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Saúde

“Hepatite A” pode ser prevenida com vacina e hábitos de higiene

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Hepatite A pode ser prevenida com vacina e hábitos saudáveis de higiene

A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ter diferentes causas, entre elas, vírus, medicamentos e bebidas alcoólicas

Também existe a hepatite autoimune, que acontece quando o sistema imune ataca as próprias células do fígado.

As hepatites virais, como é o caso da hepatite A, são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes da pessoa apresentar a pele e os olhos amarelados (icterícia). Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) em julho de 2023, o número de casos registrados de hepatite do tipo A cresceram 56,2% de janeiro a junho, comparando com o mesmo período do ano anterior.

A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca), tendo uma relação direta com o consumo de alimentos ou água impróprios para consumo, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. O contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) também entra como uma possível forma de contágio e ainda há relatos de casos relacionados à prática sexual oral-anal.

De acordo com a infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker, não há tratamento específico para hepatite A. “Deve-se evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. A hospitalização está indicada apenas nos casos graves”.

A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura, sendo a principal medida de prevenção contra a doença. Atualmente, a dose faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade. Além disso, está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano de idade, com as seguintes condições:

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  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
  • Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
  • Pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.
Formas de prevenção da doença

Além de reforçar a importância da vacinação para prevenção da infecção com o vírus da hepatite A, Dra. Michelle destaca alguns hábitos e protocolos importantes que devem ser seguidos rigorosamente:

  • Higienizar as mãos com frequência (após o uso do sanitário, troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar os alimentos que são consumidos crus com água tratada, clorada ou fervida, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres, mamadeiras e demais utensílios utilizados para o preparo de alimentos;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

Fato Novo com informações: Ao Vivo Brasília

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1 Comentário

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Saúde

Mortes ligadas ao álcool são maiores na população negra, diz pesquisa

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A disparidade é ainda mais pronunciada quando analisamos os dados por gênero. A taxa de mortalidade entre mulheres pretas e pardas é de 2,2 e 3,2, respectivamente

A nova edição da pesquisa Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2024, feito pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), mostrou que pessoas pretas e pardas lideram em mortes ligadas ao uso de álcool. Conforme a pesquisa, em 2022, a taxa de óbitos atribuíveis ao álcool entre a população negra foi de 10,4 por 100 mil habitantes. Em contrapartida, entre as pessoas brancas, essa taxa foi de 7,9.

A disparidade é ainda maior quando analisamos os dados por gênero. A taxa de mortalidade entre mulheres pretas e pardas é de 2,2 e 3,2, respectivamente. Entre mulheres brancas esse número cai para 1,4, o que representa uma diferença bastante significativa. Além disso, é importante destacar que 72% das mortes relacionadas a transtornos mentais e comportamentais associados ao consumo de álcool ocorrem entre mulheres pretas e pardas.

A pesquisa revelou também que a pandemia marcou uma pausa na diminuição das mortes relacionadas ao consumo de álcool. Em 2022, a taxa alcançou 33 mortes por 100 mil habitantes, embora ainda se apresente inferior à de 2010, que foi de 36,7. Outro ponto importante é que dezesseis estados têm taxas de mortalidade atribuídas ao álcool que superam a média nacional, com Paraná (42,0), Espírito Santo (39,4) e Piauí (38,9) ocupando os primeiros lugares no ranking.

A análise inédita utiliza uma metodologia que envolve o processamento de dados de indicadores populacionais relacionados ao consumo de álcool e à mortalidade. Foram aplicadas as Frações Atribuíveis ao Álcool para diferentes agravos à saúde. Entre as fontes oficiais consultadas estão o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Datasus e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

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Para socióloga o estudo aponta uma desigualdade na saúde

O número de mortes ser maior na população preta e parda não significa que esses grupos consumam mais álcool do que a população branca. A socióloga e coordenadora do CISA, Mariana Thibes, explica que o número maior de óbitos não se dá pela quantidade de álcool consumido, mas pela desigualdade de acesso à saúde. “O que explica a diferença nas mortes é a desigualdade em saúde, ou seja, quando se deparam com o problema do uso abusivo, negros têm acesso muito menor a tratamentos de qualidade do que os brancos”, apontou Thibes.

Ela também explica que a discriminação está ligada à deterioração da saúde mental, aumentando a probabilidade de desenvolver diversos transtornos, incluindo o alcoolismo. “Isso ocorre pela via do estresse gerado pela experiência da discriminação. É sabido, ademais, que o uso de álcool como recurso para enfrentar dificuldades é um importante fator de risco para desenvolver dependência”, afirma Mariana.

Para a socióloga, a presença de um estigma histórico no país de que a população negra consome mais bebida alcoólica corrobora para que essas pessoas evitem procurar ajuda quando precisam. “O próprio alcoolismo, independentemente da cor da pele, já é uma doença cercada por estigmas. Quando isso se soma ao preconceito racial, temos uma situação ainda mais difícil”.

Internações por álcool

Quando analisados os dados relacionados às internações totalmente atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes, em 2023, a taxa foi aproximadamente metade da registrada em 2010, reduzindo-se de 57 internações por 100 mil habitantes para 27 por 100 mil habitantes.

Por outro lado, a proporção de óbitos entre os pacientes hospitalizados devido ao uso de álcool aumentou de 3% para 6% ao comparar os anos de 2010 e 2023, o que pode estar relacionado ao aumento no número de internações de indivíduos em condições críticas.

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Fato Novo com informações e imagens: Correio Braziliense

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CLDF

Abertura do Fórum de Oncologia marca compromisso renovado com o combate ao câncer no Distrito Federal

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Nesta quinta-feira (29), o Fórum Regional de Oncologia do Distrito Federal teve sua sessão de abertura, marcando o início de um evento importante organizado pela Frente Parlamentar de Combate ao Câncer

Realizado no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-DF), o fórum reúne especialistas, profissionais da saúde e representantes do governo para discutir estratégias de implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.

O presidente da Frente Parlamentar, deputado distrital Eduardo Pedrosa, expressou seu compromisso com a causa durante sua fala na abertura: “Este fórum é um exemplo do que podemos alcançar quando unimos forças em prol de uma causa comum. Estamos aqui para garantir que as políticas de combate ao câncer não apenas existam no papel, mas se transformem em ações concretas que salvarão vidas. A colaboração e o diálogo que promovemos aqui são essenciais para avançarmos.”

O evento, que segue até sexta-feira (30), foca em debater e formular políticas efetivas que garantam tratamento adequado e acesso à prevenção para todos os cidadãos, visando reduzir significativamente a incidência de câncer no Distrito Federal. A programação inclui painéis de discussão, apresentações de estudos de caso e workshops com participação ativa de associações de pacientes e entidades governamentais.

A presença de autoridades, como a vice-governadora Celina Leão, que também se pronunciou sobre a importância da continuidade e inovação nas políticas de saúde pública, reforça o engajamento do governo distrital com a causa.

“Com a realização deste fórum, a Frente Parlamentar de Combate ao Câncer reafirma seu compromisso com a saúde dos cidadãos do Distrito Federal, proporcionando uma plataforma vital para a troca de conhecimentos e experiências que irão moldar o futuro das políticas de saúde oncológica na região”, destaca o deputado Eduardo Pedrosa.


Fato Novo com informações da assessoria do deputado Eduado Pedrosa

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GDF

Rede pública de saúde do DF oferece tratamento contra alcoolismo

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Distrito Federal ocupa o segundo lugar no ranking de ingestão excessiva de álcool dentre as capitais brasileiras, atrás apenas de Salvador, segundo dados da Secretaria de Saúde

O consumo de álcool, uma prática comum em várias culturas ao redor do mundo, está associado a uma série de riscos graves à saúde. De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no mês de junho, o álcool é responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes anualmente, sendo que os homens representam quase 75% desse total. A OMS aponta que o álcool causa uma em cada 20 mortes no mundo, em grande parte devido a acidentes de trânsito, dependência, doenças cardiovasculares, câncer e cirrose.

A rede pública de saúde do Distrito Federal oferece tratamento contra a dependência de álcool. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD) atende pessoas maiores de 16 anos, que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas. Os profissionais oferecem apoio de forma contínua, incluindo nos feriados e finais de semana, além de acolhimento noturno.

No Distrito Federal, um em cada quatro indivíduos apresentou consumo abusivo de bebidas alcoólicas no ano passado, conforme dados do Boletim Epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde (SES-DF) sobre esse tema. O resultado posiciona o DF no segundo lugar do ranking de ingestão excessiva por habitantes das capitais do Brasil, com 25,7%, atrás apenas de Salvador, com 28,9%.

Embora o relatório indique uma leve redução no consumo global de álcool e nos danos associados, desde 2010, as consequências sociais e os impactos sobre os sistemas de saúde permanecem alarmantemente altos, em todo o mundo. Populações jovens são particularmente afetadas, com 13% das mortes atribuídas ao álcool ocorrendo entre indivíduos de 20 a 39 anos.


“Qualquer consumo de álcool está associado a riscos de curto e longo prazo à saúde, tornando difícil a definição de limites seguros para seu consumo. Precisamos de políticas que não apenas conscientizem, mas que também ofereçam suporte às populações mais vulneráveis, para reduzir os impactos do álcool sobre a saúde global”, finaliza Ribas.


Como conseguir ajuda

O Caps AD II Santa Maria é uma das unidades vinculadas à Secretaria de Saúde que oferecem atendimento a dependentes de álcool | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Atualmente, uma das formas de combate ao consumo de álcool da Secretaria de Saúde é o Caps AD, que atende pessoas maiores de 16 anos que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas.

A SES-DF mantém parceria com o grupo Alcoólicos Anônimos (AA), que funciona em algumas unidades no DF. Clique aqui e saiba mais sobre o apoio oferecido pelo Caps AD.


Fato Novo com informações da SES-DF

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