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Concurso para juiz é prioridade, diz novo primeiro vice-presidente do TJDFT

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Roberval Belinati falou ao CB.PODER, nesta segunda-feira (22/4). Ele garantiu que trabalhará por mais magistrados no DF

Roberval Belinati falou ao CB.PODER, nesta segunda-feira (22/4). Ele garantiu que trabalhará por mais magistrados no DF

A realização de concursos para juiz no Distrito Federal será “prioridade absoluta”, garantiu o desembargador Roberval Belinati, novo primeiro vice-presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Ele, que assumiu o cargo nesta segunda-feira (22/4), disse que se empenhará para realizar esse objetivo enquanto estiver nessa Corte. Durante o programa CB.PODER — parceria entre o Correio e a TV Brasília — também disse às jornalistas Ana Maria Campos e Denise Rothenburg que rejeita a descriminalização das drogas e comentou os desdobramentos do 8 de janeiro do ano passado. Também fez um balanço sobre seus dois anos como presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).

A vice-presidência que o senhor assumirá no TJDFT cuida também dos concursos desse tribunal. Haverá concurso para juiz no DF este ano?

(Será) prioridade absoluta. Hoje, no DF, temos, 109 vagas para juiz de direito. É claro que o tribunal não vai poder fazer concurso para dar posse a 109 novos magistrados. Atualmente, existe uma liberação (de concurso) para oito vagas. Nós vamos tentar ampliar esse número, de acordo com o nosso orçamento.

Este ano foi realizado o primeiro Exame Nacional da Magistratura (Enam). O que que o senhor acha desse processo?

A minha avaliação é positiva. Ele (o Enam) está fazendo uma seleção prévia das pessoas que, realmente, são interessadas na magistratura por vocação. Aquele que quiser ser juiz vai ter de passar por esse provão. E a promessa é de que, todo o ano, a Escola Nacional da Magistratura, do CNJ, vai promover essa seleção. Vai facilitar para os tribunais escolherem os seus magistrados. E até há uma proposta, para nós debatermos, aqui, no nosso tribunal (TJDFT), que eu vou levar adiante: para que, na próxima prova do concurso de juiz do Tribunal de Justiça, não seja mais realizado o “provão” (regional), pois (um semelhante) já foi feito (com o Enam). Vamos levar o debate para analisar essa sugestão de eliminar no próprio concurso (do TJDFT) o “provão” (regional).

Na entrega da medalha do TRE-DF, o senhor fez um pronunciamento em que disse que Brasília não merecia o 8 de janeiro de 2023. O que o senhor quis dizer?

Nós tínhamos dado posse à nova administração do Brasil. O clima era festivo. Tudo estava maravilhosamente bem. De repente, vem o quebra-quebra, o 8 de janeiro. Todos ficamos chocados. Eu fiquei indignado com aqueles atos de vandalismo. Acredito que isso vai ser resolvido (as sanções contra os vândalos). A Justiça está aplicando a lei às pessoas envolvidas. E acho que o Congresso Nacional terá condições de examinar essa situação e acabar com isso ou deixar do jeito que está.

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O senhor quer dizer o que? Uma possível aprovação de lei de anistia?

Já temos, hoje, seis projetos (no Congresso) de anistia. Então, os deputados e os senadores, agora, vão examinar esses projetos, se aprovam ou não a anistia àquelas pessoas que foram envolvidas. Nós sabemos que muitas (dessas) pessoas são inocentes e humildes e estão sendo processadas. E o Congresso também está sensível ao que aconteceu.

Como o senhor avalia o comportamento do ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao longo desse processo do julgamento dos atos antidemocráticos?

Ele tem cumprido a lei. Ele está fazendo o máximo para cumprir a Constituição e as leis eleitorais. É claro que eu ouço comentários a respeito do ministro Alexandre, prefiro não entrar no mérito.

Como o senhor está vendo esse projeto contra as “saidinhas” dos presos com bom comportamento e o veto do presidente Lula a essa proposta, que será analisado pelo Congresso Nacional?

Eu sou contra (vetar a “saidinha”). Como o juiz criminal, trabalho há 16 anos na Segunda Turma Criminal, acompanho a evolução da nossa legislação, mas não vejo nenhum benefício, agora, em vetar a “saidinha”. O argumento de que muitos presos não voltam e retornam ao crime não justifica. Porque, de acordo com as estatísticas, 96% dos presos retornam tranquilamente e sem cometer nenhum delito. Eu espero que o congresso reflita muito bem sobre essa questão.

Qual é sua avaliação contra esse debate da descriminalização do porte de drogas?

Eu sempre fui contra a descriminalização. A própria Constituição prevê saúde para todos. O problema do vício é uma questão de saúde pública. Agora, descriminalizar, eu acho que não é o momento. Certamente, isso aumentaria o consumo de substâncias entorpecentes.

Qual o balanço de sua gestão à frente do TRE-DF?

Eu saio muito feliz. Tivemos muitas conquistas nesses últimos dois anos. A primeira foi aproximar o tribunal da imprensa. E a imprensa ajudou muito. Eu destacaria (também) as eleições (de 2022), foram maravilhosas. O DF foi campeão do Brasil, em matéria de menor abstenção. A eleição dos conselheiros tutelares: o DF foi a unidade da federação onde as pessoas mais participaram. A construção inicial da Central de Atendimento ao Eleitor. Vamos reunir 15 cartórios eleitorais no prédio do TRE, o que vai facilitar muito o atendimento e vai proporcionar uma grande economia para a Justiça Eleitoral. O balanço que eu faço é que eu saio feliz e agradecido.

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Fato Novo com informações: Correio Braziliense 

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1 Comentário

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Agências do Trabalhador têm 762 vagas nesta sexta (22) com salários de até R$ 3,5 mil

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O maior número de vagas para o mesmo tipo de atividade é a de auxiliar de linha de produção, na Asa Norte, com 45 oportunidades

As agências do trabalhador do Distrito Federal estão com 762 oportunidades de emprego nesta sexta-feira (22). A maior remuneração é para técnico eletricista, com duas vagas disponíveis, em Planaltina. O salário é de R$ 3.500 mais benefícios e exige-se o ensino médio completo.

Já o maior número de vagas para o mesmo tipo de atividade é a de auxiliar de linha de produção, na Asa Norte, com 45 oportunidades. O vencimento é de R$ 1.515 mais benefícios, para profissionais com o ensino fundamental completo.

Mesmo que nenhuma das vagas do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram

Há também oportunidades exclusivas para pessoas com deficiência (PcD). Para este público, as vagas reservadas são de assistente administrativo, em Águas Claras, com 6 vagas e salários de R$ 1.473,08; de atendente de telemarketing, na Asa Norte, com uma vaga e remuneração de R$ 1.515; de auxiliar de manutenção predial, com seis vagas, e remuneração de R$ 1.473,08, em Águas Claras; entre outras.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das vagas do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo do Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet-DF).


*Agência Brasília

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Pixel Show começa nesta sexta (22/11) com palestras e workshops gratuitos

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Maior evento latino de criatividade, o Pixel Show ocorrerá na Arena BRB Mané Garrincha até domingo (24/11). Na agenda, há nomes consagrados na tecnologia e no design

Conhecido como o maior evento de criatividade da América Latina, o Pixel Show chegará a Brasília nesta sexta-feira (22/11) com uma programação repleta de palestras, workshops e oficinas. A maioria das atividades serão gratuitas e ocorrerão até domingo (22/11), na Arena BRB Mané Garrincha.

Nomes de peso dos cenários nacional e internacional estão na programação de palestras do evento para falar sobre ilustração, design gráfico, efeitos visuais de cinema, mídias sociais, games e publicidade, mostrando sua diversidade de formas e tendências.

Entre eles, Jordan Soles, vice-presidente da empresa criadora de efeitos da série Game of Thrones, Orkut Buyukkokten, engenheiro de software que criou rede social que leva seu nome, Gemma O’Brien, artista conhecida por trabalhos em design tipográfico para marcas como Nike e Adobe.

Para o criador e organizador do evento, Simon Szacher, será uma oportunidade de reunir artistas, designers, gamers e criativos de diferentes áreas no coração do país, em um ambiente que celebra a arte em todas as suas formas.

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“Levar o Pixel Show para Brasília é uma conquista sem precedentes, pois a cidade tem um potencial criativo enorme, com o cenário artístico e cultural em plena expansão. É o local ideal para o nosso objetivo de democratizar o acesso à economia criativa e cultural e inspirar pessoas de todas as idades a explorarem sua própria criatividade”, explica.

Workhops

Na programação de workshops, o Pixel Show apresenta experiências para meter a mão na massa em diversas áreas do mercado criativo em temas que vão desde diagramação até ilustração, passando por aquarela, grafiti, lambe-lambe, stencil, estamparia e design thinking. Entre os destaques dos workshops deste ano, a organização do evento enfatizou.

  • Workshop Maker: com Henri Coelh, engenheiro mecatrônico e fundador da Robolivre. Neste workshop, voltado para jovens de 10 a 16 anos, os participantes aprenderão sobre a tecnologia de corte a laser e criarão seus próprios “Dino Pets” — miniaturas de dinossauros feitas em MDF e personalizadas com tintas, canetas e giz, introduzindo o público jovem ao universo da fabricação digital.
  • Workshop de Técnica Mista: com Michel Ramalho, diretor de arte e quadrinista, com vasta experiência no meio audiovisual. Ele irá explorar o uso de diferentes materiais como aquarela, lápis de cor e giz pastel. O objetivo é criar obras fluidas por meio de processos práticos de pintura, com ou sem line art, permitindo uma finalização mais solta e orgânica.
  • Workshop de Tipografia e Street Art: com Alexandre Soma, designer editorial e colagista, que trará sua expertise em diagramação e projeção visual, além de experiências com design gráfico e motion.
  • Workshop de Origami: Marcio Okabe vai ensinar nesta oficina de origami completamente diferente. Os participantes irão aprender a fazer a Torus de Origami, uma peça interativa incrível para estimular a criatividade e feita a partir de um papel retangular de 64 cm x 13 cm e marcado na cortadora laser.
Robôs, Gamers, animação e muito mais

Além de palestras e workshops, o Pixel Show contará com diversas experiências relacionadas à tecnologia, jogos, robótica, animação e animes. Confira a programação completa dofestival na página oficial do evento. O Pixel Showé o mais antigo do Brasil e o maior festival de criatividade da América Latina e acontece anualmente em São Paulo, desde 2005.

Na última edição presencial, em 2019, o evento reuniu mais de 53 mil pessoas para muitainovação, networking e negócios. Além de São Paulo e Brasília, o festival já foi realizado em outras capitais como Porto Alegre, Recife e Salvador.


*Correio Braziliense

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Desemprego atingiu 17,9% da população negra no Distrito Federal em 2023, mostra estudo

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Resultados apontam que pretos e pardos continuam em desvantagem, com menor acesso a empregos formais e salários

Em 2023, 17,9% da População Economicamente Ativa (PEA) negra do Distrito Federal estava desempregada, enquanto a taxa de desemprego da parcela não negra no mercado de trabalho era de 13,5%. É o que mostra o documento “A Situação dos Trabalhadores Negros do Distrito Federal – Resultados de 2023” da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED), divulgado em novembro deste ano.

O documento também revela que, ainda em 2023, a População em Idade Ativa (PIA) do Distrito Federal era majoritariamente negra, com volume de pessoas que se autodeclaravam pretas e pardas alcançando 60,6% dos moradores com 14 anos e mais. Com isto, estimava-se que um contingente de 1.582 mil pessoas negras residia na capital da República, no último ano.

Em comparação com 2022, a taxa de desemprego cresceu 1,2%, quando estava situada em 16,7%. Para as pessoas não negras, não houve alteração no número.

Ainda segundo o levantamento, no último ano, o tempo médio gasto na procura por trabalho foi menor para os desempregados negros do que para os não negros, sendo 11 meses e 12 meses, respectivamente. Em relação a 2022, houve alteração desse tempo apenas para a população desempregada negra, cujo período de procura por ocupação foi reduzido em um mês.

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Segundo o PED-DF, a maior presença relativa de pessoas negras no mercado de trabalho regional se dá pela necessidade econômica de gerar renda. “A pressão relativamente maior exercida pela população negra em busca por ocupação somada à menor chance de sucesso vem resultando em maior incidência do desemprego para este segmento da Força de Trabalho”, explica a pesquisa.

O Boletim Anual – População Negra, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), destaca as desigualdades enfrentadas por trabalhadores negros no Distrito Federal em 2022 e 2023. A publicação analisa os índices de inatividade, desemprego e precariedade ocupacional, além de disparidades de renda entre negros e não negros, evidenciando o impacto estrutural do racismo no mercado de trabalho.

Produzido em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro –, o boletim apresenta dados sobre a inserção de negros no mercado de trabalho e busca subsidiar políticas públicas para reduzir as desigualdades raciais. Os resultados mostram que pretos e pardos continuam em desvantagem, com menor acesso a empregos formais e salários mais baixos.

Diferença salarial

A pesquisa ainda mostra que pessoas não negras recebem 74,3% a mais que a população negra do DF. No último ano, os rendimentos médios reais de negros e não negros correspondiam a R$ 3.569 e R$ 6.221 respectivamente.

Em comparação com 2022, os rendimentos dos negros subiram 1,4%, enquanto os dos não negros aumentaram 9,0%, ampliando a diferença salarial entre os dois grupos. Em 2022, os trabalhadores negros no Distrito Federal recebiam, em média, 61,7% do que os não negros ganhavam, mas essa proporção caiu para 57,4% em 2023.

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A pesquisa mostra que, historicamente, os trabalhadores negros recebem salários menores que os não negros, principalmente porque estão mais concentrados em empregos mais vulneráveis e com remunerações mais baixas. Entre 2022 e 2023, as mudanças nos rendimentos de ambos os grupos reduziram ainda mais a proporção do que os negros ganham em comparação aos não negros.

As maiores quedas ocorreram no setor público, onde a proporção caiu de 81,6% para 76%, e no trabalho autônomo, de 74,6% para 70,6%. Já no setor privado, onde a diferença salarial já é maior, as reduções foram menores: no emprego sem carteira assinada, de 61,6% para 59,3%, e com carteira assinada, de 69,8% para 68,8%.

Ocupações

A pesquisa também detalha que o setor de atividade com maior participação da população negra é na construção, com 74,7%; comércio e reparação, com 66,5% de taxa de ocupação, além da indústria de transformação, com 64,4%. Por fim, serviços, no qual ocupou 58,4% dos postos de trabalho.

A análise dos dados mostra que os trabalhadores negros enfrentam maior vulnerabilidade no mercado de trabalho do Distrito Federal.

Conforme a PED, cerca de 80% dos postos de trabalho no emprego doméstico eram ocupados por negros, um percentual muito superior à sua participação na ocupação total (60,8%). Eles também estavam mais presentes no trabalho autônomo (66,8%) e no emprego no setor privado, tanto com carteira assinada (65,4%) quanto sem carteira (61,9%).

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Por outro lado, a presença de trabalhadores negros era menor em posições de maior estabilidade ou prestígio, como empregadores (48,5%), no setor público (47,6%) e em outras categorias de ocupação (48,7%). Esses dados reforçam a desigualdade de oportunidades enfrentada por esse grupo, mostra o documento.


Fonte: Brasil de Fato

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