Ligue-se a nós

Cultura

Sob nova gestão, Cine Brasília amplia acessibilidade e diversifica público

Publicado

no

Sessões do icônico cinema de rua da capital contam com recursos de acessibilidade projetados na tela, sala a meia luz, e som reduzido para pessoas autistas. Espaço será administrado em parceria entre Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Box Cultural

É como se um clássico do cinema estivesse ganhando uma sequência emocionante: o icônico Cine Brasília está prestes a relançar a gestão compartilhada ao lado da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e da Organização da Sociedade Civil (OSC) Box Cultural. Uma cerimônia no Dia do Cinema Brasileiro, comemorado nesta quarta-feira (19), vai marcar o início da nova administração.

Pelos próximos três anos, essa parceria terá como meta otimizar medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência. Hoje, o Cine Brasília conta com uma sessão acessível por mês. Nesta gestão, a ideia é ampliar esse número para duas mostras mensais. As sessões contam com recursos de acessibilidade projetados na tela, sala a meia luz, e som reduzido para pessoas autistas.

A gestão compartilhada do Cine Brasília teve início em agosto de 2022. Com a renovação, que agora terá um prazo maior, a expectativa é que medidas mais robustas de manutenção ocorram com mais fluidez | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Segundo o secretário da Cultura do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, as ações visam difundir a acessibilidade do local. “O Cine Brasília é um lugar que está muito na vida das pessoas. É uma relação muito próxima porque está ligado à cena cultural da cidade desde o início. Então as pessoas realmente têm relações afetivas com o Cine Brasília. A nossa ideia é, cada vez mais, expandir a acessibilidade e trazer mais mostras e pessoas para cá”, explica.

A diretora do Cine Brasília, Sara Rocha, ressalta que a gestão também pretende cumprir uma meta de realizar pelo menos 864 sessões ainda em 2024, com uma previsão de 72 sessões por mês. “Queremos ampliar as sessões acessíveis e tornar essa mobilização de público de pessoas com deficiência mais frequente, mais inclusiva, porque a gente tem as sessões dedicadas, que são exclusivas para esse público. A gente também tem ao longo da programação regular a meta de ampliar cada vez mais os filmes que possuam recursos de acessibilidade em segunda tela, para tornar a programação regular e continuada do cinema cada vez mais inclusiva para todos os públicos”, afirma.

Pelos próximos três anos, essa parceria terá como meta otimizar medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência

A pauta de acessibilidade passou a ser realidade na vida de Beatriz Cruz depois que ela adquiriu uma deficiência auditiva. A frequentadora do Cine Brasília conta que, por conta disso, decidiu lutar pela inclusão da população em seu trabalho como produtora de cinema.

“Eu nasci sem deficiência e ao longo do tempo fui ficando surda. Eu não percebia que a questão da acessibilidade em cinemas era uma necessidade. Quando passou a ser a minha realidade, vi que eu e muitas outras pessoas acabavam sendo excluídas, principalmente desse meio cultural, porque é muito regionalizado”, afirma.

Modernização sem ferir o tombamento

A gestão compartilhada do Cine Brasília teve início em agosto de 2022. Com a renovação, que agora terá um prazo maior, a expectativa é que medidas mais robustas de manutenção ocorram com mais fluidez.

Anúncio

As mais de 600 poltronas do local, por exemplo, são um grande desafio. Para os próximos meses, o objetivo é buscar recursos para realizar a troca das cadeiras do Cine Brasília. Um levantamento técnico está sendo feito para que todas as peças sejam preservadas, uma vez que os móveis, assim como o prédio do Cine Brasília como um todo, são tombados.

A diretora do Cine Brasília, Sara Rocha, ressalta que a gestão também pretende cumprir uma meta de realizar pelo menos 864 sessões ainda em 2024, com uma previsão de 72 sessões por mês

“A última troca ocorreu há 10 anos e, portanto, não acompanharam a atualização tecnológica de poltrona de sala de cinema para acomodar a melhor experiência do público. Esperamos conseguir fazer a troca das poltronas em parceria com a Subsecretaria de Patrimônio Cultural e da Secretaria de Cultura para que todos os aspectos arquitetônicos, tombados, fiquem preservados o máximo possível em benefício do melhor conforto do público”, observa Sara Rocha.

Além da troca das poltronas, de acordo com o secretário da Cultura do DF, a experiência deve ficar ainda melhor para o público com a compra, ainda neste ano, de um novo e mais tecnológico projetor.

“A ideia de poder se pensar em uma melhoria de poltrona ou troca de equipamentos se deve também a essa gestão mais estendida. Se fosse um contrato anterior, de um ano prorrogado por seis meses, ficaria inviável um planejamento para as intervenções mais robustas. Queremos fazer do Cine Brasília não só um centro de audiovisual, mas também um centro de cultura”, ressalta Cláudio Abrantes.

Mercado audiovisual

A nova administração também continuará a promover ações de incentivo ao mercado audiovisual de Brasília. A previsão é que sejam realizadas três edições do programa FomentaCine, que reúne profissionais do setor para rodadas de negócios e palestras voltadas para produções do Centro-Oeste.

Além disso, o Cine Brasília também deve promover palestras e oficinas no âmbito do programa Conexão Cultura DF, voltado à promoção, difusão e qualificação nacional e internacional da arte e da cultura da capital.

Anúncio

Para Elias Guerra, produtor de cinema, iniciativas como essas colocam a produção brasiliense em pé de igualdade com o eixo Rio-São Paulo, região tradicionalmente mais privilegiada pelo mercado audiovisual nacional.

De acordo com ele, essa equiparação não apenas fortalece a visibilidade das produções do Centro-Oeste, mas também amplia as oportunidades de networking e colaboração entre profissionais de diferentes partes do Brasil, contribuindo para um ecossistema audiovisual mais diversificado e dinâmico em todo o país.

“Sempre que nós temos que nos deslocar para o eixo Rio-São Paulo, acabamos apagando um pouquinho da nossa voz. Quando tentamos equiparar essa questão, tentando fazer a coisa ficar mais equilibrada, conseguimos dar mais voz ao que nós queremos e sabemos falar”, observa.

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.


Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasília

Anúncio

CLDF

Com edital aberto, inscrição de filmes do DF vai até 25 de setembro

Publicado

no

Por

CLDF vai distribuir um total de R$ 240 mil em prêmios às melhores produções do Distrito Federal

Mais longevo do País, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro já tem data em 2024: de 30 de novembro a 7 de dezembro. Na programação, a tradicional Mostra Brasília, onde são exibidos os filmes do Distrito Federal que disputam o Troféu Câmara Legislativa; este ano, em sua 26ª edição. As inscrições para a premiação da CLDF vão até 25 de setembro e devem observar o disposto no Edital nº 1/2024, publicado no Diário da CLDF desta segunda-feira (2). O formulário está disponível no site do 57º Festival de Brasília.

Não é exigido ineditismo, mas os filmes devem ter sido concluídos, obrigatoriamente, a partir de 2023. Além disso, é necessário que a equipe de realização da obra seja composta, em sua maioria, por profissionais que tenham nascido no DF ou que aqui residam há, no mínimo, dois anos.

Entre os inscritos, serão selecionados quatro filmes de longa-metragem e oito de curta-metragem, os quais concorrerão a um total de R$ 240 mil em prêmios, distribuídos em diversas categorias (veja abaixo). A seleção dos filmes que vão disputar o 26º Troféu Câmara Legislativa será feita por uma comissão integrada por cinco profissionais da área, cujos nomes serão divulgados em breve. Já a escolha dos vencedores será definida por um júri oficial – ao qual também será dada publicidade, antes da premiação – e por júri popular, composto pela plateia presente na exibição dos filmes.

Troféu CLDF

Criado em 1996, o Troféu Câmara Legislativa tem como missão valorizar e estimular a produção audiovisual do Distrito Federal, bem como reconhecer a qualidade técnica dos profissionais da área da cidade. Desde seu surgimento, a vitrine dos filmes que concorrem à premiação da CLDF – chamada de Mostra Brasília – tem histórico de sessões lotadas e grande participação do público.

Anúncio

Para o presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), o Troféu Câmara Legislativa é uma “celebração do talento e da criatividade” dos cineastas e produtores locais. “Essa premiação é fundamental para valorizar e incentivar a produção audiovisual em nossa cidade, destacando obras que refletem a diversidade e a riqueza cultural do Distrito Federal. É um reconhecimento importante que fortalece a identidade cultural e projeta nossos artistas para o cenário nacional”, avalia o parlamentar.

Já o vice-presidente da Casa, deputado Ricardo Vale (PT) explica que, como a Casa do Povo, a CLDF desempenha um papel prioritário no fomento à cultura local, e o Troféu Câmara Legislativa representa um importante reconhecimento para o nosso cinema e audiovisual. “Ele valoriza o talento dos nossos criadores e fortalece a identidade cultural da região, destacando essa mistura tão própria do DF, composta pelas diversas regiões do país e trazendo as perspectivas e vivências únicas construídas no centro político do Brasil, especialmente as periféricas”, destaca o distrital.

Nesta 26ª edição, o Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal concederá os seguintes prêmios em dinheiro:

Júri Oficial

Melhor longa-metragem: R$ 100 mil
Melhor curta-metragem: R$ 30 mil
Melhor direção: R$ 12 mil
Melhor ator: R$ 6 mil
Melhor atriz: R$ 6 mil
Melhor roteiro: R$ 6 mil
Melhor fotografia: R$ 6 mil
Melhor montagem: R$ 6 mil
Melhor direção de arte: R$ 6 mil
Melhor edição de som: R$ 6 mil
Melhor trilha sonora: R$ 6 mil

Júri Popular

Melhor longa-metragem: R$ 40 mil
Melhor curta-metragem: R$ 10 mil

Anúncio

Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.


Fato Novo com informações e imagens: Agência CLDF

Continuar Lendo

Cultura

Inscrições para o 5º Encontro de Graffiti do DF e Ride estão abertas

Publicado

no

Por

Proponentes podem se inscrever até 11 de setembro; evento ocorrerá na primeira semana de outubro

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) lançou, quarta-feira (28), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o Edital de Chamamento Público nº 11/2024, que abre inscrições para a seleção de grafiteiros que desejam participar do 5º Encontro de Graffiti do DF e Entorno. O evento ocorrerá nos dias 5 e 6 outubro deste ano na Praça dos Direitos e no Centro Cultural e Desportivo, em Ceilândia, e faz parte da Política de Valorização do Graffiti (Decreto nº 39.174/2018), que visa promover a arte urbana como ferramenta de transformação social e valorização cultural. As inscrições estarão abertas pelo período até 11 de setembro, por meio de formulário eletrônico.

O edital busca selecionar 80 artistas do grafite, sendo 32 contratações individuais e nove contratações de coletivos, para realizar intervenções artísticas durante o evento. Para participar, os grafiteiros e grafiteiras devem comprovar residência no Distrito Federal ou Entorno e o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, painéis, tapumes, paredes, entre outros.

No ato da inscrição, devem ser apresentados a proposta com o croqui ou projeto, o plano de trabalho, o portfólio artístico e um comprovante de residência do DF ou Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), também sendo aceita autodeclaração de residência. A análise da proposta de trabalho e do portfólio artístico será feita por uma comissão de seleção paritária, com quatro participantes da sociedade civil que atuam no campo do grafite e quatro participantes do Poder Público, servidores da Secec-DF e da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF).

Os selecionados serão remunerados por suas contribuições artísticas, reafirmando o compromisso da Secec-DF com o pagamento justo e a valorização dos artistas urbanos. Cada artista receberá um cachê de R$ 2.500, e materiais necessários (sprays de grafite, rolos, bandejas e tintas) serão fornecidos para a realização da intervenção.

Anúncio

Continuar Lendo

Cultura

Segunda edição do Projeto Invadindo a Cena tem edital lançado

Publicado

no

Por

Coletivos e grupos culturais que tenham atuação comprovada em batalhas de rima, slams e saraus podem se inscrever até 20 de setembro

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (29) a abertura das inscrições para a 2ª edição do edital Invadindo a Cena, que reconhece e premia agentes culturais que contribuem para o desenvolvimento artístico e cultural do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). O edital contempla batalhas de rima, slams e saraus que ocorrem nessas regiões, oferecendo um prêmio de R$ 15.000 para cada um dos 20 projetos selecionados.

Com o objetivo de valorizar a cultura local, o edital distribui as vagas entre as macrorregiões do DF e os municípios do Entorno. Serão 16 vagas para batalhas de rima, distribuídas entre as macrorregiões 1 a 4 e 5 a 8, e mais três vagas destinadas a municípios da Ride-DF. Além disso, há duas vagas para saraus e duas para slams (gênero literário de resistência que se caracteriza pela declamação de versos em espaços públicos, inspirado pelo rap e sintonizado com a vida nas periferias). Coletivos e grupos culturais que tenham atuação comprovada na área podem se inscrever até o dia 20 de setembro, às 23h59, por meio de formulário eletrônico.

O edital Invadindo a Cena disponibiliza 16 vagas para batalhas de rima, duas vagas para saraus e duas para slams | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Continuar Lendo

Mais vistas