Conecte-se conosco

Ciência

Robô humanoide bombado flexiona músculos em novo vídeo; assista

Publicado

em

A empresa polonesa Engineers at Clone Robotics afirma estar desenvolvendo os robôs anatomicamente mais precisos do mundoOs protótipos Protoclone V1 têm mais de mil miofibrilas, estruturas responsáveis pela contração muscular, além de 500 sensores, que os ajudam a replicar um movimento que lembra o dos humanos.

No vídeo a seguir, é possível ver o robô humanoide em ação. Revestido por uma pele branca translúcida, ele move ligeiramente os braços, cabeça e dedos das mãos. Assista abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=BdTwbdj7qWo

Todos os 206 ossos humanos são reproduzidos nos robôs feitos de polímeros “baratos e duráveis”. Eles foram criados como um protótipo do robô Clone Alpha, que, futuramente, deve ser capaz de andar naturalmente e realizar tarefas domésticas como aspirar a casa, lavar roupa e preparar refeições, segundo a companhia.

No corpo humano, assim como nos androides, os músculos se ligam ao esqueleto por meio dos tendões. Assim, quando o músculo contrai, o tendão também o faz, puxando os ossos e movendo-os ao redor da junta.

No caso do ombro do robô, a junta tem um ângulo de 20º de liberdade de movimento, ao passo que o joelho e o cotovelo têm apenas um grau, e a cintura, três.

Anúncio

A ideia é que o robô seja equipado com centenas de sensores. O “sistema nervoso” do androide é formado por 4 câmeras de profundidade, 70 sensores inerciais e 320 sensores de pressão, permitindo que, mesmo sem sentidos, o robô tenha um retorno proprioceptivo em tempo real.

“O sistema vascular do clone é o sistema de alimentação hidráulica mais sofisticado já projetado, com uma bomba elétrica de 500 W (watts) tão compacta quanto o coração humano capaz de bombear líquido”, diz o site da Clone Robotics.

Os cabos conectados ao robô fazem parte de uma rede de válvulas pneumáticas, que utilizam gás comprimido para controlar os músculos do humanoide, permitindo respostas musculares mais ágeis. As fibras que formam o tecido muscular sintético têm um tempo de resposta inferior a 50 milissegundos. A equipe, no entanto, planeja implementar sistemas hidráulicos, ou seja, utilizar fluidos para controlar o robô, à medida que seu desenvolvimento avança.

Em dezembro de 2024, a empresa já havia lançado o Clone Alpha, seu primeiro robô humanoide em tamanho real, que também era capaz de replicar movimentos humanos.

Fundada em 2021, a Clone Robotics é especializada em robótica biomimética e tem como meta levar seus robôs para as residências das pessoas. A empresa planeja lançar 279 unidades do androide Alpha até o final deste ano, embora o preço e informações de compra ainda não tenha sido divulgadas.


Fonte: Galileu

Anúncio

Ciência

Ciência em foco: Do mapa 3D de 2,75 bilhões de edifícios à terapia inovadora para Huntington

Publicado

em

Por

Pesquisadores criam o GlobalBuildingAtlas combinando imagens de satélite e IA; Austrália vira laboratório para estudar efeito de proibição de redes sociais em jovens; e neurologista revela sucesso de terapia gênica.


Mapeamento e Inovação Tecnológica

O cenário científico global foi marcado por avanços em tecnologia e mapeamento. Cientistas revelaram o GlobalBuildingAtlas, um mapa que renderiza 2,75 bilhões de edifícios em 3D com uma resolução de 3 metros por 3 metros. A criação, que combinou imagens de satélite e aprendizado de máquina, abre novas possibilidades para avaliação de risco de desastres, modelagem climática e planejamento urbano, segundo Xiaoxiang Zhu, coautor do estudo.

Outro destaque tecnológico é a nova abordagem de previsão do tempo aprimorada por inteligência artificial (IA). Pesquisadores combinaram um modelo de IA com um modelo climático baseado em princípios físicos e adicionaram ferramentas matemáticas para analisar estatísticas de eventos raros. Em testes iniciais, essa abordagem híbrida previu probabilidades de eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais e ondas de calor, com a mesma precisão do método anterior, mas de forma muito mais rápida.

Saúde e Desafios Sociais

Na área da saúde, a neurologista Sarah Tabrizi foi a principal consultora científica de um estudo que revelou uma terapia inovadora para a doença neurodegenerativa de Huntington. O tratamento, chamado AMT-130, é direcionado a genes e mostrou resultados impressionantes: reduziu a taxa de declínio da doença em 75%, medida por uma escala padrão de avaliação de funções motoras e cognitivas.

Em outro segmento da saúde, pesquisadores investigam a predileção do câncer pancreático pelo sistema nervoso. As células tumorais se espalham para os neurônios em quase todos os pacientes com a doença. O conhecimento sobre as estratégias que o tumor utiliza para sequestrar a atividade nervosa visa aprimorar as terapias, embora o campo da neurociência do câncer ainda esteja em estágio inicial.

No âmbito social, a decisão da Austrália de proibir o uso da maioria das redes sociais por crianças menores de 16 anos criou um experimento natural para cientistas sociais. Pesquisadores estão se preparando para estudar como a ausência das redes afeta a saúde mental dos adolescentes e suas conexões com os pares.

Anúncio

Opinião e Reflexão

Em termos de opinião, o sociólogo Anthony Kaziboni argumenta que muitas instituições de ensino superior estão adotando ferramentas de ensino baseadas em IA apressadamente, não por acreditarem que sejam as melhores para a educação, mas por acharem que devem fazê-lo. A jornalista ambiental Tatiana Schlossberg compartilhou um artigo pessoal na The New Yorker, onde relata seu diagnóstico terminal de leucemia mieloide aguda e sua crescente preocupação com o sistema de saúde, em meio à ascensão de seu primo, Robert F. Kennedy Jr., ao cargo de secretário de saúde dos EUA.


Com informações: Nature Briefing

Continue lendo

Ciência

Estudo confirma relatividade de Einstein: O tempo passa mais rápido em Marte

Publicado

em

Por

Pesquisa sugere que os relógios no planeta Vermelho adiantam cerca 477 microssegundos por dia terrestre, um fator que impõe novos desafios para a sincronização das futuras missões espaciais

Um novo estudo confirmou uma previsão da teoria da relatividade geral de Albert Einstein: o tempo passa de forma ligeiramente diferente em corpos celestes com diferentes forças gravitacionais. Cientistas descobriram que, em média, os relógios em Marte marcam $0,477\text{ milissegundos}$ ($477\text{ microssegundos}$) mais rápido em 24 horas quando medidos da Terra. Essa diferença é significativamente maior do que a observada na Lua ($56\text{ microssegundos}$ mais rápido por dia terrestre).

A pesquisa, conduzida pelos físicos Neil Ashby e Bijunath Patla do instituto Nacional de Padrões e Tecnologia no Colorado, utilizou fórmulas baseadas na física para calcular como a gravidade e a velocidade de Marte influenciam o tempo marciano, utilizando um nível de referência em Marte (o areóide) análogo ao nível do mar na Terra.

Fatores da Relatividade e Variações ⏳

De acordo com a relatividade geral, o tempo em uma área passa mais lentamente onde a gravidade é mais intensa. Embora a velocidade orbital mais lenta de Marte tenda a atrasar seus relógios, sua gravidade superficial mais fraca (cinco vezes menor que a da Terra ao nível do mar) os acelera em maior grau.

  • Flutuação Diária: Os pesquisadores descobriram que o desvio do tempo em Marte não é constante; ele varia diariamente em $226\text{ microssegundos}$ ao longo de um ano marciano.

  • Causa da Variação: Essa flutuação resulta do formato mais oval da órbita de Marte e das mudanças na força gravitacional de seus vizinhos celestes (incluindo o Sol e a Lua da Terra) à medida que se aproximam e se afastam do planeta.

  • Desafio para Comunicação: As grandes flutuações e a complexidade dos cálculos (que ainda apresentam uma imprecisão de cerca de $100\text{ nanossegundos}$ por dia) complicam os esforços para sincronizar o tempo em todo o sistema solar. O estabelecimento de um relógio padrão interplanetário seria crucial para futuras missões tripuladas e para a criação de canais de comunicação rápidos.

Os achados, publicados no The Astronomical Journal, fornecem uma base para futuros testes da relatividade geral, mas destacam os desafios da navegação e comunicação no futuro do sistema solar.


Com informações: Deepa Jain, Live Science

Anúncio

Continue lendo

Ciência

Restauração da cana-de-rio: O bambu nativo da América do Norte como baluarte contra a erosão e desastres climáticos

Publicado

em

Por

Uma rede dedicada de cientistas, ambientalistas e povos indígenas está impulsionando o “renascimento da cana-de-rio” (rivercane), uma espécie de bambu nativa do Sudeste dos EUA. A planta, que desapareceu em mais de 98% devido à colonização, provou ser um elemento crucial na estabilização das margens de rios e na prevenção da erosão durante inundações e eventos climáticos extremos, como o furacão Helene.


O Poder Ecológico da Cana-de-Rio 🌱

A cana-de-rio costumava revestir riachos, rios e pântanos do Sudeste em densos povoamentos chamados canaviais. A sua estrutura subterrânea, composta por uma vasta rede de rizomas (caules resistentes logo abaixo da superfície do solo), é excepcionalmente eficaz na retenção do solo e das margens fluviais.

  • Baluarte contra Cheias: Um projeto no Tuckabum Creek, Alabama, demonstrou que as mudas de cana-de-rio sobreviveram a uma cheia de $2,7\text{ metros}$ e, crucialmente, mantiveram a margem do rio intacta. Durante o furacão Helene, cursos de água revestidos com cana-de-rio resistiram muito melhor à devastação.

  • Benefícios Ambientais: Além da estabilização das margens, a cana-de-rio oferece habitat crucial para espécies nativas (como mariposas) e funciona como um filtro, removendo nitratos e outros poluentes da água.

Restauração e Desafios Culturais 🏹

A Aliança de Restauração Rivercane (RRA), liderada por Michael Fedoroff da universidade do Alabama, está coordenando esforços de replantio em 12 estados do Sudeste, mantendo canaviais existentes e educando o público sobre os benefícios da planta.

  • Relevância Indígena: A inclusão de tribos, como a Nação Choctaw de Oklahoma, é essencial, pois a cana-de-rio tem um profundo papel cultural histórico. Povos nativos utilizavam a cana para fazer cestos, zarabatanas e flechas. Hoje, muitos artesãos estão voltando a usar a cana em seu artesanato pela primeira vez em décadas.

  • Barreiras à Restauração: Os principais desafios incluem a educação (a cana-de-rio nativa é frequentemente confundida e removida como o invasivo bambu chinês) e o alto custo e baixa disponibilidade das plantas em viveiros.

Inovação de Baixo Custo: O “Trem de Cana” 🚂

Para contornar o custo proibitivo das mudas (que podem custar até $50-60 por planta), a especialista Laura Young, da Virgínia, desenvolveu um método de propagação de baixo custo conhecido como “trem de cana”.

  • Metodologia: O método consiste em reunir pedaços de rizoma, plantá-los em sacos de sanduíche cheios de terra e usar as mudas propagadas. O custo total para iniciar um canavial pode ser de apenas $6.

  • Resultados: Embora o método de propagação seja imperfeito (diferentes variedades são ideais para diferentes locais), ele oferece uma maneira prática e barata para voluntários e proprietários privados se envolverem na estabilização das margens dos rios.

Com a colaboração entre cientistas, proprietários de terras e tribos, o movimento busca imaginar uma “ecologia futura que seja melhor”, oferecendo uma solução prática e de baixo investimento para curar a paisagem.


Com informações: Grist

Anúncio

Continue lendo
Anúncio


Em alta

Verified by MonsterInsights