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Congresso Nacional

CDH aprova prioridade a pessoas com deficiência na tramitação de processos — Senado Notícias

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A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quarta-feira (23) projeto que prioriza a tramitação de processos judiciais nos quais a pessoa com deficiência seja parte. O PL 2.749/2023, da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), lido pelo relator ad hoc, senador Humberto Costa (PT-PE)

Agora a matéria segue para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto altera o Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015) para prever a prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, de procedimentos judiciais em que pessoa com deficiência figure como parte ou interessada, nos termos do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015).

A prioridade de tramitação processual, segundo Mara Gabrilli, ajuda a eliminar barreiras enfrentadas por esse grupo no acesso à Justiça e pode tornar mais oportunas as respostas obtidas no Judiciário. 

— Trata-se de aumentar a inclusão, a autonomia e promover a melhor participação das pessoas com deficiência na seara jurisdicional — leu Humberto Costa.

O parecer também ressalta que a medida promove a adequação do Código de Processo Civil à prioridade já consagrada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, evitando previsões e interpretações contraditórias entre os dois diplomas vigentes.

No entanto, Mara Gabrilli propôs uma emenda ao texto que retira a equiparação entre pessoas com deficiência e aquelas com doenças raras, crônicas ou degenerativas. A senadora julgou a equiparação inadequada.

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— A equiparação entre pessoas com deficiência e aquelas com doenças raras, crônicas ou degenerativas é inadequada e problemática, uma vez que deficiência não é doença, e vice-versa. Além disso, tal equiparação condiciona o exercício de direitos à apresentação de laudo, o que representa um retrocesso ao modelo médico-pericial de avaliação da deficiência, já superado pelo modelo biopsicossocial consagrado na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência — esclareceu Humberto Costa. 

Plano de trabalho

A comissão também aprovou o plano de trabalho que irá nortear a avaliação, pela CDH, do Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3). A política pública do governo federal foi a escolhida pelo colegiado para ser avaliada durante este ano de 2025.

O documento indica que acontecerão pelo menos seis audiências públicas sobre o tema, além de requisição de informação aos órgãos responsáveis pelo PNDH-3 e possíveis diligências com o objetivo de examinar os impactos do programa e acompanhar sua implementação. A apreciação e aprovação do relatório final pela CDH está prevista para acontecer no dia 10 de dezembro deste ano.

Lançado em dezembro de 2009, o PNDH-3 estabelece diretrizes para a promoção dos direitos humanos no Brasil, em diversas áreas. O programa tem como base os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição brasileira.

Audiências públicas

Na reunião da CDH, presidida pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), foram aprovados ainda requerimentos para a realização de três audiências públicas.

Um deles, de Mara Gabrilli, sugere debate sobre o trabalho invisível da mulher na sociedade (REQ 36/2025 – CDH). Outro, apresentado pelo senador Jorge Seif (PL-SC), propõe debater o fortalecimento das políticas públicas de combate ao tráfico humano, por meio de apoio internacional (REQ 35/2025 – CDH). 

O terceiro requerimento, do senador Flávio Arns (PSB-PR), pede audiência pública sobre a importância do Abril Marrom, campanha de conscientização sobre a prevenção, o combate e a reabilitação das diversas formas de cegueira (REQ 32/2025 – CDH). As datas dos debates ainda não foram divulgadas.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Senado Federal

Brasil

ICL alerta: aprovação imediata do PL 5807/2025 é essencial para combater fraudes e evitar mortes

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O Instituto Combustível Legal (ICL) reforça a urgência na aprovação do PL 5807/2025, que estabelece regras mais rígidas para o controle do metanol no país e avança no enfrentamento à bomba branca, mecanismos cruciais para combater a adulteração, a sonegação estruturada e os riscos à saúde pública e à concorrência leal

O Instituto Combustível Legal (ICL) está pressionando pela aprovação imediata do Projeto de Lei 5807/2025, destacando que o texto é fundamental para preencher lacunas regulatórias que facilitam crimes no setor de combustíveis. As duas principais frentes do PL são o controle do metanol e o combate à bomba branca.

Controle do metanol: proteção à vida

A falta de regulamentação clara e de fiscalização efetiva sobre o metanol cria um ambiente de alto risco. O ICL alerta que a exposição desregulada a essa substância já provocou casos fatais no Brasil e no exterior.

  • Necessidade: É inadiável aprimorar o controle, o rastreamento e o armazenamento de metanol, com regras claras e fiscalização eficaz para prevenir acidentes gravíssimos, adulteração em larga escala e riscos à saúde pública.

Enfrentamento à bomba branca: combate à fraude

O projeto também visa combater a bomba branca, um mecanismo crônico de fraude que desorganiza o mercado e alimenta esquemas multimilionários de sonegação estruturada e lavagem de dinheiro.

  • O que é Bomba Branca: É quando postos comercializam combustíveis (gasolina, etanol ou diesel) sem identificação clara da origem ou da distribuidora responsável. O posto opera como uma “marca fantasma”, comprando de fornecedores irregulares para revender o produto como se fosse regular.

  • Consequências: A ausência de rastreabilidade permite que o posto pratique preços artificialmente baixos, prejudique a concorrência leal, burle impostos e, principalmente, exponha o consumidor a produtos de qualidade e segurança duvidosas.

O ICL defende que o PL 5807/2025 é mais do que um avanço regulatório, sendo uma medida de proteção à sociedade, garantindo segurança e fortalecendo um mercado competitivo e leal.


Com informações: Instituto Combustível Legal (ICL)

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Congresso Nacional

Câmara adia votação do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado após críticas do governo

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiou para a próxima terça-feira (18) a discussão e votação do substitutivo ao Projeto de Lei Antifacção (PL 5582/2025), que recebeu o nome de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado. O adiamento atende ao pedido do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), para realizar “ajustes finais”, em um cenário de forte divergência com o governo federal. O Ministério da Justiça criticou o último relatório, alertando para um possível “caos jurídico” e “retrocessos institucionais inaceitáveis” que poderiam beneficiar criminosos

A votação do substitutivo ao Projeto de Lei Antifacção (PL 5582/2025), rebatizado na Câmara como Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, foi adiada para a próxima terça-feira, dia 18, onde será pauta única.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), acatou o pedido do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que alegou a necessidade de realizar “ajustes finais” e “correções redacionais” no texto. Motta defendeu que a pauta da segurança pública não deve ser conduzida de “maneira açodada” e elogiou o “trabalho eminentemente técnico” de Derrite.

🚨 Críticas do Governo Federal

O adiamento ocorre em meio a um cenário de profunda divergência com o governo federal. O Ministério da Justiça publicou uma nota criticando o terceiro parecer de Guilherme Derrite, afirmando que o relatório teria o potencial de instaurar “um verdadeiro caos jurídico” e beneficiar criminosos investigados.

O governo apontou a existência de “pontos que representam retrocessos jurídicos e institucionais inaceitáveis”, mencionando especificamente uma insistência em “debilitar financeiramente a Polícia Federal” e as demais forças de segurança da União.

O relator, Derrite, por sua vez, garantiu que o projeto original do governo federal tem “boas iniciativas” que estão sendo mantidas, e que o texto substitutivo foi construído de forma colaborativa, sendo um “ponto de partida” para o novo marco legal.

Apesar das críticas, o governo e os governadores de oposição concordaram na necessidade de mais tempo para a discussão do projeto.

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Com informações: Agência Brasil

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Congresso Nacional

Câmara pauta votação de projetos sobre Cannabis Medicinal e Segurança Pública

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu na agenda de votações desta semana (11 a 13 de novembro) o projeto que autoriza a fabricação e comercialização de medicamentos à base de Cannabis e o pacote de segurança do Governo Lula, que visa combater facções criminosas

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu na pauta de votações do plenário desta semana (que vai de terça a quinta, 11 a 13 de novembro) dois temas de grande repercussão: o projeto que libera a Cannabis medicinal e o pacote de segurança pública do Governo Federal.

As sessões desta semana ocorrerão de forma virtual devido à realização da COP30 em Belém, Pará, o que deve esvaziar os debates presenciais.

💊 Projeto da Cannabis Medicinal

O projeto, que estava paralisado há quatro anos por um recurso de deputados contrários, autoriza a fabricação e comercialização de medicamentos e outros produtos à base de Cannabis no Brasil.

  • Aprovação na Comissão: O texto foi aprovado por uma comissão especial da Câmara em 2021, em uma votação apertada que terminou em empate (17 a 17) e foi decidida pelo voto de desempate do presidente da comissão, Luciano Ducci (PSB-PR).
  • Destrave: O recurso apresentado pelos deputados contrários impediu que o texto seguisse diretamente para o Senado. A inclusão na pauta agora visa analisar esse recurso para decidir se o projeto será rediscutido pelo plenário da Câmara ou se será enviado aos senadores.
  • Conteúdo: O texto permite que empresas cultivem Cannabis no país para fins medicinais e industriais (cânhamo industrial). O cultivo será rigorosamente controlado, exigindo sementes ou mudas certificadas, cotas de produção pré-determinadas, rastreabilidade completa e autorização do órgão de saúde federal.

🚨 Pacote de Segurança Pública e Antifacção

Hugo Motta também pautou o projeto antifacção do Governo Lula, além de outras propostas ligadas à segurança.

  • Combate a Facções: O projeto do governo foi enviado ao Congresso após uma operação policial no Rio de Janeiro e visa endurecer o combate a grupos criminosos.
  • Controvérsia do Relator: A proposta virou alvo de polêmica com a escolha do relator, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Derrite, que é Secretário de Segurança Pública de São Paulo (gestão Tarcísio de Freitas), alterou o projeto para tentar classificar facções criminosas como grupos terroristas e elevar a pena para até 40 anos de prisão. Especialistas criticam essa classificação, alertando para possíveis consequências danosas às investigações e margem para sanções internacionais ao Brasil.
  • Outras Pautas: Também estão na agenda: a destinação de parte da arrecadação de impostos de apostas esportivas (bets) para a área de segurança, e alterações no Código de Processo Penal para dar mais celeridade e eficiência aos processos decorrentes de prisão em flagrante.

Com informações: Folhapress / ICL Notícias

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