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Comportamento

Comunicação centrada em si mesmo e monótona revela baixa habilidade social, alertam especialistas

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A ausência de habilidades básicas como a escuta ativa e o interesse genuíno se reflete em conversas tensas, superficiais e frequentemente negativas. A dificuldade de interação social pode levar ao distanciamento emocional e à perda de vínculos de confiança

A forma como uma pessoa se comunica é um indicador importante de sua capacidade de se relacionar. Segundo especialistas, a ausência de habilidades sociais básicas, como ouvir, dialogar e demonstrar interesse genuíno, tende a se manifestar tanto na linguagem corporal quanto no conteúdo das conversas.

Estudos indicam que pessoas com dificuldade de interação social costumam desenvolver um estilo comunicativo centrado em si mesmas, monótono ou evasivo. O Instituto Europeu de Psicologia Positiva (IEPP) explica que essa tendência torna as trocas interpessoais mais tensas e superficiais, podendo levar ao distanciamento emocional e à perda de vínculos de confiança.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relaciona essa carência de habilidades a transtornos emocionais não tratados, nos quais o indivíduo usa a fala para aliviar frustrações, tornando o monólogo um padrão constante sem sensibilidade ao impacto sobre os demais.

Padrões de Comunicação Problemáticos

Psicólogos e pesquisadores destacam alguns comportamentos comuns que sinalizam baixa competência social:

  • Monopólio da Conversa: O hábito de monopolizar o diálogo e transformá-lo em um monólogo pessoal, refletindo dificuldade em manter o equilíbrio entre falar e escutar.
  • Discurso Negativo: Comunicação repetitiva e centrada em queixas, frustrações e pessimismo, frequentemente associada à baixa autoestima e ansiedade, segundo o IEPP.
  • Mudanças Bruscas de Assunto: A falta de coerência na conversa, destacada pela Universidade Nacional de Educação a Distância (Uned), demonstra nervosismo e incapacidade de manter o fluxo comunicativo.
  • Falta de Escuta Ativa: A ausência de feedback e de perguntas abertas, o que impede a curiosidade e a reciprocidade essenciais para construir relações equilibradas e empáticas.

Os especialistas ressaltam que validar o que o outro diz e demonstrar interesse são habilidades cruciais para a construção de relações mais saudáveis.


Com informações: Revista Fórum

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Comportamento

Distanciamento emocional é o principal fator de divórcio, segundo especialista em direito de família

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O advogado norte-americano James Sexton, com 25 anos de experiência em casos de divórcio, afirma que o principal motivo para a separação dos casais não é a traição ou o dinheiro, mas sim o distanciamento emocional. O desgaste se instala de forma gradual, quando os pequenos gestos de intimidade e valorização desaparecem, e a relação cede à frustração de expectativas não ditas no matrimônio (o dia a dia), apesar do planejamento dedicado ao casamento (a cerimônia)

O advogado norte-americano James Sexton, especialista em direito de família e divórcios há 25 anos, identificou padrões recorrentes que levam ao rompimento dos casamentos. Em entrevista ao podcast On Purpose, ele destacou que a principal causa de separação é o distanciamento emocional, e não eventos súbitos como a traição.

O Desgaste Silencioso do Distanciamento 💔

Sexton explica que a ruptura é resultado de um desgaste gradual, no qual um dos parceiros deixa de se sentir visto e valorizado.

  • Pequenos Gestos: Ele argumenta que a sobrevivência do relacionamento depende mais de pequenos gestos diários (como uma mensagem carinhosa ou lembrar da comida preferida) do que de grandes declarações ou datas comemorativas. O desaparecimento desses detalhes é um sintoma do afastamento.

  • Casamento vs. Matrimônio: O advogado chama a atenção para o desequilíbrio entre o planejamento dedicado ao casamento (a festa) e a falta de seriedade dada ao matrimônio (o dia a dia compartilhado). Expectativas, limites e rotina raramente são discutidos com seriedade, criando um terreno fértil para frustrações.

Fases Críticas e Fatores Pessoais

Sexton também aponta outros fatores que moldam e pressionam o relacionamento:

  • Legado Familiar: Os padrões familiares trazidos da infância influenciam a maneira como os relacionamentos adultos são construídos, embora o indivíduo tenha o poder de lidar com essas questões pessoais.

  • Chegada dos Filhos: A fase após o nascimento dos filhos é uma das mais delicadas, pois a rotina e a atenção se voltam para as crianças, pressionando o vínculo conjugal. O especialista ressalta que o maior impacto nas crianças não é o divórcio em si, mas o ambiente de tensão entre os pais.

Para o advogado, relacionamentos fortes exigem honestidade, abertura emocional e um trabalho contínuo de atenção e cuidado mútuos.


Com informações: Infobae, Revista Fórum

 

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Comportamento

Glossolalia: o significado do “falar em línguas” na experiência pentecostal e suas diferenças para a xenolalia

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A glossolalia, popularmente conhecida como “falar em línguas” no cristianismo carismático e pentecostal, consiste na emissão de sons e sílabas sem correspondência com idiomas conhecidos, representando uma conexão direta com o divino. O fenômeno difere da xenolalia (o dom de falar uma língua estrangeira real desconhecida) e é estudado pela antropologia, que o vê como uma linguagem imaginária de forte valor sonoro e emocional que reforça a identidade e o êxtase comunitário dos fiéis

O termo glossolalia refere-se ao fenômeno que se manifesta na experiência religiosa, especialmente em cultos pentecostais e comunidades cristãs carismáticas, onde o fiel emite sons, sílabas e frases de forma irreconhecível como idioma humano. O evento ganhou visibilidade no cenário político, como o caso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao comemorar uma aprovação no Senado, o que foi interpretado por líderes religiosos como um momento de comunicação direta com Deus.

Glossolalia versus Xenolalia

Embora o relato bíblico mais lembrado seja o Pentecostes (Atos 2), a interpretação teológica diverge sobre o que de fato ocorreu:

  • Glossolalia: É a emissão de sons, sílabas e frases sem correspondência com idiomas conhecidos. Para a fé, é uma conexão direta com o divino; para a academia, é um tipo de discurso automático que surge em estados emocionais intensos ou alterados.

  • Xenolalia: Refere-se à suposta capacidade de falar uma língua estrangeira verdadeira sem nunca tê-la estudado. Teólogos como Ben Witherington III argumentam que o evento de Atos 2 foi xenolalia, pois a multidão presente “os ouvia falar em sua própria língua” (At 2:6). A xenolalia é considerada rara e controversa.

Na prática, a glossolalia funciona como um elemento ritual que marca o êxtase coletivo e reforça a identidade comunitária dos fiéis.

O Olhar Acadêmico e Psicológico

A pesquisa antropológica e linguística busca entender o papel social e afetivo do fenômeno:

  • Antropologia e Linguística: A dissertação “Glossolália: O Sentido da Desordem” (1989), de Selma Baptista (Unicamp), define o fenômeno como uma linguagem imaginária cujo valor não está em transmitir informações (função comunicacional), mas sim na força sonora e na produção de uma experiência espiritual e emocional partilhada. Segundo a autora, a glossolalia rompe com a lógica da linguagem cotidiana e funciona como uma manifestação audível da presença do Espírito Santo.

  • Psicologia: A prática é interpretada como um fenômeno vinculado à emoção e a estados alterados de consciência, onde o ambiente ritual favorece a desinibição vocal. Pesquisas, como as do psiquiatra John Kildahl, indicam que os praticantes relatam alívio psicológico, sensação de presença divina e fortalecimento emocional após o ato.

O fenômeno, portanto, é menos um mistério linguístico e mais uma prática cultural que articula fé, emoção e pertencimento.


Com informações: Revista Fórum, Biblical Archaeology Society, Unicamp e estudos de Selma Baptista

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Comportamento

Bruxismo não é doença: novo consenso internacional da odontologia redefine o tema como comportamento motor

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A atualização do Consenso Internacional sobre Bruxismo, publicada no Journal of Oral Rehabilitation, reforça que o bruxismo é um comportamento motor e não uma doença. O novo relatório orienta cirurgiões-dentistas a adotarem uma avaliação multidimensional e tratamento multiprofissional e individualizado, focando na minimização dos danos (como Disfunção Temporomandibular) e considerando o contexto biopsicossocial do paciente.

O bruxismo, definido há mais de uma década como um comportamento motor, recebeu uma nova e importante atualização no seu consenso internacional em 2025. O estudo, publicado no influente Journal of Oral Rehabilitation, é baseado no artigo de F. Lobbezoo e outros autores e visa aprofundar a compreensão, redefinir a nomenclatura e padronizar a avaliação da condição.

O Sistema Conselhos de Odontologia (CFO e CROs) destaca a relevância do consenso para a classe odontológica.

“O primeiro ponto a ser desmistificado é que o bruxismo não é uma doença; bruxismo é um comportamento motor, um hábito. Bruxismo não é só ranger ou apertar os dentes”, pontua Daniela Favalli Jaccomo, cirurgiã-dentista e presidente do CRO-RR.

Principais atualizações e definições

O bruxismo é classificado como qualquer atividade repetitiva dos músculos da mastigação, que envolva apertar e ranger os dentes ou mover a mandíbula sem contato dentário.

Elemento Nova Definição / Mudança
Definição Passa a ser chamado de comportamento motor.
Contexto Continua separado entre bruxismo do sono e de vigília. Pode ser um fator de risco, de proteção ou neutro (não causando danos).
Terminologia Termos como “em indivíduos saudáveis” foram removidos. Foram incluídas as terminologias “repetitivo” e “sustentado”.
Avaliação Adota-se uma avaliação multidimensional, que combina relato do paciente, exame clínico e uso de dispositivos.
Diagnóstico Baseado em questionários, entrevistas, exames para identificar desgaste dentário e uso de equipamentos como polissonografia e eletromiografia (EMG).

A especialista Daniela Favalli reforça que, embora não seja uma doença, o bruxismo é um fator de risco para Disfunção Temporomandibular (DTM), danos dentários e dores musculares.

Tratamento e a abordagem individualizada

A nova orientação para as ações paliativas foca na avaliação das consequências negativas do bruxismo, observando o contexto biopsicossocial do paciente. O objetivo não é necessariamente impedir o hábito, mas minimizar os danos.

O tratamento deve ser individualizado e multiprofissional. Ele pode incluir:

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  • Uso de placa noturna.

  • Prática de atividade física.

  • Terapia cognitivo-comportamental para reduzir o hábito.

  • Ajuste do tratamento medicamentoso junto ao médico (alguns medicamentos podem agravar o quadro).

O Sistema Conselhos de Odontologia ressalta a importância das consultas regulares com o cirurgião-dentista, o profissional capacitado para diagnosticar e definir um plano de controle que devolva a qualidade de vida ao paciente.


Com informações: Conselho Federal de Odontologia (CFO) e CRO-RR

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