambiente clínico é uma resposta fisiológica e psicológica real, muitas vezes ligada a mecanismos de defesa:

  • Medo de Más Notícias: O receio de descobrir uma doença grave ou de ser julgado pelos hábitos de vida faz com que a pessoa evite a consulta, seguindo a lógica prejudicial de “quem procura, acha”.

  • Síndrome do Jaleco Branco: O ambiente clínico em si eleva o estresse, causando um aumento na pressão arterial que não ocorre em casa, criando um ciclo vicioso de ansiedade antes da consulta.

  • Antecipação da Dor: A simples antecipação de procedimentos invasivos ativa áreas do cérebro ligadas à ameaça, desencadeando o instinto primitivo de luta ou fuga, mesmo para um exame de rotina.

Estratégias para Retomar o Controle ✅

Entender que o medo tem fundamento biológico é o primeiro passo. O segundo é adotar estratégias práticas para tornar a experiência menos traumática:

Estratégia Objetivo
Estabelecer um “Sinal de Pare” Devolver a sensação de controle ao paciente, combinando um gesto para interromper o procedimento a qualquer momento.
Hackear o Sistema Nervoso Utilizar técnicas de respiração (ex: 4-7-8: inspirar em 4s, segurar em 7s, soltar em 8s) para forçar o corpo a sair do estado de alerta.
Evitar Ruminação Antecipada Marcar a consulta para o primeiro horário da manhã, minimizando o tempo de ansiedade e preocupação.
Bloquear Gatilhos Sensoriais Usar fones de ouvido com cancelamento de ruído para abafar sons estressantes (como o motorzinho do dentista).
Jogar Limpo com o Profissional Informar sobre o medo logo no início, garantindo que o médico ou dentista seja mais paciente e explicativo durante o atendimento.

Com informações: Olhar Digital

Anúncio

Continue lendo

Brasil

Ministério da Saúde prioriza acesso a medicamentos de longa duração contra o HIV e pressiona por transferência de tecnologia

Publicado

em

Por

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou no Dia Mundial de Luta contra a Aids que o acesso a novas tecnologias de prevenção é prioridade, citando a demanda pela incorporação do lenacapavir no SUS. O medicamento, um injetável de longa duração (aplicação a cada seis meses) para PrEP, é decisivo para populações vulneráveis e está pendente de registro sanitário. O Brasil, que registrou queda de 13% nas mortes por aids (abaixo de 10 mil pela primeira vez em três décadas) e cumpriu duas das três metas globais 95-95-95, pressiona a farmacêutica Gilead por transferência de tecnologia devido ao preço “impraticável” do produto

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a prioridade da pasta em garantir o acesso a novas estratégias e tecnologias de prevenção contra o HIV/Aids, em celebração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro). A principal demanda é pela incorporação de medicamentos de longa duração no Sistema Único de Saúde (SUS), como o lenacapavir.

Novo Paradigma na Prevenção: Lenacapavir 💉

O medicamento em foco é o lenacapavir, da farmacêutica Gilead, uma formulação injetável de longa duração para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, que requer aplicação a cada seis meses.

  • Vantagens: O lenacapavir poderá substituir o uso diário de comprimidos da PrEP oral, melhorando a eficácia e a adesão de populações vulneráveis e jovens que têm dificuldade em seguir o regime diário. Estudos clínicos indicaram altíssimos índices de eficiência.

  • Diálogo por Tecnologia: Padilha confirmou que o Ministério está dialogando e quer participar da transferência de tecnologia do produto para o Brasil, pois o preço praticado pela empresa no exterior (mais de US$ 28 mil por pessoa ao ano nos EUA) é considerado “absolutamente impraticável para programas de saúde pública”.

  • Pressão por Genérico: O Brasil ficou de fora de uma versão genérica do medicamento anunciada para 120 países de baixa renda. A Articulação Nacional de Luta contra a Aids reivindicou que, se não houver avanço em acordos de transferência, o governo deve considerar o licenciamento compulsório (quebra de patente).

Avanços na Resposta Brasileira ao HIV 🇧🇷

O Brasil apresentou avanços significativos na política de HIV/Aids, que agora inclui a oferta gratuita de PrEP, PEP (profilaxia pós-exposição) e terapia antirretroviral.

  • Metas Globais: O país cumpriu duas das três metas globais 95-95-95 (95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico; 95% das diagnosticadas estejam em tratamento; e 95% das tratadas alcancem supressão viral).

  • Queda nas Mortes: O boletim epidemiológico mais recente mostrou uma queda de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, caindo para 9,1 mil mortes em 2024. É a primeira vez em três décadas que o número ficou abaixo de 10 mil.

  • Eliminação da Transmissão Vertical: O Ministro anunciou a expectativa de que o Brasil receba, em dezembro, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) pela eliminação da transmissão vertical do HIV (de mãe para bebê) como problema de saúde pública, sendo o maior país do mundo a alcançar esse patamar.


Com informações: Agência Brasil

 

Anúncio

Continue lendo
Anúncio


Em alta

Copyright © 2021-2025 | Fato Novo - Seu portal de notícias e informações reais e imparciais.

Verified by MonsterInsights