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“Parece até lavagem”: Belmonte denuncia precariedade na merenda servida nas escolas do GDF

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Audiência pública debate alimentação imprópria ao consumo servida na rede pública de ensino

A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou, nesta terça-feira (28), uma audiência pública para debater a situação da merenda escolar oferecida na rede pública de ensino da capital. O encontro foi idealizado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania) e recebeu representantes da Secretaria de Educação do DF (SEE/DF), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e do Tribunal de Contas do DF (TCDF).

Belmonte relatou que tem recebido constantes reclamações acerca da qualidade da alimentação oferecida nas unidades de ensino e que, por conta disso, vem realizando visitas às escolas para fiscalizar a merenda entregue aos alunos. A distrital classificou como “inaceitável” o que vem ocorrendo, relatando que diversas escolas passaram mais de um mês oferecendo exclusivamente carne de porco com “pão careca” aos alunos, o que, segundo ela, fere qualquer prescrição nutricional adequada.

“O que eu tenho visto é impressionante. A secretaria de educação ficou mais de 30 dias dando só carne de porco às crianças. Eu vi as merendeiras pegando a carne de porco, cozinhando e colocando dentro de um pão careca para crianças de quatro anos. Eu quero saber qual a nutricionista que vai me dizer que um pão careca com porco seja suficiente para suprir a demanda nutricional de uma criança”, indagou Belmonte.

Em outro momento, a parlamentar narrou ter visto cozinheiras misturando canjica doce com carne de porco desfiada e banha para oferecer como merenda aos alunos. “Sinceramente falando, parece até uma lavagem”, desabafou.

Para o deputado Gabriel Magno (PT), o problema das merendas na SEE/DF é estrutural, e não apenas uma falha pontual. O parlamentar relatou que há um déficit de 244 nutricionistas na rede de ensino e que uma série de outros profissionais aprovados no último concurso público estão aguardando serem chamados, mas que o Executivo não tem se empenhado para suprir adequadamente o quadro de servidores.

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“Não nomeia por que? Não tem justificativa para o governo não nomear os servidores da educação. Segundo o relatório de gestão fiscal, a arrecadação do GDF foi recorde, não existe nenhum motivo para não nomear”, afirmou Magno.

Para o distrital, o Distrito Federal vive um “desmonte da secretaria de educação” por não estarem sendo aplicados os recursos necessários para a adequação estrutural e operacional das escolas. Magno afirmou que houve, no ano passado, uma majoração dos recursos oriundos do fundo constitucional destinados à educação no montante de R$ 2,5 bi, mas que esses valores não estariam sendo corretamente aplicados. Ele cobrou ainda que secretaria apresente um relatório com o custo total necessário para sanar os problemas enfrentados pela pasta.

O promotor de justiça do MPDFT Anderson Pereira de Andrade afirmou que “há desorganização generalizada” no fornecimento merendas escolares que deriva da “falta de um planejamento eficaz no programa de alimentação escolar” pela Secretaria. Ele contou que o Ministério Público também tem recebido, ao longo dos últimos anos, inúmeras denúncias anônimas sobre a péssima qualidade da comida ofertada às crianças e adolescentes e que já foram feitas diversas recomendações à pasta, mas que os problemas ainda não foram supridos.

Pereira relembrou casos que foram veiculados pela imprensa, como o de carne moída impróprias para o consumo pelo alto teor de gordura que apresentava. “A alimentação nas escolas ainda está muito ruim”, declarou o promotor.

O procurador do Ministério Público de Contas do DF Marcos Felipe Pinheiro Lima cobrou dos gestores da secretaria de educação uma maior rigidez com relação à aplicação de sanções às empresas responsáveis pelo fornecimento da alimentação.

Para ele, em alguns casos, a aplicação de multas contratuais em casos de fornecimento de alimentos inadequados ao consumo não é suficiente, devendo os diretores aplicarem a rescisão contratual, se for o caso, para que essas empresas sejam substituídas.

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SEE/DF argumenta que falhas são pontuais

Representantes da Secretaria de Educação concordaram que o fornecimento de alimentação inadequada aos alunos tem, de fato, ocorrido na rede de ensino, mas que são falhas pontuais verificadas em algumas escolas e que esses erros não representam o cenário atual por completo.

A subsecretária de apoio às políticas educacionais, Fernanda Melo, argumentou que houve um período, no mês de março, em que os fornecedores de peixes e frangos não cumpriram o que estava pactuado no contrato, deixando os estoques dessas proteínas desabastecidos nas escolas pelo período de um mês. Segundo ela, este foi o motivo pelo qual as escolas ofereceram apenas carne de porco aos alunos.

No entanto, a gestora garantiu que esse problema já foi superado e que a oferta das demais carnes já voltou ao normal. “Erramos e estamos aqui para melhorar. A gente honra muito nosso trabalho, que é colocar comida de qualidade no prato para nossas crianças”, declarou a subsecretário.

A Diretora de alimentação escolar da SEEDF, Juliene Santos, foi na mesma linha, afirmando que os problemas com a falta de proteínas já foram supridos. Ela apresentou um relatório com dados relativos à alimentação oferecida na rede de ensino. Conforme o documento, neste ano já foi destinado R$ 87,3 milhões exclusivamente para o fornecimento de alimentação aos alunos.

O relatório aponta ainda que a SEEDF realizou 646 visitas técnicas de supervisão em escolas, com campanhas instrucionais de divulgação sobre alimentação saudável, além do incentivo a projetos que promovam alimentação balanceada nas escolas públicas.

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Gestores denunciam más condições

Contrapondo o que foi dito pelas representantes da SEE/DF, diretores escolares presentes na reunião denunciaram que erros de gestão tem implicado em diversos prejuízos à oferta de alimentação de boa qualidade nas escolas. Casos de gestores que precisam comprar alimentos do próprio bolso foram narrados para exemplificar a má administração da rede de ensino.

Outro ponto lembrado foi o fato ocorrido no Centro Educacional 1 do Itapoã, em que estudantes encontraram larvas na merenda escolar. Casos como este não são isolados, segundo participantes, o que reflete a má gestão no fluxo de compra e armazenamento dos alimentos adquiridos pela rede pública.

O Gabriel Magno se prontificou a criar um Grupo de Trabalho que vai apurar a crise relacionada à merenda nas escolas públicas do Distrito Federal e Belmonte declarou que o trabalho do GT será importantíssimo para ajudar a sanar em definitivo os problemas detectados na SEEDF.


Fato Novo com informações: Agência CLDF

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Novo regimento interno da Câmara Legislativa já está em vigor

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Foi publicado no Diário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (11) o novo Regimento Interno da Casa. Com a publicação, a norma de autoria da Mesa Diretora já está em vigor, consolidando diversas alterações e adequações realizadas ao longo dos últimos 24 anos

O novo Regimento se adequa às Emendas à Lei Orgânicas aprovadas no período, como a que acabou com as votações secretas na Câmara Legislativa. Prevê também a possibilidade de o presidente da Câmara Legislativa convocar sessão virtual ou de serem realizadas reuniões virtuais de comissões. As figuras do líder da maioria e do líder da minoria passaram a ser previstas, assim como a ação de obstrução.

As emendas de Plenário passaram a ter leitura obrigatória quando o parecer for oral. Ausências injustificadas às sessões ordinárias implicam a perda de 1/30 avos do subsídio. A votação por sistema eletrônico tornou-se a regra nas votações nominais.

A norma prevê que os eleitos para o próximo biênio da Mesa Diretora, para os presidentes das comissões permanentes, e os escolhidos para as procuradorias especiais, para a Ouvidoria e para a Corregedoria são considerados empossados automaticamente a partir de 6 de janeiro de 2025, dispensada a realização de qualquer solenidade oficial para o efetivo exercício nos respectivos mandatos. Traz ainda a possibilidade de uma única recondução para o mesmo cargo na Mesa Diretora na mesma legislatura ou na seguinte. Ao mesmo tempo, prorroga até o dia 5 de janeiro de 2025 os mandatos da atual Mesa Diretora e dos atuais presidentes de comissões permanentes, assim como de corregedor e ouvidor.

O projeto foi aprovado por unanimidade pelos 22 deputados presentes à sessão ordinária realizado no dia 22 de novembro. Entre outros temas, o regimento consolida o total de 14 comissões permanentes e três procuradorias especiais. Veja aqui a matéria que relata a aprovação da proposta.

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Ainda dentre as inovações promovidas pelo novo regimento interno estão a regra de não encerramento da primeira sessão legislativa ordinária de cada legislatura sem a aprovação do projeto de lei do plano plurianual (PPA). Inclui também dispositivo para que, no exercício da função fiscalizatória, o parlamentar atue em representação dos órgãos colegiados da CLDF.

Também houve a supressão de normas como em retirar o limite de duas comissões de mérito na distribuição de proposições e excluir a previsão de interstício entre a aprovação da matéria, sem emendas, e a votação dela em segundo turno. O texto também flexibiliza a regra de deliberar em sessão extraordinária apenas sobre matéria para a qual tiver sido convocada.

Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Thiago Manzoni (PL) falou sobre algumas das alterações do projeto. “A ideia do regimento é colocar as coisas em ordem cronológica, desde antes da posse dos deputados até o final do processo legislativo com a derrubada ou manutenção dos vetos. Procedemos ajustes para conformar o texto com as normas constitucionais. Por exemplo, como funciona a posse automática dos membros da Mesa Diretora que são eleitos para o segundo biênio. Então, estamos regulamentando essa posse do dia 6 de janeiro”, disse Manzoni.

Para o presidente Wellington Luiz (MDB), o novo regimento interno é um marco importante. “Reflete o nosso compromisso com a modernização e a eficiência do processo legislativo. Após quase 25 anos sem uma revisão estruturada, enfrentamos o desafio de adequar o texto às transformações do mundo e às demandas da sociedade. O novo Regimento não é apenas um aperfeiçoamento técnico; ele traz ferramentas que tornam o trâmite legislativo mais ágil e participativo, fortalecendo o diálogo entre a Casa e os cidadãos. Esse avanço é resultado de um esforço coletivo, coordenado em um grupo de trabalho dedicado, que sistematizou as diversas questões enfrentadas ao longo do trâmite legislativo. Com essa atualização, damos um passo significativo para garantir que a Câmara Legislativa esteja em sintonia com as expectativas dos cidadãos do Distrito Federal”, declarou o presidente da Casa.


*Agência CLDF

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Nova lei garante apoio a mães que desejam entregar filhos para adoção

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A nova lei garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária

Nesta terça-feira (9/12), foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal a Lei 7.598/24, de autoria dos deputados Wellington Luiz (MDB) e Paula Belmonte (Cidadania), que determina que gestantes ou parturientes que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, antes ou logo após o nascimento, sejam encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude e recebam apoio social e psicológico durante o processo.

Segundo o documento, a nova legislação garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária, assegurando que não haja constrangimentos para as partes envolvidas. A lei também determina a realização de campanhas publicitárias informativas e educativas para a população do DF, com frequência mínima semestral.

Outra diretriz do texto inclui a capacitação de profissionais das áreas de assistência social, saúde, educação e conselheiros tutelares para orientação da entrega voluntária de crianças para adoção sempre que forem identificadas potenciais gestantes e mães que demonstrem interesse ou traços de que não desejam criar seus filhos.

Segundo Wellington Luiz e Paula Belmonte, a medida busca prestar melhor assistência às genitoras que entregarem seus bebês de forma espontânea, incentivar a elaboração de planos terapêuticos individualizados pelas equipes de saúde que atendam às singularidades de cada caso e inibir a política do aborto.

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“A entrega voluntária de bebês à Justiça da Infância e Juventude proporciona uma alternativa segura para crianças que, por diversos motivos, estão em situações de risco ou negligência por parte de seus cuidadores. É fundamental assegurar que essas crianças tenham acesso a um ambiente seguro e afetuoso, onde seus direitos fundamentais sejam respeitados”, afirmam os parlamentares em documento de justificativa.


*Agência CLDF

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CLDF aprova projeto que fortalece direitos trabalhistas de terceirizados no GDF

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Projeto assegura dignidade e proteção aos trabalhadores terceirizados no serviço público do DF

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o Projeto de Lei 1.298/2024, de autoria do deputado distrital Ricardo Vale (PT), que estabelece medidas para garantir os direitos trabalhistas dos terceirizados contratados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A proposta resguarda os trabalhadores contratados pela administração pública local, reforçando a responsabilidade das empresas contratadas.

O PL introduz dispositivos que asseguram o cumprimento de obrigações trabalhistas, como o pagamento regular de salários, benefícios e rescisões, além de prever jornadas mais flexíveis, previsibilidade de férias e a adequação às normas de segurança do trabalho. Outra inovação é a exigência de comprovação do pagamento de encargos sociais pelas empresas terceirizadas antes de receberem valores do GDF, uma medida que visa evitar irregularidades que penalizem os trabalhadores.


“Os terceirizados são essenciais para o funcionamento de serviços públicos no Distrito Federal. Este projeto busca protegê-los de práticas abusivas, como atrasos salariais e descumprimento das leis trabalhistas, garantindo que sejam tratados com dignidade e respeito”, destacou Ricardo Vale.


O texto também adota regras semelhantes a um decreto federal, obrigando a contratação de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de obra e a apresentação de planilha de custos e formação de preços. Essa exigência coíbe propostas de preços abaixo do valor real das licitações, que geralmente resultam em salários e benefícios reduzidos para os trabalhadores.

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“Queremos trazer para o DF um padrão de contratação que priorize o trabalhador, garantindo que a administração pública seja coerente e proteja os terceirizados da exploração. Esta é uma medida que reforça a justiça e a responsabilidade nas relações de trabalho”, afirmou o deputado.


Com a sanção da lei, os órgãos e entidades do GDF deverão adaptar seus processos de contratação, incluindo os contratos vigentes, assegurando que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. “A aprovação deste projeto é um passo importante para assegurar segurança e dignidade a milhares de trabalhadores terceirizados no Distrito Federal”, concluiu Ricardo Vale. A proposta agora segue para sanção do governador.


Comunicação Ricardo Vale (PT)

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