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Sociedade

‘Quem vai roubar seu emprego é alguém que usa IA melhor que você’, diz especialista em futuro do trabalho

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Pesquisadora analisa as tendências do mercado e explica como o uso da tecnologia vai definir o profissional do amanhã

Você já se perguntou se, em alguns anos, seu chefe pode ser uma máquina ou se o seu cargo simplesmente deixará de existir? Essa não é mais uma especulação futurista: a Inteligência Artificial (IA) já está transformando profissões em ritmo acelerado. De caixas de supermercado a analistas de dados, ninguém parece completamente seguro.

Nos últimos anos, ferramentas de IA deixaram os laboratórios e passaram a integrar a rotina de empresas em todo o mundo. Plataformas como ChatGPT, Grok, Midjourney e diversos softwares de automação estão sendo usados para escrever textos, criar imagens, analisar dados, tomar decisões — e até substituir funções humanas.

Um estudo do Fórum Econômico Mundial estima que, nos próximos anos, 85 milhões de empregos poderão ser substituídos por tecnologias. Ao mesmo tempo, 97 milhões de novas funções devem surgir. Mas será que estamos preparados para essa transição?

Para Michelle Schneider, pesquisadora e autora do livro “O Profissional do Futuro” (editora Buzz, 2025), o maior risco não está em ser substituído pela tecnologia, mas em não saber como utilizá-la: “Não é a Inteligência Artificial que vai roubar seu emprego. É alguém que sabe usá-la melhor do que você.”

Em entrevista ao ICL Notícias, a autora conversou sobre seu livro e analisou as tendências do mundo do trabalho.

Hipnose coletiva

Michelle Schneider afirma que estamos vivendo uma espécie de hipnose coletiva diante da revolução tecnológica. Segundo ela, muitas pessoas estão sem saber como reagir, e recorrem a um discurso de negação: “Ah, não, mas isso não vai acontecer.”

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Em seu livro, a autora  faz um alerta: “Tudo indica que, dessa vez, será diferente. Estamos diante de uma transformação sem precedentes. (…) O futuro, hoje, é o ano que vem. E, no entanto, fazemos um esforço enorme para não enxergar elementos revolucionários que já existem e já determinam muito mais da nossa vida do que temos ideia. O mundo nunca foi tão imprevisível”.

O futuro da IA

A rapidez com que a IA está evoluindo também é motivo de preocupação. Michelle Schneider explica que estamos apenas “em uma fase embrionária” de uma revolução ainda maior. Segundo ela, até recentemente, a tecnologia se limitava a organizar dados criados por seres humanos. Agora já estamos em plena Era da IA Generativa, em que a ferramenta começou a criar textos, imagens, vídeos e até músicas.

A próxima etapa é chamada de Era dos Agentes Autônomos. De acordo com Michelle, esses agentes terão uma capacidade de ação multimodal, ou seja, não vão exercer apenas uma função, mas sim todas ao mesmo tempo: “Hoje, se você pedir ajuda para uma viagem a Fernando de Noronha, a IA vai dar sugestões de onde ficar, o que visitar. Mas, no futuro, o agente autônomo vai não apenas sugerir, mas realizar todas as ações para você: reservar passagem, hotel, e até fazer compras”.

Mas o futuro não para por aí: a próxima grande fronteira será a IA Geral (IAG), em que a tecnologia será capaz de realizar todas as tarefas que os humanos executam, mas de forma mais eficiente. Alguns especialistas acreditam que a IAG pode surgir ainda nesta década.

capa livro o profissional do futuro ia

Capa do livro “O Profissional do Futuro”(Editora Buzz, 2025), de Michelle Schneider / Foto: Divulgação

Ameaça ou oportunidade?

Para Michelle Schneider, não estamos preparados para essa revolução: “Definitivamente não estamos. Mas a verdade é que a gente não tem muito mais opção a não ser encarar.” Embora o avanço da IA tenha gerado discussões sobre a necessidade de desacelerar a inovação, como uma carta assinada por especialistas em 2023 pedindo a suspensão temporária do desenvolvimento, “ninguém parou, porque essa é uma grande corrida. O país ou a empresa que liderar o desenvolvimento da IA vai se tornar a grande potência da próxima era”.

Mesmo assim, Michelle não vê apenas riscos no horizonte. “Eu sou otimista e pessimista”, resume. Para ela, a IA pode ser uma alavanca poderosa para acelerar a resolução de problemas em áreas como saúde e segurança: “É uma oportunidade imensa. Para quem surfar essa onda, isso vai ser muito bom. Vai vir um mundo de oportunidades.”

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No entanto,  a transformação não será fácil para todos. “Para muita gente, vai ser muito desafiador.” Por isso, ela reforça dois passos fundamentais para atravessar essa mudança com mais preparo: o primeiro é se conscientizar desses avanços: “Acho que a maioria das pessoas, infelizmente, não tem ideia do que está acontecendo no mundo.” O segundo é agir: “A gente precisa se preparar para estar nesse lado otimista, para se beneficiar das oportunidade”.

Com isso, Michelle Schneider destaca que o profissional do futuro precisa desenvolver justamente aquilo que a IA ainda não é capaz de oferecer: criatividade, empatia, pensamento crítico e capacidade de adaptação.

“A tecnologia é uma ferramenta. Quem souber usá-la com inteligência vai se destacar”, afirma a autora.

Como se preparar?

Baseada no estudo mais recente do Fórum Econômico Mundial, Michelle elenca 4 habilidades essenciais para os profissionais que querem se manter no mercado de trabalho, que será cada vez mais competitivo.

A primeira delas é a “mente inovadora”, destacando a importância da curiosidade, do aprendizado contínuo de a criatividade. “A velocidade da mudança será tão intensa que será necessário aprender a abandonar métodos antigos e abraçar o novo rapidamente”, explica Schneider. “Um estudo do Fórum Econômico Mundial afirma que 65% dos alunos que estão hoje no ensino médio vão trabalhar em um emprego que ainda não existe”, exemplifica em seu livro.

Em seguida, vem o “letramento tecnológico“, que consiste na capacidade de entender, utilizar e avaliar criticamente a tecnologia. Seja no jornalismo, na medicina ou na educação, a colaboração entre humanos e IA será o novo normal. “Não vamos ser substituídos por uma IA, mas por alguém que sabe usá-la melhor do que nós,” diz a pesquisadora. Para ela, entender a tecnologia e como usá-la com inteligência, será determinante para se manter no mercado de trabalho. “Eu considero que aprender a usar a IA é crucial para continuar inserido no mercado de trabalho”, reforça.

A “inteligência emocional” também se destaca como habilidade-chave. Michelle alerta que, enquanto a IA pode superar os seres humanos em tarefas cognitivas, o que nos tornará únicos será o quociente emocional.

“Se grande parte do nosso desempenho vinha do QI, e agora a IA pode realizar essas tarefas cognitivas com mais eficiência, o diferencial será humano: autoconhecimento, empatia, escuta ativa, motivação. Saber gerenciar emoções e se relacionar com os outros será, portanto, tão ou mais importante que o conhecimento técnico”, explica.

Por fim, a “saúde mental” também é considerado um aspecto fundamental para o profissional do futuro. “A pressão psicológica será intensa. O mundo nos empurrará para um lugar onde será necessário cuidar da nossa saúde mental para enfrentar os desafios do trabalho”, alerta. Com o Brasil liderando índices de ansiedade e burnout, o autocuidado será um diferencial importante para aqueles que quiserem sobreviver e prosperar nesse novo cenário.

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Regulamentação é uma saída?

Muitas pessoas acreditam que a regulamentação pode ser um “farol da esperança” para  evitar o fim de tantos empregos e a intensificação da competitividade trazida pela IA, mas essa não é uma saída tão fácil.

Michelle Schneider esclarece que os países têm legislações diferentes e visões próprias sobre o que é certo ou errado, o que torna a definição de regras um processo complicado e controverso. “Cada país vai começar a ter a sua [lei], de acordo com sua própria moral, ética e valores”, afirma a especialista.

Ela ainda destaca que existe uma linha tênue entre estabelecer proteções para a sociedade e não barrar a inovação. Uma regulação excessiva de um país pode fazer com que empresas fiquem limitadas, enquanto uma regulação mais flexível de outro país, como a vista nos Estados Unidos e na China, pode facilitar para que as empresas saiam na frente na corrida pela inovação. 

Com a competição global entre grandes potências, a definição dessas regras também traz um elemento de poder imenso. “Quem está definindo essas regras está com um poder muito grande”, diz Schneider.

No fim das contas, o maior trunfo do profissional do futuro talvez esteja justamente naquilo que a IA não pode replicar: a essência humana. “Não há indícios de que as máquinas serão capazes de sentir, sonhar ou questionar o propósito nesse planeta. Então, se é isso que vai nos diferenciar dos robôs, precisamos investir nossas fichas no desenvolvimento da consciência humana”, afirma. “O profissional do futuro é um especialista naquilo que nenhum robô jamais conseguirá superar: em ser gente”, finaliza Michelle em seu livro.


Fonte: ICL Notícias

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4 Comentários

1 comentário

  1. Nancy Hickman

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Brasil

A história e os desafios do saneamento básico no brasil: menos de 60% da população com esgoto coletado

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Marco unificado, figuras históricas e os grandes desafios do país: o saneamento básico evoluiu lentamente no brasil, passando pelas campanhas de oswaldo cruz e as obras de saturnino de brito, mas ainda enfrenta uma baixa taxa de coleta e tratamento de esgoto (55,2%) e a poluição crítica de importantes bacias hidrográficas

O saneamento básico no Brasil, embora tenha seus primórdios em 1561 com a escavação do primeiro poço público no Rio de Janeiro, só começou a se consolidar em passos lentos ao longo do século XX.

Pioneiros e os Quatro Pilares da Saúde Pública 🏥

A evolução do saneamento foi impulsionada por grandes figuras e momentos históricos:

  • Oswaldo Cruz (Início do Século XX): O médico empreendeu campanhas sanitárias cruciais para combater a malária, febre amarela e varíola, que assolavam as cidades. Suas medidas incluíam a melhoria da qualidade da água e a recolha de águas servidas, inspiradas nas regras sanitárias mais modernas da época.

  • Saturnino de Brito: O engenheiro foi responsável pela modernização urbana de várias cidades, como Santos, onde projetou o famoso sistema de canais para solucionar problemas de coleta de esgoto e drenagem.

  • Quatro Pilares: O saneamento básico moderno estabelece quatro pilares essenciais:

    1. Abastecimento de água.

    2. Coleta e tratamento de esgoto.

    3. Drenagem e manejo da água da chuva.

    4. Limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos.

Dados Atuais: Lacunas no Esgoto e na Reciclagem 💧

Apesar dos avanços históricos, o país ainda apresenta grandes lacunas nos serviços, conforme dados recentes:

  • Abastecimento de Água: O serviço público atende 83,1% da população (estudo de 2025).

  • Coleta de Esgoto: O serviço de coleta de esgoto atinge apenas 55,2% da população.

  • Tratamento de Esgoto: Em 2018, 55% da população possuía tratamento considerado adequado (43% coletado e tratado + 12% fossa séptica), enquanto 18% tinham o esgoto coletado, mas não tratado, e 27% não tinham coleta nem tratamento.

  • Impacto Hídrico: A falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade da água: mais de 110 mil quilômetros de rios estão com a qualidade comprometida, sendo que 83.450 km não permitem mais a captação para abastecimento público devido à poluição.

  • Reciclagem: A taxa de reciclagem de resíduos sólidos no país é baixa. Embora a indústria tenha avançado, a reciclagem total (incluindo catadores autônomos) atingiu cerca de 8,3% em 2024.

Poluição e Recursos Hídricos 🌍

Bacias hidrográficas vitais estão gravemente poluídas, como a do Rio Tietê (SP), a do Rio Doce (MG e ES) – atingida por rejeitos de mineração –, e a do Rio Iguaçu (PR). A bacia do Rio São Francisco e rios da bacia Amazônica também enfrentam poluição crescente, incluindo o mercúrio do garimpo ilegal.

O Brasil detém 12% das reservas de água doce do planeta e abriga os dois maiores aquíferos do mundo, o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) e o Aquífero Guarani. Este cenário de riqueza hídrica, mas distribuição desigual e alta poluição, levanta um debate crucial sobre a governança futura e se a água será tratada como um bem público ou poderá ser privatizada.


Com informações: Diplomatique

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Brasil

Justiça Federal condena CSN a entregar ao Arquivo Nacional documentos de inteligência produzidos antes da privatização

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi condenada pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ) a entregar ao Arquivo Nacional todos os documentos produzidos enquanto era estatal, antes de sua privatização em 1993. A decisão, que cabe recurso, foi proferida em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e visa, principalmente, garantir o acesso aos arquivos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), que atuava em colaboração com o SNI (Serviço Nacional de Informações) para monitorar trabalhadores e coletar dados durante o regime militar. O juiz classificou a prática da CSN como inconstitucional e afirmou que a abertura do acervo é crucial para o direito à memória, verdade e justiça.

A Justiça Federal condenou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) a entregar ao Arquivo Nacional toda a documentação produzida pela empresa antes de sua privatização, ocorrida em 1993. A sentença, proferida pela 1ª Vara Federal de Volta Redonda, atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Disputa pela Memória Nacional 💾

O centro da disputa envolve arquivos de interesse público, cujo acesso vinha sendo restringido pela companhia há décadas:

  • Arquivos da ASI: O caso tem foco especial nos documentos da Assessoria de Segurança e Informações (ASI), uma estrutura interna criada em 1977 e subordinada ao Serviço Nacional de Informações (SNI), que monitorava trabalhadores e repassava dados de inteligência ao regime militar.

  • Inconstitucionalidade: O juiz Frederico Montedonio Rego afirmou na sentença que é inconstitucional a prática da CSN de tratar como privados documentos produzidos por uma empresa estatal. O magistrado ressaltou que a empresa se tornou “senhora da memória e do esquecimento” ao limitar o acesso a esses registros históricos.

  • Direito à Verdade: A decisão sublinha que a abertura do acervo é fundamental para garantir o direito à memória, verdade e justiça, reconhecido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, especialmente diante de investigações sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas na companhia durante o regime militar.

Próximos Passos e Responsabilidades

A sentença determina que o Arquivo Nacional faça uma nova visita técnica à CSN em até 15 dias para orientar o tratamento do acervo. A responsabilidade por identificar, classificar, avaliar o material e arcar com os custos é da própria CSN, que deverá liberar acesso a todos os locais de guarda da documentação. O MPF poderá acompanhar todas as etapas.

A CSN afirmou em nota que “já disponibiliza acesso ao seu acervo documental histórico pré-privatização, reafirmando seu compromisso com a transparência e com a liberdade de informação”.


Com informações: Folhapress e ICL Notícias

 

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Comportamento

Distanciamento emocional é o principal fator de divórcio, segundo especialista em direito de família

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O advogado norte-americano James Sexton, com 25 anos de experiência em casos de divórcio, afirma que o principal motivo para a separação dos casais não é a traição ou o dinheiro, mas sim o distanciamento emocional. O desgaste se instala de forma gradual, quando os pequenos gestos de intimidade e valorização desaparecem, e a relação cede à frustração de expectativas não ditas no matrimônio (o dia a dia), apesar do planejamento dedicado ao casamento (a cerimônia)

O advogado norte-americano James Sexton, especialista em direito de família e divórcios há 25 anos, identificou padrões recorrentes que levam ao rompimento dos casamentos. Em entrevista ao podcast On Purpose, ele destacou que a principal causa de separação é o distanciamento emocional, e não eventos súbitos como a traição.

O Desgaste Silencioso do Distanciamento 💔

Sexton explica que a ruptura é resultado de um desgaste gradual, no qual um dos parceiros deixa de se sentir visto e valorizado.

  • Pequenos Gestos: Ele argumenta que a sobrevivência do relacionamento depende mais de pequenos gestos diários (como uma mensagem carinhosa ou lembrar da comida preferida) do que de grandes declarações ou datas comemorativas. O desaparecimento desses detalhes é um sintoma do afastamento.

  • Casamento vs. Matrimônio: O advogado chama a atenção para o desequilíbrio entre o planejamento dedicado ao casamento (a festa) e a falta de seriedade dada ao matrimônio (o dia a dia compartilhado). Expectativas, limites e rotina raramente são discutidos com seriedade, criando um terreno fértil para frustrações.

Fases Críticas e Fatores Pessoais

Sexton também aponta outros fatores que moldam e pressionam o relacionamento:

  • Legado Familiar: Os padrões familiares trazidos da infância influenciam a maneira como os relacionamentos adultos são construídos, embora o indivíduo tenha o poder de lidar com essas questões pessoais.

  • Chegada dos Filhos: A fase após o nascimento dos filhos é uma das mais delicadas, pois a rotina e a atenção se voltam para as crianças, pressionando o vínculo conjugal. O especialista ressalta que o maior impacto nas crianças não é o divórcio em si, mas o ambiente de tensão entre os pais.

Para o advogado, relacionamentos fortes exigem honestidade, abertura emocional e um trabalho contínuo de atenção e cuidado mútuos.


Com informações: Infobae, Revista Fórum

 

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