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Visitante interestelar pode ter evitado colisão com “tiro de plasma” do Sol

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O cometa 3I/ATLAS, um raro objeto vindo de fora do nosso Sistema Solar, era esperado para ser atingido por uma ejeção de massa coronal (CME) entre 24 e 25 de setembro, segundo modelos da Nasa. A ausência de confirmação oficial do impacto sugere que o visitante interestelar pode ter escapado da rajada de plasma

A comunidade astronômica manteve a atenção voltada para o cometa 3I/ATLAS, o terceiro objeto de origem interestelar detectado em nosso Sistema Solar, que estava na rota de colisão prevista com uma poderosa ejeção de massa coronal (CME) do Sol. A CME, um jato de plasma e campos magnéticos, foi lançada em 19 de setembro e deveria interceptar a trajetória do cometa entre os dias 24 e 25 do mesmo mês.

Até o momento, no entanto, não há confirmação oficial por parte da Nasa, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) ou de observatórios científicos de que o cometa tenha sido, de fato, atingido. A falta de imagens ou boletins confirmando o “bombardeio” sugere que o objeto pode ter evitado a colisão, embora alguns veículos internacionais especulem o contrário.

O Interesse Científico e a Raridade do Evento

O incidente potencial representava uma oportunidade única de estudo, pois, em todos os casos de desconexão de caudas cometárias causadas por ventos solares ou CMEs, os objetos afetados eram nativos do Sistema Solar. Nunca antes um visitante interestelar havia sido alvo de um evento desse tipo.

O 3I/ATLAS é um dos apenas três visitantes interestelares já detectados na história da observação astronômica, seguindo o asteroide ‘Oumuamua (2017) e o cometa Borisov (2019). Um impacto da CME revelaria informações inéditas sobre a composição e a resistência desses corpos celestes diante de forças extremas.

A janela de observação para este cometa é limitada, adicionando urgência ao evento:

  • Próxima Saída: O cometa deve deixar de ser visível da Terra a partir do início de outubro, quando se dirige para a aproximação máxima com o Sol (periélio), prevista para o dia 29.
  • Aumento de Brilho: O brilho do 3I/ATLAS aumentou cerca de 40 vezes desde o início de setembro. Esse aumento, que se manifesta na cor verde, indica que, ao se aproximar do Sol, o cometa está liberando mais carbono diatômico, um gás que brilha ao ser atingido pela luz solar ultravioleta.

Fatos Atuais e Expectativas da Comunidade

Apesar dos modelos que previam a colisão, a comunidade astronômica se baseia nos dados factuais disponíveis.

Em resumo, a situação atual é:

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  • Modelos indicaram que a CME lançada em 19 de setembro cruzaria a trajetória do 3I/ATLAS entre 24 e 25 de setembro.
  • Não foram emitidos comunicados oficiais de grandes agências ou observatórios confirmando que o cometa foi atingido.
  • Não há imagens ou boletins de plataformas como o Spaceweather.com ou da equipe do ATLAS que comprovem a colisão.
  • Não foram reportados indícios de fragmentação ou grandes perturbações na cauda que comprovassem o impacto do plasma.

A ausência de confirmação do impacto não encerra o interesse científico. Caso o impacto da CME seja evidenciado por observações posteriores — o que poderia levar dias ou semanas —, isso forneceria dados sobre a reação de um objeto de fora do nosso Sistema Solar a um “tiro de plasma” solar.

Composição do Cometa Interestelar

Os estudos sobre o 3I/ATLAS já revelaram fatos importantes sobre sua composição e dimensão. Imagens obtidas pelo telescópio espacial SPHEREx da Nasa indicaram uma grande abundância de dióxido de carbono na coma (a nuvem que envolve o núcleo) do cometa.

Para estimar suas dimensões, astrônomos analisaram milhares de observações feitas por mais de 200 telescópios. A comparação entre a trajetória prevista apenas pela gravidade do Sol e a rota real permitiu estimar que o núcleo do 3I/ATLAS possui pelo menos cinco quilômetros de diâmetro e uma massa superior a 33 bilhões de toneladas.


Com informações: Nasa / Spaceweather.com / Agência de notícias / Olhar Digital

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Seminário “Conexões pela Vida das Mulheres” celebra 10 anos da Rede Elas e lança o Selo “Todas Elas”

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O seminário “Conexões pela Vida das Mulheres” celebrou uma década de atuação da Rede Elas no enfrentamento à violência de gênero nos territórios do Gama e Santa Maria (DF). O evento, realizado na última segunda-feira (24 de novembro), promoveu o lançamento do Selo “Todas Elas” do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e formalizou uma Carta de Intenções para a repactuação dos fluxos de atendimento, visando aprimorar a inteligência coletiva e o suporte integral às mulheres em situação de violência

A Rede Elas celebrou seus 10 anos de atuação no enfrentamento à violência contra a mulher no Distrito Federal durante o seminário “Conexões pela Vida das Mulheres”, realizado no Auditório da Uniceplac, no Gama Leste. O evento reuniu profissionais do sistema de justiça, políticas públicas e sociedade civil para debater a importância da atuação em rede e do suporte integral às mulheres do Gama e de Santa Maria.

Lançamento do Selo e Homenagens ✨

Um dos pontos altos da programação foi o lançamento do Selo “Todas Elas”, uma iniciativa do Núcleo de Gênero (NG) do MPDFT que reconheceu o trabalho da Rede Elas.

  • Reconhecimento: A coordenadora do NG do MPDFT, promotora de justiça Adalgiza Aguiar, ressaltou que a Rede Elas se consolidou como uma das mais importantes iniciativas de enfrentamento à violência no DF, sendo um “movimento coletivo vivo”.

  • Homenagens: Quatro integrantes da Rede foram homenageadas com certificados de reconhecimento por sua atuação: Luana Marilis (Comunidade do Gama), Terezinha Rocha (Comunidade de Santa Maria), Denise Chaves (TJDFT) e Flavia Mendes (Cecon/Sedes-DF).

(Re)pactuação de Fluxo e Compromisso Futuro

Durante a manhã, foi firmado o compromisso com a “(Re)pactuação do Fluxo de Atendimento” para as mulheres do Gama e de Santa Maria.

  • Liderança: O esforço foi liderado pela coordenadora das Promotorias de Justiça do Gama, Vyvyany Viana Nascimento, e pelo juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Gama, Felipe de Oliveira Kersten.

  • Formalização: A agenda de compromisso foi formalizada com a assinatura da Carta de Intenções pelos gestores das duas regiões, consolidando o cronograma de repactuação do fluxo da Rede Elas para o primeiro semestre de 2026.

A programação da tarde focou no aprimoramento técnico, com a palestra sobre “Atendimento às Mulheres em Situação de Violência de Gênero sob uma Perspectiva Interseccional”, destacando a necessidade de considerar marcadores sociais de raça, classe e orientação sexual no acompanhamento.


Com informações: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

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“Por que nos querem esquecidas?”: Vitória Gomes descoloniza a memória e expõe o apagamento das mulheres no patrimônio

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A professora e pesquisadora Vitória Gomes lança o livro Por que nos querem esquecidas?, resultado de sua tese de doutorado. A obra mergulha nas relações entre gênero, memória e colonialidade, denunciando o esquecimento sistemático de mulheres (especialmente negras, indígenas e LGBTQIA+) nos patrimônios. Gomes critica a etimologia androcêntrica do termo “patrimônio” (patrimonium) e estabelece uma conexão contundente entre feminicídio e memoricídio como políticas de dominação do patriarcado.


A professora e pesquisadora Vitória Gomes acaba de lançar o livro Por que nos querem esquecidas? Patrimônios, matrimônios e a descolonização da memória (Editora da UECE, 2025). A obra é resultado de sua tese de doutorado em Ciência da Informação (UFPB) e propõe uma reflexão urgente sobre como as estruturas de poder têm silenciado e apagado o protagonismo de mulheres em diferentes contextos.

A Crítica ao “Patrimonium” e a Busca pelos “Matrimônios” 🏛️

O interesse de Vitória Gomes pelo tema surgiu de uma inquietação com a origem do termo patrimônio. A palavra em latim, patrimonium, remete à sociedade romana, significando aquilo que pertencia ao pai (pater familias) e que era transmitido como herança masculina.

  • Inquietação Pessoal e Coletiva: A autora, criada em meio a mulheres de personalidade forte, como sua mãe e tia (com pouca escolarização e histórico de exploração como empregadas domésticas), questiona o uso de uma palavra que omite a atuação feminina para designar o que é culturalmente relevante.

  • Memoricídio como Política: Gomes argumenta que o esquecimento das mulheres não é acidental, mas sim uma política do patriarcado. Ela estabelece uma conexão direta entre feminicídio (o extermínio da vida) e memoricídio (o extermínio do lugar de sujeito na história), afirmando que a obliteração da memória das mulheres é fundamental para a esfera de dominação.

“No Capítulo ‘Esquecimento tem gênero e característica étnico-racial’ eu trago como a memória da Beata Maria de Araújo […] raras representações no espaço público, enquanto a de Padre Cícero está em todo lugar.”

Vivência, Arte e a Descolonização de Saberes 📝

Natural de Brasília, mas criada em Juazeiro do Norte (CE) – terra de fortes silenciamentos –, a trajetória pessoal da autora e sua vivência no Cariri cearense são fios condutores da obra. A autora utiliza sua própria história, como a primeira doutora da família, para questionar a deslegitimação dos saberes de suas ancestrais (parteira, rezadeira, artesã).

  • Diálogo entre Arte e Pesquisa: Além de pesquisadora, Vitória Gomes é poeta, dramaturga e brincante (integrante do grupo de Coco São Francisco). Ela afirma que a poesia, a dança (Coco e Reisado) e o teatro afetam sua forma de pensar e escrever, permitindo-lhe transitar de um rigor acadêmico para uma linguagem mais acessível na obra.

  • Pós-doutorado em Saberes Tradicionais: Atualmente, em seu pós-doutorado na UFMG, ela investiga os saberes tradicionais de mulheres em Minas Gerais, uma vivência que delineará o seu próximo livro, focado no conceito de matrimônios como contraponto ao patrimonium.

O livro integra a Coleção Territórios de Criação, fruto do edital da Secretaria da Cultura do Ceará via Lei Paulo Gustavo, reforçando seu propósito de descolonizar saberes e democratizar vozes.


Com informações: Diplomatique

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Caesb suspende atendimento presencial, mas mantém serviços essenciais e canais digitais ativos

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A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informa que não haverá atendimento presencial na Sede e nos Escritórios nos dias 20/11 (feriado) e 21/11 (ponto facultativo). As equipes de Operação e Manutenção trabalharão normalmente, e os consumidores podem recorrer à Central 115 ou aos canais digitais para atendimento 24 horas

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) comunicou que suspenderá o atendimento presencial em sua Sede e nos Escritórios de Atendimento nos dias 20 de novembro (feriado nacional do Dia da Consciência Negra) e 21 de novembro (ponto facultativo para o serviço público do DF).

Apesar da suspensão do atendimento presencial, as equipes de Operação e Manutenção da Caesb trabalharão normalmente para garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Canais de Atendimento 24 Horas

Os consumidores que necessitarem de serviços ou informações da companhia podem utilizar os canais remotos, disponíveis 24 horas:

  • Central de Atendimento: Telefone 115.

  • WhatsApp: (61) 3029-8115.

  • Aplicativo da Caesb: Disponível para sistemas IOS e Android.

  • Site: Por meio do Portal de Serviços em www.caesb.df.gov.br.

Tanto o Portal de Serviços quanto a Central de Atendimento permitem o agendamento de atendimento para dias úteis posteriores.


Com informações: CAESB

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